Porto Velho
UTILIDADE PÚBLICA Porto Velho oferece atendimento especializado às mulheres vítimas de violência sexual
Porto Velho
O atendimento é oferecido pela Maternidade Municipal Mãe Esperança para o público feminino a partir de 12 anos
No Brasil, 10 de outubro é o Dia Nacional de Luta Contra a Violência à Mulher. Em Porto Velho, a Maternidade Municipal Mãe Esperança (MMME) é referência no atendimento humanizado e multidisciplinar às mulheres vítimas de violência sexual, a partir dos 12 anos. O serviço é desenvolvido pela Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) como parte das políticas públicas da Prefeitura voltadas ao enfrentamento da violência sexual.
O serviço é oferecido por regime de plantão, ou seja, disponível 24 horas através do sistema portas abertas, permitindo que as vítimas procurem atendimento diretamente sem a necessidade de agendamento prévio.
O atendimento é humanizado e prestado por uma equipe multidisciplinar com médicos, enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais e técnicos de enfermagem. A atuação desses profissionais busca o acolhimento imediato com a realização de exames, profilaxias, e encaminhamentos para a rede de proteção, se for o caso.
Segundo a assistente social Karígina Suely de Oliveira Gomes, esse atendimento é fundamental para minimizar os impactos físicos e psicológicos decorrentes do trauma da violência. “As vítimas de violência, ao chegarem nas unidades de saúde, sentem-se envergonhadas, humilhadas e têm medo de expor suas intimidades. O atendimento humanizado é essencial para que essas mulheres se sintam acolhidas e seguras”, afirma.
Após o atendimento de urgência, realizado na Maternidade, as pacientes são encaminhadas para acompanhamento ambulatorial nas unidades de saúde e também para órgãos competentes, conforme a demanda de cada caso. Além disso, é oferecido suporte psicológico, recuperação emocional das vítimas através do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS).
Interrupção de gestação legal
A Maternidade Mãe Esperança também está credenciada pelo Ministério da Saúde para realizar a interrupção legal da gestação nos casos previstos em no Código Penal Brasileiro, em seu artigo 128, como estupro, anencefalia ou risco de vida para a mãe. Nesses casos, não é necessária autorização judicial, apenas o consentimento da mulher.
Karígina Gomes destaca que as pacientes são informadas sobre suas opções, incluindo a possibilidade de levar a gestação adiante e entregar a criança para adoção, caso prefiram.
Apesar dos avanços, a assistente social observa que o número de atendimentos ainda pode ser maior, considerando que muitas vítimas não procuram ajuda por medo ou falta de informação.
“A informação é vital para que essas mulheres entendam que precisam de apoio e cuidado. A principal mensagem é que a mulher não se sinta culpada. Nenhuma mulher é culpada de ser estuprada”, enfatiza Karígina.
Atendimento
Além do acolhimento às vítimas de violência sexual, a Maternidade Municipal Mãe Esperança é referência para gestantes, com atendimentos às urgências obstétricas e realização de partos.
Devido à obra de reforma e ampliação, os atendimentos da unidade foram transferidos, provisoriamente, para o prédio ao lado da Maternidade, onde ficavam as instalações do Centro de Referência de Saúde da Mulher (CRSM) e do Centro Integral Materno Infantil (CIMI), na Rua Venezuela, nº 2356 – Embratel.
Rede de Apoio
O Dia Nacional de Luta contra a Violência à Mulher impulsiona a reflexão dos números da violência contra a mulher e o que se tem feito para combater o problema. O Ligue 180 é um serviço de utilidade pública essencial para o enfrentamento à violência contra a mulher.
Além de receber denúncias de violações contra as mulheres, a central encaminha o conteúdo dos relatos aos órgãos competentes e monitora o andamento dos processos. O serviço também tem a atribuição de orientar mulheres em situação de violência, direcionando-as para os serviços especializados da rede de atendimento.
No Ligue 180, ainda é possível se informar sobre os direitos da mulher, a legislação vigente sobre o tema e a rede de atendimento e acolhimento de mulheres em situação de vulnerabilidade.
Texto: Semusa
Fotos: Wesley Pontes/ SMC
Superintendência Municipal de Comunicação (SMC)
Fonte: Prefeitura de Porto Velho – RO
Porto Velho
INCLUSÃO SOCIAL Com o tema “De Olho na Inclusão”, Biblioteca Francisco Meirelles inicia programação em alusão ao Dia do Deficiente Visual
Em parceria com a Asdrevon, programação promove palestras e oficinas, de 9 a 13 de dezembro
Com o tema “De olho na Inclusão 2024” e fazendo parte das comemorações alusivas ao Dia do Deficiente Visual, celebrado anualmente dia 13 de dezembro, a Biblioteca Municipal Francisco Meirelles, em parceria com a Associação dos Deficientes Visuais do Estado de Rondônia (Asdevron), realiza de 9 a 13 deste mês, uma semana inteira de programação para discutir a importância da inclusão dos portadores de deficiências na sociedade. O evento acontece durante toda a semana, das 8h às 12h e, pela tarde, das 14h às 18h, na Sala de Braile da biblioteca.
