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Agronegócio

Produção de café em Rondônia tem aumento de 24,1% entre 2021 e 2022

Agronegócio

A pesquisa sobre Produção Agrícola Municipal (PAM), divulgada anualmente pelo IBGE, mostrou que, entre 2021 e 2022, a produção de café em Rondônia subiu de 162 mil toneladas para 201 mil toneladas, representando um aumento de 24,1%. Se comparada com a produção de 2012, o crescimento foi de 135,9%.
Rondônia, que é o quinto maior produtor de café do país, representou 6,4% da produção nacional (3,1 milhões de toneladas). Os maiores produtores estaduais foram Minas Gerais (1,3 milhão de toneladas, representando 44% da produção brasileira), Espírito Santo (950 mil toneladas), São Paulo (293 mil toneladas) e Bahia (233 mil toneladas).
Através da série histórica, é possível perceber que o aumento da produção rondoniense se deve ao aumento da produtividade. Entre 2012 e 2022, a área destinada ao cultivo de café diminuiu 53,9% (passando de 124 mil hectares para 57 mil hectares), enquanto que a produtividade quintuplicou, indo de 687 quilogramas por hectare para 3.509 quilogramas por hectare.
Rondônia também é destaque tendo sete municípios entre os cem maiores produtores brasileiros: São Miguel do Guaporé, com produção de 44 mil toneladas, ficou na segunda posição no ranking nacional, seguido por Alta Floresta d’Oeste (23 mil toneladas) no 20º lugar; Alto Alegre dos Parecis (quase 23 mil toneladas) em 23º lugar; Nova Brasilândia d’Oeste (18 mil toneladas) na 36º posição; Buritis (16 mil toneladas) no 43º lugar; Ministro Andreazza (15 mil toneladas) na posição 45 e Cacoal (13 mil toneladas) em 63º lugar.
Em relação à produção de cacau, a PAM apontou que ela está estável, tendo o estado de Rondônia produzido cinco mil toneladas em 2022. Os maiores produtores foram: Jaru (1,2 mil toneladas), que representou 25,4% da produção estadual, Ouro Preto do Oeste (769 toneladas), Buritis (743 toneladas), Governador Jorge Teixeira (321 toneladas) e Monte Negro (274 toneladas).
Mais municípios rondonienses registram produção de soja em 2022
A PAM mostrou que a sojicultura chegou em mais cinco municípios rondonienses no ano de 2022: Ouro Preto do Oeste, Mirante da Serra, Ji-Paraná, Presidente Médici e Nova União. Porém, estes municípios representam menos de 1% de toda a soja produzida em Rondônia.
Em todo o estado, no ano de 2022, foram produzidas 1,7 milhão de toneladas de soja, quantidade 29,4% maior que a registrada em 2021. Assim como nos anos anteriores, a produção de soja está concentrada no sul de Rondônia, sendo Pimenteiras do Oeste (173 mil toneladas), Vilhena (160 mil toneladas), Corumbiara (157 mil toneladas), Chupinguaia (155 mil toneladas) e Cerejeiras (130 mil toneladas) os maiores produtores, que juntos representam 44,4% da produção estadual.
Outras lavouras temporárias
Sobre a produção de milho, a PAM aponta um crescimento de 20,5% entre 2021 e 2022, passando de 1,2 mil toneladas para 1,4 mil toneladas. Os municípios rondonienses que mais produziram milho foram: Vilhena (170 mil toneladas), Pimenteiras do Oeste (161 mil toneladas), Chupinguaia (156 mil toneladas), Corumbiara (145 mil toneladas) e Cerejeiras (138 mil toneladas).
Em relação ao arroz, houve um crescimento de 5,6% na produção estadual entre 2021 e 2022, passando de 114 mil toneladas para 121 mil toneladas. Pimenteiras do Oeste (19 mil toneladas), São Miguel do Guaporé (19 mil toneladas), Nova Mamoré (13 mil toneladas), Porto Velho (13 mil toneladas) e Candeias do Jamari (12 mil toneladas) foram os maiores produtores de Rondônia.
Outro dado demonstrado na PAM é a diminuição da produção de mandioca desde o ano de 2016. Entre 2016 e 2022, Rondônia produziu quase 260 mil toneladas a menos deste produto, diminuindo de 664 mil toneladas para 404 mil toneladas. A capital Porto Velho registrou a maior produção em 2022: 134 mil toneladas. Candeias do Jamari (36 mil toneladas), Jaru (23 mil toneladas), Monte Negro (15 mil toneladas), Machadinho d’Oeste (14 mil toneladas), Campo Novo de Rondônia (14 mil toneladas) completam o ranking de maiores produtores estaduais.

 

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Agronegócio

Conab conclui a rodada de leilões de contratos de venda de arroz

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A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) concluiu na sexta-feira (20.12) a última rodada de leilões de contratos de opção de venda de arroz para a safra 2024/25. O encerramento marca o fim de uma iniciativa que buscou regular o mercado interno do cereal, ao mesmo tempo em que encerra a polêmica sobre a possível necessidade de importação para equilibrar a oferta no país. Foram negociados, nesta etapa final, 28,9 mil toneladas de arroz, em um valor total de R$ 51,1 milhões.

Desde julho, o mercado de arroz em casca no Brasil enfrentou um cenário de forte desacordo entre produtores e compradores. De um lado, os produtores optaram por priorizar exportações no porto de Rio Grande (RS), aproveitando a demanda internacional e buscando mitigar os efeitos da desvalorização do dólar. De outro, compradores, como indústrias de beneficiamento, resistiram a pagar preços mais altos, alegando dificuldades em repassar os custos ao varejo e atacado. Esse impasse travou negociações no mercado interno e trouxe incertezas para a definição dos preços do cereal.

Os leilões realizados pela Conab foram vistos como uma tentativa de aliviar essas tensões. Apesar de a expectativa inicial ser a comercialização de até 500 mil toneladas de arroz, foram negociadas ao todo 92,2 mil toneladas em 3,4 mil contratos de opção.

A operação, que contou com um orçamento de quase R$ 1 bilhão, poderá gerar um custo de R$ 163 milhões à Conab, caso todos os contratos sejam exercidos. O presidente da estatal, Edegar Pretto, avaliou o resultado como positivo, destacando que a baixa adesão indica confiança dos produtores na capacidade de absorção da safra pelo mercado doméstico, estimada em 12 milhões de toneladas.

A conclusão dos leilões também encerra uma das discussões mais sensíveis do ano: a possibilidade de importação de arroz para regular o mercado interno. Em julho, com o impasse entre oferta e demanda, a proposta de trazer arroz de outros países foi cogitada, mas enfrentou forte resistência dos produtores nacionais. Agora, com a comercialização incentivada pelos contratos de opção de venda, o cenário se ajusta, afastando o risco de medidas externas.

Os leilões também tiveram impacto regional significativo. No Rio Grande do Sul, maior estado produtor, cooperativas e agricultores de municípios como São Borja e Itaqui participaram ativamente. Já no Mato Grosso, produtores de cidades como Água Boa e Nova Monte Verde foram destaque na negociação dos contratos. Apesar de os números finais não terem atingido a meta inicial, a iniciativa da Conab trouxe alívio ao setor, consolidando-se como um mecanismo eficaz de regulação do mercado.

Com a finalização desse processo, espera-se maior estabilidade para o próximo ciclo de produção e comercialização. A estratégia da Conab reforçou a confiança do setor produtivo na capacidade de atender à demanda interna e garantiu maior segurança ao mercado, sem recorrer a medidas que poderiam comprometer a competitividade do agronegócio brasileiro.

Fonte: Pensar Agro

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