Agronegócio
Veja aqui as novas datas para plantio de soja, liberadas pelo Mapa
Agronegócio
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) anunciou nesta sexta-feira (15.09) importantes modificações no calendário de semeadura da soja para a safra 2023/24 em cinco estados brasileiros. A Portaria nº 886, emitida pelo Mapa, estabeleceu novas datas para o plantio da oleaginosa, visando atender a demandas específicas de cada região.
Bahia: Na Bahia, o novo período de semeadura da soja foi definido de 1º de outubro a 31 de dezembro de 2023. Esta revisão resultou na redução da janela de plantio de 100 para 92 dias. A mudança atendeu à solicitação do Órgão Estadual de Defesa Sanitária Vegetal e visa otimizar as práticas de cultivo na região.
Rondônia: Em Rondônia, a Portaria nº 886 também acatou a solicitação do Órgão Estadual de Defesa Sanitária Vegetal, estabelecendo um período único de 100 dias para o estado como um todo. Com isso, os agricultores rondonienses agora podem plantar soja a partir de 11 de setembro até 20 de dezembro de 2023.
Divisão de Soja nos Estados do Sul: No sul do Brasil, o Mapa considerou as solicitações dos Órgãos Estaduais de Defesa Sanitária Vegetal, que apontaram a necessidade de aumento nos períodos anteriormente estabelecidos. Essa adaptação no calendário de semeadura busca promover uma melhor adequação das práticas agrícolas à realidade local.
Essas alterações no calendário de semeadura da soja demonstram a flexibilidade e a atenção do Mapa às especificidades de cada região agrícola do Brasil. O objetivo é garantir condições ideais para o cultivo da oleaginosa e, consequentemente, contribuir para o sucesso da safra 2023/24. Agricultores e demais envolvidos no setor devem estar atentos às datas atualizadas para o plantio da soja em seus respectivos estados.
Leia mais: Contrariando decisão do Mapa, Indea não permitirá antecipação do plantio da soja
O plantio da soja nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná são divididos por regiões. Veja:
Rio Grande do Sul
Sudoeste e Sudeste: 1 de outubro a 18 de janeiro de 2024 – Região 1
Noroeste, Centro-Oeste e Centro-Leste: 1 de outubro a 28 de janeiro de 2024 – Região 2
Nordeste e Região Metropolitana: 1 de outubro a 08 de janeiro de 2024 – Região 3
Santa Catarina
Sul: 13 de outubro a 10 de fevereiro de 2024 – Região 1
Vale do Itajaí, Norte e Oeste: 02 de outubro a 30 de janeiro de 2024 – Regiões 2 e 3
Demais regiões do estado: 02 de outubro a 10 de janeiro de 2024 – Região 4
Paraná
Sudoeste e Centro-Sul: 20 de setembro a 18 de janeiro de 2024 – Região 1
Oeste, Norte e Noroeste: 11 de setembro a 20 de dezembro de 2023 – Região 2
Sudeste, Nordeste, Centro e Região Metropolitana: 17 de setembro a 15 de janeiro de 2024 – Região 3
Veja a tabela completa
Fonte: Pensar Agro
Agronegócio
Conab conclui a rodada de leilões de contratos de venda de arroz
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) concluiu na sexta-feira (20.12) a última rodada de leilões de contratos de opção de venda de arroz para a safra 2024/25. O encerramento marca o fim de uma iniciativa que buscou regular o mercado interno do cereal, ao mesmo tempo em que encerra a polêmica sobre a possível necessidade de importação para equilibrar a oferta no país. Foram negociados, nesta etapa final, 28,9 mil toneladas de arroz, em um valor total de R$ 51,1 milhões.
Desde julho, o mercado de arroz em casca no Brasil enfrentou um cenário de forte desacordo entre produtores e compradores. De um lado, os produtores optaram por priorizar exportações no porto de Rio Grande (RS), aproveitando a demanda internacional e buscando mitigar os efeitos da desvalorização do dólar. De outro, compradores, como indústrias de beneficiamento, resistiram a pagar preços mais altos, alegando dificuldades em repassar os custos ao varejo e atacado. Esse impasse travou negociações no mercado interno e trouxe incertezas para a definição dos preços do cereal.
Os leilões realizados pela Conab foram vistos como uma tentativa de aliviar essas tensões. Apesar de a expectativa inicial ser a comercialização de até 500 mil toneladas de arroz, foram negociadas ao todo 92,2 mil toneladas em 3,4 mil contratos de opção.
A operação, que contou com um orçamento de quase R$ 1 bilhão, poderá gerar um custo de R$ 163 milhões à Conab, caso todos os contratos sejam exercidos. O presidente da estatal, Edegar Pretto, avaliou o resultado como positivo, destacando que a baixa adesão indica confiança dos produtores na capacidade de absorção da safra pelo mercado doméstico, estimada em 12 milhões de toneladas.
A conclusão dos leilões também encerra uma das discussões mais sensíveis do ano: a possibilidade de importação de arroz para regular o mercado interno. Em julho, com o impasse entre oferta e demanda, a proposta de trazer arroz de outros países foi cogitada, mas enfrentou forte resistência dos produtores nacionais. Agora, com a comercialização incentivada pelos contratos de opção de venda, o cenário se ajusta, afastando o risco de medidas externas.
Os leilões também tiveram impacto regional significativo. No Rio Grande do Sul, maior estado produtor, cooperativas e agricultores de municípios como São Borja e Itaqui participaram ativamente. Já no Mato Grosso, produtores de cidades como Água Boa e Nova Monte Verde foram destaque na negociação dos contratos. Apesar de os números finais não terem atingido a meta inicial, a iniciativa da Conab trouxe alívio ao setor, consolidando-se como um mecanismo eficaz de regulação do mercado.
Com a finalização desse processo, espera-se maior estabilidade para o próximo ciclo de produção e comercialização. A estratégia da Conab reforçou a confiança do setor produtivo na capacidade de atender à demanda interna e garantiu maior segurança ao mercado, sem recorrer a medidas que poderiam comprometer a competitividade do agronegócio brasileiro.
Fonte: Pensar Agro
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