Agronegócio
Rio Grande do Norte investe na diversificação agrícola
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O Rio Grande do Norte está vivendo uma revolução em sua agricultura. Nos últimos anos, o estado tem explorado o potencial de culturas pouco tradicionais na região, como açaí, cacau, eucalipto, coco e maracujá. Essa diversificação, impulsionada por iniciativas públicas e privadas, está transformando o cenário econômico e social local.
Segundo a Secretaria de Agricultura, da Pecuária e da Pesca (SAPE), o crescimento dessas culturas foi de 400% nos últimos cinco anos. Essa expansão reflete o esforço conjunto de produtores e especialistas, que estão unindo inovação e sustentabilidade para atender novas demandas de mercado.
Uma das forças por trás dessa transformação é o Ecossistema Local de Inovação do Agronegócio (ELI Agro), liderado pelo Sebrae-RN. O projeto busca capacitar produtores rurais, conectá-los a novas oportunidades de mercado e implementar ferramentas modernas de gestão.
“Nosso foco é preparar o produtor para enxergar oportunidades e conduzir seus negócios de maneira mais eficiente. As consultorias personalizadas e as visitas técnicas são fundamentais para inspirar a adoção dessas novas culturas”, explica Elton Alves, gestor de culturas exóticas do Sebrae-RN.
O sucesso dessas culturas exóticas no Rio Grande do Norte conta também com o apoio de políticas públicas e investimentos. Guilherme Saldanha, secretário da SAPE, destaca que o estado está aproveitando suas condições climáticas e recursos hídricos para impulsionar a produção e atrair investidores.
“Essas culturas representam uma oportunidade de ouro para diversificar a economia, gerar empregos e fortalecer a produção rural,” ressalta Saldanha.
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) também acompanha de perto o avanço dessas iniciativas. Programas como o Plano Safra e o Plano ABC estão sendo adaptados para apoiar os produtores que apostam nessa diversificação, garantindo financiamento e suporte técnico.
Fonte: Pensar Agro
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Apesar das dificuldades, Mapa faz balanço positivo de 2024
O Ministério da Agricultura (Mapa) fez um balanço de 2024 lembrando que 0 ano foi marcado por uma série de desafios, mas também avanços no agronegócio brasileiro. O Mapa frisou que o governo buscou reforçar políticas agrícolas para apoiar produtores e impulsionar a sustentabilidade do setor.
Um dos destaques de 2024 foi o lançamento do Plano Safra 2024/2025, que representa o maior volume de recursos já destinado ao financiamento agrícola no Brasil. Com um montante total de R$ 508,59 bilhões, o Plano incluiu R$ 400,60 bilhões para custeio, comercialização, investimentos e industrialização. Este aumento de 10% em relação ao ano-safra anterior reflete a confiança e o suporte contínuo ao setor, garantindo que os produtores tenham acesso aos recursos necessários para suas operações.
De acordo com o secretário de Política Agrícola, Guilherme Campos, “2024 foi um ano de desafios, mas também um ano de grandes conquistas para o setor. Com o aumento nos recursos do crédito rural e políticas voltadas para o fortalecimento da produção, o Brasil continua a garantir a segurança alimentar e a competitividade global”. Uma das novidades do Plano foi o incentivo à produção sustentável, com taxas de juros mais baixas para sistemas de produção ambientalmente amigáveis.
O Rio Grande do Sul, um dos estados mais produtivos do país, enfrentou severas inundações em abril e maio deste ano, afetando severamente tanto as lavouras quanto a pecuária. O Ministério da Agricultura e Pecuária respondeu com ações de recuperação, incluindo a renegociação de parcelas de crédito rural e a liberação de recursos para mitigar os impactos. “O apoio fornecido é fundamental para ajudar os produtores a retomar suas atividades e garantir a continuidade da produção, especialmente em regiões que foram gravemente afetadas”, destacou o governo federal.
Outro grande passo dado pelo governo foi a sanção da Lei do Combustível do Futuro, que visa expandir o uso de combustíveis sustentáveis, como etanol, biodiesel e biocombustíveis. O programa prevê investimentos de R$ 260 bilhões até 2037 e uma redução estimada de 705 milhões de toneladas de CO2. “O Brasil é líder na produção energética graças à nossa rica base agropecuária. Pequenos, médios e grandes produtores são fundamentais para essa transição, que está conectada diretamente à terra e aos recursos naturais do país”, afirmou o ministro Carlos Fávaro.
O seguro rural também recebeu atenção especial em 2024, com uma significativa ampliação na subvenção ao prêmio do seguro. Até o momento, já foram comprometidos R$ 882 milhões, resultando na contratação de mais de 116 mil apólices que cobrem uma área de 6,3 milhões de hectares. As culturas mais beneficiadas foram soja, milho, café, trigo e pecuária. “Investimos pesado para garantir que o seguro rural esteja disponível e acessível para todos os produtores, oferecendo a segurança necessária para enfrentar os riscos naturais e garantir a estabilidade do setor”, afirmou Campos.
Além disso, o Rio Grande do Sul recebeu um crédito extraordinário de R$ 210 milhões para expandir a cobertura de seguro nas áreas afetadas pelas enchentes, abrangendo cerca de 26 mil produtores em 1,2 milhão de hectares segurados.
2024 foi também um ano de apoio específico para o setor cafeeiro, que recebeu R$ 5,7 bilhões através do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé). Com grande parte desses recursos já liberados, o setor está em expansão, oferecendo suporte financeiro e melhorando a competitividade no mercado global. Além disso, o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC) publicou 400 portarias, abrangendo 33 sistemas de produção, para garantir a segurança e a sustentabilidade das culturas agrícolas no país.
O agronegócio brasileiro continua a ser um pilar vital da economia do país, impulsionado por políticas eficazes e investimentos estratégicos. 2024 mostrou que, apesar dos desafios, o setor está preparado para enfrentar as dificuldades e continuar crescendo, garantindo a segurança alimentar e contribuindo para o desenvolvimento sustentável. Com políticas robustas e o apoio contínuo do governo, o setor agropecuário brasileiro está bem posicionado para se manter como líder global em produção e inovação.
Fonte: Pensar Agro
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