Agronegócio
Senar/MS forma terceira turma do Curso Técnico em Agropecuária
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Final de um ciclo de estudos e início de uma nova jornada para 36 formandos, agora Técnicos em Agropecuária pelo Senar/MS. A cerimônia de colação de grau foi realizada nesta terça-feira (15), em formato híbrido, com a presença dos concluintes no Centro de Excelência em Bovinocultura de Corte, na Capital, e transmitida ao vivo pelo Canal do Youtube do Sistema Famasul.
“O Senar MS amplia cada vez mais o atendimento com a missão de levar conhecimento para o campo. Somos conhecidos pelo excelente nível técnico. Enquanto os cursos capacitam com alto nível de aprendizagem, a assistência técnica tem a responsabilidade de traduzir tecnologias e resultados de pesquisas aos produtores rurais. A instituição é desafiada, diariamente, a ‘especializar’ pessoas capazes de entregar resultados, não só em números, mas economicamente viáveis e com sustentabilidade”, afirma o presidente do Sistema Famasul, Marcelo Bertoni.
O diretor-geral do Senar, Daniel Carrara, enviou uma mensagem aos alunos por vídeo. “Cada um de vocês faz parte de um sonho que iniciou em 2016, com o início do Centro de Excelência. Esta é uma das poucas unidades físicas, e por ser parceria entre Senar e Embrapa, oferece conteúdo exclusivo, tendo como diferencial a prática e o nível teórico. O diploma em mãos confirma a devolutiva dos alunos aos produtores rurais, que investem recursos do seu negócio neste projeto”.
“Estamos aqui para oficializar a conclusão de mais um ciclo na vida de todos vocês que, com muito êxito, compõem a terceira turma deste curso formada no estado. Vejo aqui alguns rostos conhecido que, durante o período de estudos tiveram contato direto conosco, em projetos, ações, integrações e difusão de conhecimento. A partir de agora somos colegas de profissão e, com toda certeza, nos encontraremos em diferentes agendas e atividades”, reforçou o superintendente do Senar/MS, Lucas Galvan.
“Tenho admiração pelo Sistema ‘S’, pois ele ensina a colocar a mão na massa. Cada um dos formandos fará diferença. Muitos caminhos serão abertos a partir de agora, pois nosso estado, como diz o hino, ‘é um celeiro de fartura’. Vamos entrar nesta nova etapa com confiança. Parabéns a todos! A Embrapa Gado de Corte está de portas abertas para o Senar/MS”, ressaltou o chefe-geral da Embrapa Gado de Corte, Antônio Rosa do Nascimento.
Fechando a cerimônia de formatura, Marcelo Bertoni, junto a autoridades presentes e formados, realizou o descerramento da placa em homenagem à turma.
Também participaram do evento diretor-secretário do Sistema Famasul, Claudio Mendonça, a diretora-técnica, Mariana Urt, e o diretor do Centro de Excelência, Francisco Paredes.
Agronegócio
Taxa de juros alta desafia crédito rural e ameaça plano safra 2025/26
O cenário de juros elevados promete impor dificuldades ao crédito rural agora em 2025, exigindo ajustes para a formulação do próximo Plano Safra (2025/26). Com a taxa Selic em trajetória ascendente desde 2024, a equalização dos juros, que subsidia financiamentos para produtores, tornou-se mais onerosa, pressionando o orçamento público.
A taxa Selic, que iniciou 2024 em 10,5% e encerrou o ano em 12,25%, está prevista para subir ainda mais no início de 2025. Este aumento encarece os subsídios que garantem juros reduzidos aos agricultores, forçando o governo a reavaliar suas estratégias. Entre as opções consideradas estão aumentar as taxas de financiamento ou reduzir o volume de recursos equalizados disponíveis.
No Plano Safra 2024/25, o orçamento para a subvenção de juros já havia sido ampliado para R$ 11,8 bilhões. Desse total, R$ 6,8 bilhões foram direcionados ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), enquanto R$ 3,4 bilhões foram alocados para financiamentos de investimento.
Com a lei orçamentária de 2025 ainda em discussão no Congresso Nacional, o governo propôs elevar o orçamento para a equalização dos juros para R$ 14,8 bilhões. Contudo, especialistas alertam que mesmo com esse aumento, o residual disponível para novas contratações será menor, devido à necessidade de cobrir operações contratadas em anos anteriores.
Os primeiros meses da safra 2024/25 registraram crescimento na contratação de crédito equalizado. De julho a novembro de 2024, o número de contratos subiu 48%, e o montante financiado aumentou 32%, atingindo R$ 67,4 bilhões. Apesar do crescimento, o ambiente de juros altos limita a expansão de políticas similares em 2025.
Para mitigar os desafios, iniciativas como a criação de linhas de crédito independentes do Plano Safra, como o programa de conversão de pastagens pelo Ecoinvest, estão sendo avaliadas. No entanto, tais programas enfrentam limitações em termos de captação de recursos a taxas reduzidas.
O setor agrícola também observa com atenção o mercado internacional. A queda dos juros nos Estados Unidos pode beneficiar a exportação de produtos brasileiros, enquanto a política fiscal interna segue em foco como um fator-chave para o controle da inflação e para a sustentabilidade do crédito rural.
Em um cenário de restrição fiscal e juros elevados, o agronegócio brasileiro terá de contar com ajustes orçamentários e a busca por alternativas inovadoras para manter o financiamento acessível. O desafio será garantir que o Plano Safra 2025/26 continue apoiando os produtores rurais, preservando a competitividade do setor no mercado global.
Fonte: Pensar Agro
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