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Singeperon insiste no diálogo e cobra PCCR dos agentes penitenciários e socioeducadores

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Por entender que a greve é alternativa para os trabalhadores quando se esgotam todas as possibilidades de diálogo, o Sindicato dos Agentes Penitenciários e Socioeducadores do Estado de Rondônia (Singeperon) insiste que o governo estadual apresente um justo Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCR), o que é uma promessa de campanha de Confúcio Moura nas eleições de 2010.

Na última quinta-feira (24), a diretoria do Singeperon protocolou manifestação na Casa Civil (com cópia para a Governadoria, Procuradoria Geral do Estado e Secretaria de Estado de Justiça) cobrando um posicionamento definitivo por parte do governo, se há ou não, de fato, algum interesse na construção conjunta do PCCR, em cumprimento ao acordo firmado em Juízo, na audiência de conciliação mediada pelo Tribunal de Justiça em maio deste ano.

O Sindicato também pede que o governo apresente uma proposta “que traga melhorias e seja justa”, e “que efetivamente atenda as expectativas criadas aos servidores decorrentes das promessas realizadas pelo próprio Governo”. Apontando, assim, a oportunidade para que o governo corrija recente injustiça, ao apresentar uma minuta de PCCR que, ao invés de trazer benefícios, retira direitos, inclusive alguns previstos a todos os demais servidores estaduais.

RELEMBRANDO

O presidente do Singeperon, Sidney Andrade, lembra que essa luta pelo PCCR vem desde 2011. “Até aqui, várias tratativas e acordos foram firmados, mas governo só vem descumprindo”, disse o sindicalista ainda destacando que, “sem um plano de carreira, com 12 anos de trabalho encerra a possibilidade de progressão desses servidores, e ao se aposentar, perderão 40% da remuneração líquida, com a retirada de adicionais”.

Com a falta de avanço na construção do PCCR, por se esbarrar no desinteresse do governo estadual ao longo de seis anos, não houve alternativa a não ser a greve, deflagrada pelos agentes penitenciários e socioeducadores no último dia 11 de maio. No entanto, o desembargador do TJ,  Roosevelt Queiroz, concedeu – em favor do Estado – uma liminar suspendendo a greve. E, consequentemente, exerceu o obrigatório papel de mediador, quando foi vedado o exercício do direito de greve, marcando então uma audiência de conciliação.

“Os trabalhadores já estavam mobilizados em todo o Estado para o início da greve, aí veio a liminar suspendendo e o TJ ainda marcou uma audiência para 15 dias, sendo que era uma situação de urgência. Em muitos casos como este a Justiça do Trabalho costuma marcar audiência para um ou dois dias após a suspenção da greve. Mesmo assim, os servidores acataram a intervenção judicial, e se agarraram ao último fio de esperança, já que perderam a fé nesse governo estadual, e ainda acreditam na Justiça”, relatou o diretor do Singeperon, Ronaldo Rocha.

DESCUMPRIMENTO

Na audiência de conciliação, realizada no dia 26 de maio, na sede do Tribunal de Justiça, o mediador destacou que o objetivo foi “o diálogo entre o Estado e o Sindicato, a fim de que possam entrar em acordo acerca das reivindicações dos servidores”. No entanto, passou o prazo de dois meses acordado em Juízo e não houve um diálogo construtivo em torno do maior anseio dos servidores, que é o PCCR, já que o Estado ignorou os requerimentos da diretoria do Sindicato para reuniões. E ainda, fora de prazo, apresentou uma minuta de PCCR que retira direitos dos servidores.

 

Lucas Tatuí Libarino

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PF descapitaliza cerca de R$ 1 bilhão de organização criminosa

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Nesta 3ª fase das investigações, constatou-se que a organização criminosa contava com a participação de servidores ocupantes de cargos estratégicos e de direção do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (IPAAM)
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Na manhã desta segunda-feira, 9/12, Dia Internacional Contra a Corrupção, a Polícia Federal deflagrou a Operação Expurgare, com ações simultâneas nos estados do Amazonas, Pernambuco e Rondônia. A Operação Expurgare é uma continuação da Operação Greenwashing.

Nesta 3ª fase das investigações, constatou-se que a organização criminosa contava com a participação de servidores ocupantes de cargos estratégicos e de direção do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (IPAAM). Esses servidores utilizavam suas posições para facilitar práticas ilegais, como a emissão de licenças ambientais fraudulentas, suspensão de multas e autorizações irregulares para desmatamento.

Os envolvidos já haviam sido indiciados em 2019 durante a Operação Arquimedes, que investigou crimes semelhantes. Nesta etapa, estão sendo cumpridos mandados de busca e apreensão e de prisões preventivas, expedidos pela 7ª Vara Federal Criminal da Subseção Judiciária de Manaus/AM, como parte das estratégias para desmantelar o esquema criminoso.

A Operação Greenwashing já havia revelado um esquema de fraudes fundiárias que se estendeu por mais de uma década e foi iniciado em Lábrea/AM, envolvendo a duplicação e falsificação de títulos de propriedade. Essas fraudes resultaram na apropriação ilegal de cerca de 538 mil hectares de terras públicas.

Entre 2016 e 2018, a organização criminosa expandiu suas atividades ilícitas, reutilizando títulos de propriedade e inserindo dados falsos no Sistema de Gestão Fundiária (SIGEF), com a colaboração de servidores públicos e responsáveis técnicos. Nos últimos três anos, uma nova expansão das atividades ilícitas do grupo ocorreu na região de Apuí/AM e Nova Aripuanã/AM.

Por meio das medidas já implementadas, foi possível desarticular financeiramente a organização criminosa, que resultou na descapitalização de quase R$ 1 bilhão. A Polícia Federal reforça que operações como a Expurgare são fundamentais para combater a corrupção, proteger o meio ambiente e responsabilizar os envolvidos em atividades ilícitas.

Denúncias anônimas sobre os crimes em investigação podem ser encaminhadas por meio do canal https://forms.office.com/r/UBmPaNbDxM. A PF garante o sigilo absoluto e a proteção da identidade do denunciante.

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Comunicação Social da Polícia Federal em Rondônia

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