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Anvisa aprova registro definitivo da vacina da Pfizer/BioNTech

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Imunizante é o primeiro a ter o registro para uso amplo na América; Ministério da Saúde enfrenta dificuldades para fechar acordo com a farmacêutica

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária aprovou, na manhã desta terça-feira, 23, o registro definitivo da vacina contra Covid-19 da Pfizer/BioNTech no Brasil. A aprovação foi informada pelo diretor-presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres. “Informo com grande satisfação que, após um período de análise de dezessete dias, a Gerência Geral de Medicamentos, da Segunda Diretoria, concedeu o primeiro registro de vacina contra a Covid 19, para uso amplo, nas Américas”, comemorou Barra Torres. O registro é uma decisão da área técnica, não da diretoria colegiada, e, por esse motivo, só necessita de sua publicação no Diário Oficial da União (DOU) para entrar em vigor. Uma edição extra com a decisão deve ser publicada ainda nesta terça.

O aval permanente da Anvisa é um sinal verde para que o imunizante seja comercializado distribuído e utilizado para toda a população prevista na bula — não apenas pelos grupos prioritários, permitidos no uso emergencial. No Brasil, a CoronaVac, desenvolvida pela empresa chinesa Sinovac e produzida no Brasil pela Fiocruz, e a vacina de Oxford/AstraZeneca já receberam a autorização de uso emergencial e já estão sendo aplicadas no país. A Sinovac e AstraZeneca, no entanto, ainda não solicitaram à Anvisa o registro, para o uso amplo, dos imunizantes. Barra Torres afirmou que espera que outras vacinas estejam, em breve, aprovadas pela agência.

Brasil registra 639 novas mortes por Covid-19; total é de 247 mil
“O imunizante do laboratório Pfizer/Biontech teve sua segurança, qualidade e eficácia, aferidas e atestadas pela equipe técnica de servidores da Anvisa”, diz a nota da Anvisa. O imunizante apresentou uma eficácia global de 95%. Nos idosos com mais de 65 anos, esse número chegou em 94%. Segundo um estudo realizado em sete mil profissionais da saúde que trabalham no Hospital Sheba, em Israel, duas semanas depois de ser aplicada, a primeira dose da vacina da Pfizer é capaz de reduzir em 75% as infecções pelo coronavírus. Isso sugere que é possível adiar a administração da segunda dose em países com escassez de vacinas, para que mais pessoas possam ser inoculadas antes. Os resultados foram divulgados na última sexta-feira, 19 pela prestigiada revista científica The Lancet. A pesquisa também mostrou uma redução de 85% no número de pessoas que apresentaram sintomas da Covid-19. Além disso, a Pfizer e a BioNTech anunciaram que a sua vacina pode ser armazenada e transportada entre -15°C e -25°C, temperaturas alcançadas por freezers comuns. Até então, a orientação era que os imunizantes fossem mantidos entre -60°C e -80°C, o que exigia o uso de equipamentos sofisticados e dificultava a compra da vacina pelo Ministério da Saúde.

Impasse na aquisição da vacina da Pfizer pelo Ministério da Saúde
Além da dificuldade para transportar e armazenar o imunizante por conta das exigências, 0 ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, em sessão do Senado Federal, afirmou que a Pfizer impôs questões “leoninas” nas negociações com o governo brasileiro. Os problemas, de acordo com o ministro, estariam em três clausulas: a de que o governo federal deve se responsabilizar “até a eternidade” pelos efeitos colaterais da vacina, a de que ativos brasileiros no exterior deverão ficar disponíveis à Pfizer para cobrir como caução ações no exterior e a de que a Justiça brasileira deverá abrir mão da sua capacidade de julgar a empresa. As cláusulas, de acordo com o secretário Executivo da pasta, Elcio Franco, extrapolam os limites legais do Ministério da Saúde. Por esse motivo, o ministério informou no domingo, 21, que pediu ajuda ao Palácio do Planalto. Em nota, a pasta disse que solicitou orientação à Casa Civil e que espera uma resposta até a sexta-feira, 26.

A Câmara dos Deputados vota nesta terça-feira, uma Medida Provisória (MP) que facilita a compra de vacinas e insumos. Entre outros pontos, a MP dispensa licitação e prevê regras mais flexíveis para os contratos. Com isso, a aquisição da vacina da Pfizer pode ser destravada. O senador Randolfe Rodrigues apresentou uma emenda que autoriza a União a assumir a responsabilidade por eventuais efeitos colaterais dos imunizantes. “Tanto a Pfizer quando a Janssen precisam desse dispositivo. É um dispositivo que foi, inclusive, destacado pelo presidente da Pfizer para a América Latina, que desde junho foi ofertado ao governo brasileiro, assim como para outros governos do mundo.” A Pfizer, porém, informou que 69 países assinaram contrato com a companhia, seguindo as mesmas condições apresentadas ao Brasil, e que pretende seguir as negociações somente com o governo federal.

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Brasil regula abate e processamento de animais para mercado religioso

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A diversidade religiosa no Brasil é refletida diretamente na alimentação e no consumo da população, que, somadas à expansão das exportações de produtos de origem animal para países asiáticos, criaram um mercado específico e cheio de potencial: o do abate religioso de animais para açougue.

Em países como Egito, Arábia Saudita, Kuwait e Emirados Árabes Unidos, grande parte da população é muçulmana, religião que traz, na sua essência, regras do que é permitido na forma de se relacionar com outros seres vivos.

Em árabe, a palavra halal, que significa lícito, define aquilo que é permitido, inclusive na hora de se alimentar. Para o consumo de animais, por exemplo, há espécies consideradas impuras, como o porco, e outras que precisam passar por um procedimento de purificação desde o abate até o corte, para que possam ser consumidas, como o frango e bovinos.

Nos países judaicos, como Israel, também há regras sobre o que é considerado apropriado, ou kosher, e há procedimentos específicos para cada etapa de beneficiamento dos produtos de origem animal.

Preceitos religiosos

Para atender esses mercados dentro e fora do Brasil, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) definiu regras para solicitação, avaliação, concessão e revogação da autorização para abate e processamento de animais para açougue, de acordo com preceitos religiosos.

Para receber a autorização de funcionamento, esses estabelecimentos terão que fazer uma solicitação ao serviço de inspeção federal, por meio do sistema eletrônico do Mapa, com declaração da autoridade religiosa correspondente e especificação de regras que conflitem com normas brasileiras.

Para a autorização, é necessário que os procedimentos estejam de acordo com as leis que tratam do bem-estar dos animais de abate e também o atendimento dos requisitos sanitários no Brasil e do país de destino dos produtos.

Os procedimentos foram detalhados em uma portaria publicada no Diário Oficial da União, que entrará em vigor a partir do dia 2 de maio.

Fonte: EBC SAÚDE

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