Agronegócio

Senar-MT, Sindicato Rural e Uisa firmam parceria para capacitar moradores do distrito

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O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso (Senar-MT), o Sindicato Rural de Barra do Bugres e as Usinas Itamarati S/A (Uisa) firmaram parceria para capacitar os moradores do Distrito de Assari. Na última semana, cerca de 30 participantes concluíram o curso de manutenção de máquinas agrícolas e até a próxima sexta-feira (18.02) será concluído outro treinamento, desta vez o de Operador de Máquinas Agrícolas.

Com a capacitação da mão de obra, os moradores poderão aproveitar as oportunidades de trabalho na região. O presidente do Sindicato Rural local, Rogério Romanini, classifica como uma oportunidade de capacitação para que os trabalhadores encontrem bons empregos próximo às suas residências. “Estamos planejando ao todo 19 treinamentos, todos voltados para a área da agricultura. O intuito é capacitar os moradores do Distrito para atender as demandas de mão de obra capacitada no campo”, destaca.

Ainda de acordo com Romanini, essa é uma forma de retribuir o recurso do produtor rural para benefício da comunidade. “Estamos devolvendo a contribuição dos produtores, principalmente os que fornecem cana-de-açúcar para a Usina. Com a mão de obra qualificada, os produtores também terão profissionais capacitados à disposição”, destaca.

Para o Gerente Executivo de Recursos Humanos da Uisa, Marcelo Maniero Speltz, o objetivo da parceria é possibilitar oportunidades à comunidade de Barra do Bugres. “O que estamos construindo com este projeto é a garantia de mais qualificação, desenvolvimento social e capacitação aos alunos. Temos a certeza de que os resultados serão grandiosos, e o nosso empenho é desenvolver as comunidades as quais estamos inseridos e contribuir com o aperfeiçoamento de mão de obra para a nossa região. A própria Uisa poderá absorver parte desta mão de obra qualificada”, relatou.

Entre os cursos já programados para o Distrito do Assari estão atendimento ao cliente, operação de empilhadeira e oficina de agricultura de precisão. Os interessados devem entrar em contato com o Sindicato Rural de Barra do Bugres e verificar vagas e turmas disponíveis. Contando com o Distrito de Assari, para 2022 há 55 cursos programados para o município.

Fonte: CNA Brasil

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Taxa de juros alta desafia crédito rural e ameaça plano safra 2025/26

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O cenário de juros elevados promete impor dificuldades ao crédito rural agora em 2025, exigindo ajustes para a formulação do próximo Plano Safra (2025/26). Com a taxa Selic em trajetória ascendente desde 2024, a equalização dos juros, que subsidia financiamentos para produtores, tornou-se mais onerosa, pressionando o orçamento público.

A taxa Selic, que iniciou 2024 em 10,5% e encerrou o ano em 12,25%, está prevista para subir ainda mais no início de 2025. Este aumento encarece os subsídios que garantem juros reduzidos aos agricultores, forçando o governo a reavaliar suas estratégias. Entre as opções consideradas estão aumentar as taxas de financiamento ou reduzir o volume de recursos equalizados disponíveis.

No Plano Safra 2024/25, o orçamento para a subvenção de juros já havia sido ampliado para R$ 11,8 bilhões. Desse total, R$ 6,8 bilhões foram direcionados ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), enquanto R$ 3,4 bilhões foram alocados para financiamentos de investimento.

Com a lei orçamentária de 2025 ainda em discussão no Congresso Nacional, o governo propôs elevar o orçamento para a equalização dos juros para R$ 14,8 bilhões. Contudo, especialistas alertam que mesmo com esse aumento, o residual disponível para novas contratações será menor, devido à necessidade de cobrir operações contratadas em anos anteriores.

Os primeiros meses da safra 2024/25 registraram crescimento na contratação de crédito equalizado. De julho a novembro de 2024, o número de contratos subiu 48%, e o montante financiado aumentou 32%, atingindo R$ 67,4 bilhões. Apesar do crescimento, o ambiente de juros altos limita a expansão de políticas similares em 2025.

Para mitigar os desafios, iniciativas como a criação de linhas de crédito independentes do Plano Safra, como o programa de conversão de pastagens pelo Ecoinvest, estão sendo avaliadas. No entanto, tais programas enfrentam limitações em termos de captação de recursos a taxas reduzidas.

O setor agrícola também observa com atenção o mercado internacional. A queda dos juros nos Estados Unidos pode beneficiar a exportação de produtos brasileiros, enquanto a política fiscal interna segue em foco como um fator-chave para o controle da inflação e para a sustentabilidade do crédito rural.

Em um cenário de restrição fiscal e juros elevados, o agronegócio brasileiro terá de contar com ajustes orçamentários e a busca por alternativas inovadoras para manter o financiamento acessível. O desafio será garantir que o Plano Safra 2025/26 continue apoiando os produtores rurais, preservando a competitividade do setor no mercado global.

Fonte: Pensar Agro

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