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Agronegócio

Amaggi usa “Muvuca” para recuperar áreas degradadas

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Uma técnica conhecida como “Muvuca” – uma mistura de sementes de diferentes espécies e tamanhos – tem sido utilizada pela empresa Amaggi para recuperar a vegetação nativa em áreas degradadas.

Segundo a empresa, três de suas fazendas mato-grosseneses – Tanguro, Sete Lagoas e Primavera -, têm produzido 30 toneladas dessa sementes, o que permite recuperar cerca de 700 hectares anualmente. Além de beneficiar o meio ambiente, a Muvuca ainda gera renda para variados grupos, incluindo agricultores familiares, indígenas e quilombolas, comunidades agrícolas de 19 municípios, três Terras Indígenas, de diferentes etnias, e assentamentos de agricultura familiar que atuam como “coletores de sementes”.

A técnica da Muvuca, segundo explicam os técnicos da Amaggi,  envolve a semeadura direta nos biomas Amazônia e Cerrado, utilizando sementes nativas coletadas em ambientes rurais e urbanos. Por meio dela, há um enriquecimento do solo com uma mistura de espécies de adubação verde, pioneiras, secundárias e clímax. Essa mistura é aplicada no solo, preparado para a estruturação e controle de espécies indesejadas, permitindo que cada planta germine de acordo com o seu estágio no processo de regeneração natural da área.

A fazenda Tanguro, em Querência, por exemplo, foi a primeira a receber a técnica em 2020, começando com sete hectares e expandindo devido aos resultados positivos.

Recentemente, entre os dias 30 de outubro e 1º de novembro de 2023, a 4ª Expedição da Restauração Ecológica e da Rede de Sementes do Xingu foi realizada na Tanguro, onde aproximadamente 130 kg de sementes de cerca de 70 espécies de árvores nativas foram utilizadas.

A AMAGGI, referência no setor agropecuário, realizou essa parceria para ampliar a restauração em suas áreas e servir de modelo para outras propriedades. A fazenda Tanguro, com uma grande área de reserva legal, abriga uma diversidade impressionante de fauna e flora, catalogada em colaboração com o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam).

Atualmente, a Amaggi conserva um total de 137 mil hectares preservados e planeja estender a técnica para suas próximas propriedades, como a Fazenda Primavera em Primavera do Leste (MT) e Fazenda Carolinas em Corumbiara (RO).

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Conab conclui a rodada de leilões de contratos de venda de arroz

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A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) concluiu na sexta-feira (20.12) a última rodada de leilões de contratos de opção de venda de arroz para a safra 2024/25. O encerramento marca o fim de uma iniciativa que buscou regular o mercado interno do cereal, ao mesmo tempo em que encerra a polêmica sobre a possível necessidade de importação para equilibrar a oferta no país. Foram negociados, nesta etapa final, 28,9 mil toneladas de arroz, em um valor total de R$ 51,1 milhões.

Desde julho, o mercado de arroz em casca no Brasil enfrentou um cenário de forte desacordo entre produtores e compradores. De um lado, os produtores optaram por priorizar exportações no porto de Rio Grande (RS), aproveitando a demanda internacional e buscando mitigar os efeitos da desvalorização do dólar. De outro, compradores, como indústrias de beneficiamento, resistiram a pagar preços mais altos, alegando dificuldades em repassar os custos ao varejo e atacado. Esse impasse travou negociações no mercado interno e trouxe incertezas para a definição dos preços do cereal.

Os leilões realizados pela Conab foram vistos como uma tentativa de aliviar essas tensões. Apesar de a expectativa inicial ser a comercialização de até 500 mil toneladas de arroz, foram negociadas ao todo 92,2 mil toneladas em 3,4 mil contratos de opção.

A operação, que contou com um orçamento de quase R$ 1 bilhão, poderá gerar um custo de R$ 163 milhões à Conab, caso todos os contratos sejam exercidos. O presidente da estatal, Edegar Pretto, avaliou o resultado como positivo, destacando que a baixa adesão indica confiança dos produtores na capacidade de absorção da safra pelo mercado doméstico, estimada em 12 milhões de toneladas.

A conclusão dos leilões também encerra uma das discussões mais sensíveis do ano: a possibilidade de importação de arroz para regular o mercado interno. Em julho, com o impasse entre oferta e demanda, a proposta de trazer arroz de outros países foi cogitada, mas enfrentou forte resistência dos produtores nacionais. Agora, com a comercialização incentivada pelos contratos de opção de venda, o cenário se ajusta, afastando o risco de medidas externas.

Os leilões também tiveram impacto regional significativo. No Rio Grande do Sul, maior estado produtor, cooperativas e agricultores de municípios como São Borja e Itaqui participaram ativamente. Já no Mato Grosso, produtores de cidades como Água Boa e Nova Monte Verde foram destaque na negociação dos contratos. Apesar de os números finais não terem atingido a meta inicial, a iniciativa da Conab trouxe alívio ao setor, consolidando-se como um mecanismo eficaz de regulação do mercado.

Com a finalização desse processo, espera-se maior estabilidade para o próximo ciclo de produção e comercialização. A estratégia da Conab reforçou a confiança do setor produtivo na capacidade de atender à demanda interna e garantiu maior segurança ao mercado, sem recorrer a medidas que poderiam comprometer a competitividade do agronegócio brasileiro.

Fonte: Pensar Agro

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