Saúde
Covid-19: média de mortes diárias está acima de 200 há cinco semanas
Saúde
As mortes diárias por covid-19 no país, segundo a média móvel de sete dias divulgada pela Fundação Oswaldo (Fiocruz), está acima do patamar de 200 há quase 40 dias, isto é, há cinco semanas. De acordo com os dados divulgados pela Fiocruz, ontem (5) foi registrada uma média de 206 óbitos
A última vez que a média ficou abaixo de 200 foi no dia 27 de junho (196 mortes). Ao longo de todo o mês de maio e de boa parte do mês de junho os óbitos ficaram próximos de uma média de 100 por dia, chegando a registrar números até inferiores a esse patamar em algumas ocasiões, como em 6 de junho (75 mortes).
Em entrevista à Agência Brasil, o pesquisador da Fiocruz Leonardo Basto, afirmou que o patamar de 200 mortes por dia registrado na última semana tem relação com a disseminação de subvariantes da Ômicron, que provocaram novas infecções.
No entanto, a queda no número de hospitalizações registrada nas regiões Sul e Sudeste deve se refletir na queda das mortes daqui a algumas semanas.
Apesar do patamar de mortes ainda estar acima de 200, é possível perceber uma tendência de queda nos últimos quatro dias. Os óbitos de ontem, por exemplo, são 13,8% inferiores aos de duas semanas atrás (239 mortes) e 8,8% menores que aqueles de um mês antes (226 mortes).
A média móvel de sete dias é calculada somando-se os registros do dia com aqueles dos seis dias anteriores e dividindo-se o total por sete.
Edição: Maria Claudia
Fonte: EBC Saúde
Saúde
Brasil vai ampliar uso da bactéria wolbachia no combate à dengue
Seis municípios devem receber em julho as primeiras solturas de mosquitos Aedes aegypti infectados com a bactéria wolbachia: Uberlândia em Minas Gerais; Londrina e Foz do Iguaçu, no Paraná; Presidente Prudente, em São Paulo, Joinville, em Santa Catarina; e Natal, capital do Rio Grande do Norte. No ano que vem, a estratégia será adotada em mais 22 municípios de Minas Gerais. Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil é o primeiro país a incorporar a tecnologia como política pública para reduzir os casos de dengue a médio e longo prazo.
O chamado método Wolbachia consiste em inserir a bactéria em ovos do mosquito em laboratório e criar Aedes aegypti que portam o microrganismo. Infectados, eles não são capazes de carregar os vírus que causam dengue, zika, chikungunya ou febre amarela e, quando se reproduzem, os mosquitos passam a bactéria para outros, fazendo com que menos insetos possam transmitir doenças para os seres humanos.
Antes da soltura dos mosquitos, há uma etapa de engajamento comunitário pois, inicialmente, a comunidade tem a percepção de que o número de mosquitos aumentou na região. “Além disso, onde se solta o mosquito, não se pode aplicar inseticida, porque o método se baseia na mudança de população, substituindo mosquitos que têm a wolbachia por aqueles que não têm”, explica a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Ethel Maciel.
Segundo Ethel, há uma série de critérios que precisam ser observados para que o município receba essa estratégia, principalmente a pouca variação de temperatura durante o dia, porque isso prejudica a adaptação do mosquito com a wolbachia.
De acordo com a secretária, a estratégia tem se mostrado bastante efetiva. Um exemplo é a cidade de Niterói, no estado do Rio, a primeira a receber o projeto na etapa de pesquisa, em 2014, que teve redução de 69,4% dos casos de dengue, 56,3% nos de chikungunya e 37% nos de zika. “Lá, o número de casos é bem inferior ao dos municípios vizinhos, mostrando que a médio e longo prazo a estratégia pode ser muito importante”, disse a secretária, em entrevista nesta terça-feira (30).
Outras cidades do país que estão utilizando o Método Wolbachia são o Rio de Janeiro, Campo Grande e Petrolina, em Pernambuco. Além do Brasil, Indonésia e mais três países participam da pesquisa em parceria com o World Mosquito Program.
Ontem (29), o Ministério da Saúde e o governo de Minas Gerais inauguraram a Biofábrica Wolbachia, em Belo Horizonte. A unidade, administrada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), vai permitir ao Brasil ampliar sua capacidade de produção de uma das principais tecnologias no combate à dengue e outras arboviroses.
Fonte: EBC SAÚDE
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