Com o objetivo de trocar ideias e opiniões e discutir meios de combater o preconceito e a discriminação, a programação tem por missão fortalecer a inclusão social de todos os tipos de portadores de deficiências visuais para que se sintam respeitados, inseridos na sociedade e, acima de tudo, valorizados.
O projeto conta com a parceria da Secretaria Municipal de Assistência Social e Família (Semasf), Secretaria de Estado da Educação (Seduc), Secretaria Municipal de Educação (Semed), Tribunal Regional do Trabalho (TRT-RO/AC) e Tribunal de Contas do Estado (TCE/RO). Como parte das atividades, a programação inclui palestra motivacional ministrada pela professora doutora Silvânia Gregório, da Seduc, e mais 20 oficinas que abordarão temas como: Tecnologia Assistiva Responsável; Leitura e Escrita Braile Responsável; Introdução às Técnicas de Uso do Soroban; Tecnologia Assistiva e Orientação e Mobilidade.
A programação tem sua abertura oficial na manhã desta segunda-feira (9), com a palestra motivacional da professora e doutora Silvânia Gregório que reforça que é de grande valia que a semana de programação se estenda também à classe empresarial para que possam ter uma visão mais inclusiva, oportunizando maiores inserções no mercado de trabalho.
“Os entes e portadores de deficiência, se organizaram para que possam se fortalecer através de políticas públicas que venham favorecer essa classe de pessoas, que as vezes sofrem tantos preconceitos e para que toda a cidade reforce a questão da autoestima, autoimagem, tanto delas quanto à sociedade. Também é essencial que essa programação se estenda à classe empresarial para que possam dar mais oportunidade no mercado de trabalho para essa classe. Então, essa semana de programação intensa aqui na Biblioteca Francisco Meirelles, é como se fosse uma provocação para que a sociedade possa olhar para eles de uma forma mais humanizada possível”, reforça.
“A importância maior dessa programação vasta de atividades, é podermos celebrar o Dia do Deficiente Visual, comemorado no dia 13 agora, para que possamos trabalhar a conscientização com o deficiente visual, para que ele possa lutar, se motivar e para que ele não desanime perante a tantas dificuldades encontradas. O intuito dessa programação é trabalharmos a inclusão social, porque na verdade, o deficiente não tem muito o que comemorar nessa data, mas é importante que ele possa abrir caminhos para conseguir viver, se inserir no mercado de trabalho e que não desista de lutar sempre, destacou a servidora Sebastiana da Silva, que também é portadora de deficiência visual, há nove anos.
O presidente da Asdevron, José Aldair, disse que o evento, em alusão ao Dia do Deficiente, é de extrema importância para toda a sociedade. “Esse evento que estamos promovendo é de grande relevância não somente para o deficiente visual, mas para toda a sociedade em geral, que terão a oportunidade de conhecer mais a fundo a leitura e escrita em braile e tecnologia assistiva”.
Para o diretor da Biblioteca Municipal Francisco Meirelles, Carlos Augusto, as atividades em alusão à data são de extrema importância social, uma vez que reforçam as discussões da relevância social da Semana Nacional do Deficiente Visual, instituída no dia 13 de dezembro de 1961. De acordo ainda com o diretor, todos os anos, essas ações são desenvolvidas em parceria com a Asdevron.
“De 9 a 13 temos uma programação extensa. Hoje iniciaremos com as oficinas. O objetivo dessa programação é podermos proporcionar uma oportunidade de aprendizado e de autonomia. Além disso, é importante destacar que o evento não é apenas voltado para os deficientes visuais, mas se estende para seus familiares, para que possa facilitar o modo como interagem com eles”, finalizou.
Para quem desejar participar da semana de programação, as inscrições serão feitas presencialmente na Biblioteca Municipal Francisco Meirelles, situada à rua Dom Pedro II, 826. O atendimento ao público é de segunda a sexta-feira, das 8h às 21h (não fecha para o almoço).
Texto: Daniela Castelo Branco
Foto: Felipe Ribeiro
Superintendência Municipal de Comunicação (SMC)
Fonte: Prefeitura de Porto Velho – RO
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