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Maranhão se transforma em uma das grandes potências do Brasil

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O Maranhão está se transformando em uma das grandes potências do Brasil, com avanços significativos que vão muito além do agronegócio. Nos últimos anos, o estado tem mostrado um vigor renovado, especialmente no setor produtivo e na geração de empregos. Hoje, é líder no Nordeste em criação de postos de trabalho e ocupa a quarta posição no ranking nacional.

Imagem: reprodução

Para o governador Carlos Orleans Brandão Júnior (foto) a logística é um dos grandes trunfos do Maranhão. Um exemplo é o Porto do Itaqui,  que hoje ocupa a quarta posição no ranking dos portos públicos que mais movimentam cargas no Brasil, atrás somente de Santos (SP), Paranaguá (PR) e Itaguaí (RJ).

Em agosto de 2024, o porto maranhense estabeleceu um novo recorde, movimentando 3,7 milhões de toneladas de carga, sendo os produtos mais relevantes grãos, minérios, celulose, fertilizantes e combustíveis. Para acompanhar o ritmo de crescimento da fronteira agrícola e consolidar a competitividade do porto, cerca de R$ 350 milhões estão sendo investidos para obras de expansão, capacitação das equipes, atualização de processos e no fortalecimento do programa de inovação.

Além deste exemplo, segundo o Governador, o Maranhão se beneficia de uma malha ferroviária estratégica, com três ferrovias interligadas, facilitando o escoamento de produtos agrícolas. Essas infraestruturas tornam o estado um ponto chave na logística do agro no Brasil.

No horizonte, o governador vê o agronegócio como uma grande oportunidade para agregar valor e gerar mais empregos. A transformação da produção de milho em ração e proteína animal é uma das apostas para diversificar a economia e impulsionar mercados como o de frangos e suínos. O setor de carnes, especialmente a bovina, já começa a ganhar destaque com a abertura de novos mercados internacionais, o que promete aumentar a competitividade dos produtos maranhenses.

Brandão também reforçou que os produtores precisam ficar atentos às oportunidades de mercado, já que o cenário atual oferece tanto desafios quanto chances de crescimento. A produção de soja, por exemplo, cresceu 12% na última temporada, atingindo 4,5 milhões de toneladas, e há expectativa de novos avanços até 2025, com um aumento de 12% na produção e de 3% na área cultivada.

No entanto, o governador demonstrou preocupação com algumas iniciativas internacionais, como a moratória proposta por grandes empresas, que ele acredita estar alinhada aos interesses europeus, mas não necessariamente aos do Brasil. Ele defendeu uma união do setor agro para enfrentar esses desafios e elogiou a nova geração de agricultores, que vem se destacando com práticas modernas e inovadoras.

Além disso, Brandão destacou os investimentos em qualificação profissional e a redução do analfabetismo, fatores essenciais para fortalecer o agronegócio local. Com parcerias regionais, o Maranhão busca trocar experiências e encontrar soluções que beneficiem o desenvolvimento do setor.

Outro ponto de avanço é a melhoria no processo de licenciamento ambiental, que passou de cerca de 3.000 pedidos pendentes para 150 a 200, em menos de dois anos. Isso, segundo o governador, mostra o compromisso com a legalidade e a atração de novos investidores, criando um ambiente jurídico favorável para o agronegócio crescer de forma sustentável.

Com todos esses avanços, o Maranhão se posiciona como uma força emergente no cenário do agronegócio brasileiro, pronto para aproveitar as oportunidades e superar os desafios que surgem no caminho.

Fonte: Pensar Agro

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Taxa de juros alta desafia crédito rural e ameaça plano safra 2025/26

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O cenário de juros elevados promete impor dificuldades ao crédito rural agora em 2025, exigindo ajustes para a formulação do próximo Plano Safra (2025/26). Com a taxa Selic em trajetória ascendente desde 2024, a equalização dos juros, que subsidia financiamentos para produtores, tornou-se mais onerosa, pressionando o orçamento público.

A taxa Selic, que iniciou 2024 em 10,5% e encerrou o ano em 12,25%, está prevista para subir ainda mais no início de 2025. Este aumento encarece os subsídios que garantem juros reduzidos aos agricultores, forçando o governo a reavaliar suas estratégias. Entre as opções consideradas estão aumentar as taxas de financiamento ou reduzir o volume de recursos equalizados disponíveis.

No Plano Safra 2024/25, o orçamento para a subvenção de juros já havia sido ampliado para R$ 11,8 bilhões. Desse total, R$ 6,8 bilhões foram direcionados ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), enquanto R$ 3,4 bilhões foram alocados para financiamentos de investimento.

Com a lei orçamentária de 2025 ainda em discussão no Congresso Nacional, o governo propôs elevar o orçamento para a equalização dos juros para R$ 14,8 bilhões. Contudo, especialistas alertam que mesmo com esse aumento, o residual disponível para novas contratações será menor, devido à necessidade de cobrir operações contratadas em anos anteriores.

Os primeiros meses da safra 2024/25 registraram crescimento na contratação de crédito equalizado. De julho a novembro de 2024, o número de contratos subiu 48%, e o montante financiado aumentou 32%, atingindo R$ 67,4 bilhões. Apesar do crescimento, o ambiente de juros altos limita a expansão de políticas similares em 2025.

Para mitigar os desafios, iniciativas como a criação de linhas de crédito independentes do Plano Safra, como o programa de conversão de pastagens pelo Ecoinvest, estão sendo avaliadas. No entanto, tais programas enfrentam limitações em termos de captação de recursos a taxas reduzidas.

O setor agrícola também observa com atenção o mercado internacional. A queda dos juros nos Estados Unidos pode beneficiar a exportação de produtos brasileiros, enquanto a política fiscal interna segue em foco como um fator-chave para o controle da inflação e para a sustentabilidade do crédito rural.

Em um cenário de restrição fiscal e juros elevados, o agronegócio brasileiro terá de contar com ajustes orçamentários e a busca por alternativas inovadoras para manter o financiamento acessível. O desafio será garantir que o Plano Safra 2025/26 continue apoiando os produtores rurais, preservando a competitividade do setor no mercado global.

Fonte: Pensar Agro

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