Agronegócio
Preço do frete rodoviário registra queda no Paraná
Agronegócio
O Boletim Logístico da Companhia Nacional do Abastecimento (Conab), divulgado em fevereiro deste ano, revela queda no preço do frete no Paraná. De acordo com a publicação, com a quebra de safra de verão, o volume embarcado está abaixo do esperado, fator que se reflete no valor do serviço rodoviário. Desta forma, algumas rotas saindo de Campo Mourão, Cascavel e Ponta Grossa em direção a Paranaguá, no Litoral do Estado, tiveram variação negativa de 31% na comparação com o mês anterior (dezembro/21).
Dentre as rotas analisadas, apenas o trajeto entre Toledo, no Oeste do Paraná, com destino a Passo Fundo (RS) marcou variação positiva de 17% no mês. No que se refere à realidade do Paraná, oposta à registrada em outros Estados, o pesquisador do Grupo de Pesquisa e Extensão em Logística Agroindustrial (Esalq-Log), Fernando Pauli de Bastiani, acredita que situação atual, diferente da vivida no ano passado, continue nos próximos meses.
“Quando se intensificou a colheita no Paraná, a região Centro-Oeste também estava colhendo, tinha uma janela mais curta. Esse ano teremos uma janela mais espaçada. Mato Grosso e Goiás praticamente terminando a colheita e o Nordeste ainda vai começar. No Paraná não deve se observar valores [de frete] como os do ano passado. Não deve subir tanto”, avalia Bastiani.
Inverso
Ao contrário do Paraná, outros Estados registraram altas expressivas, segundo a publicação da Conab. Na região Centro-Oeste, o preço do frete rodoviário atingiu o maior valor da série histórica em algumas rotas. Esse recorde se explica, em boa parte, pela demanda aquecida do setor de grãos para o escoamento da safra verão.
Em janeiro deste ano, as exportações brasileiras de milho atingiram o maior volume de embarque desde 2019 e o maior valor registrado desde 2013. No caso da soja, as exportações também foram históricas, somando 2,45 milhões de toneladas, receita de US$ 1,24 bilhão, valor recorde para o mês de janeiro, segundo a Conab.
De acordo com o Boletim Logístico, no Mato Grosso, em algumas rotas, o preço do frete aumentou 41% em relação a janeiro do ano passado. Em Goiás, foram observadas altas de 36%.
De acordo com o pesquisador da (Esalq-Log), dois fatores poderiam explicar a alta nos fretes na maioria das praças do país. “Tem a questão da sazonalidade, com o adiantamento da safra de soja esse ano. Chegamos a primeira quinzena de janeiro com muita pressão para retirar a soja das fazendas. Também observamos o fluxo de exportação muito maior do que no ano passado. Paralelamente a isso, temos a questão dos preços dos combustíveis [que acumularam grande aumento de preço]”, observa.
Segundo Bastiani, praticamente todos os itens que compõem o custo do frete rodoviário tiveram aumento em 2021. “Quando falamos de óleos, combustíveis e outros derivados do petróleo, temos tanto o aumento do produto, que subiu bastante, além do câmbio, que teve um impacto grande. O próprio preço dos veículos e das peças que vem de fora aumentou muito”, avalia. Para efeito de comparação, hoje uma rota padrão de mil quilômetros, o combustível representa entre 35% e 40% do preço do frete.
Agronegócio
Exportações da Bahia totalizaram R$ 72,14 bilhões em 2024
As exportações da Bahia totalizaram R$ 72,14 bilhões em 2024, um crescimento de 3,6% em relação ao ano anterior, mesmo diante de desafios globais, como a desaceleração da economia chinesa e a instabilidade nos preços das commodities. A agropecuária desempenhou papel essencial nesse resultado, contribuindo com R$ 28,42 bilhões, um aumento de 3%, mesmo com uma redução de 6,3% na produção física de grãos.
A soja e seus derivados mantiveram a liderança nas exportações agropecuárias, somando R$ 18,28 bilhões, o que representa 64,3% das vendas do setor. Apesar de uma queda de 4,2% em comparação a 2023, causada por oscilações no mercado e na demanda externa, outros produtos, como cacau, café e frutas, sustentaram o crescimento do segmento.
A China continuou como principal destino das exportações baianas, com compras de R$ 20,68 bilhões, uma alta de 4,1% em relação ao ano anterior. No total, as vendas para o bloco asiático atingiram R$ 33,88 bilhões, representando 47% das exportações do estado. Um destaque foi o aumento significativo das vendas para a Espanha, que cresceram 214,1%, totalizando R$ 3,50 bilhões, com uma pauta diversificada que incluiu soja, minério de cobre e produtos agropecuários.
A Bahia manteve sua posição como maior exportadora do Nordeste, sendo responsável por 47,2% das vendas externas da região. Esse desempenho reflete a força do agronegócio, aliada ao crescimento da indústria de transformação e da mineração, que também contribuíram para os resultados positivos.
As importações do estado, no entanto, registraram crescimento expressivo, alcançando R$ 65,69 bilhões, um aumento de 25,4% em relação a 2023. Esse avanço foi impulsionado principalmente pelas compras de combustíveis, que subiram 86% no ano, refletindo a alta demanda interna.
Para 2025, as perspectivas são otimistas. A previsão de uma safra agrícola maior que a de 2024 indica um potencial de crescimento nas exportações agropecuárias. Entretanto, fatores como a volatilidade cambial, as tensões comerciais entre China e Estados Unidos e as condições climáticas globais permanecem como desafios a serem acompanhados de perto.
O desempenho baiano reafirma a relevância do agronegócio como motor da economia regional e nacional, destacando-se como exemplo de inovação e resiliência em tempos de incertezas no cenário global.
Fonte: Pensar Agro
-
Rondônia7 dias atrás
Detran-RO orienta condutores sobre passo a passo para renovação da CNH
-
Agronegócio6 dias atrás
Mercado da soja inicia 2025 com estabilidade nos preços
-
Agronegócio5 dias atrás
Mato Grosso do Sul faz balanço positivo do setor agrícola em 2024
-
Agronegócio6 dias atrás
Taxa de juros alta desafia crédito rural e ameaça plano safra 2025/26
-
Agronegócio5 dias atrás
Governo do Piauí vai investir R$ 250 milhões na agricultura familiar
-
Esporte7 dias atrás
River Plate mostra interesse em Galoppo, meio-campista do São Paulo
-
Agronegócio6 dias atrás
Cepa: mercado abre ano em baixa, mas com expectativa de equilíbrio
-
Agronegócio5 dias atrás
Brasil lidera mercado global com preços recordes e exportações em crescimento