Agronegócio
A Assistência Técnica do Senar transformou a vida de produtor rural em Santa Inês
Agronegócio
A Assistência Técnica e Gerencial (ATeG), do Senar, vem mudando a vida de centenas de produtores rurais maranhenses. Um exemplo disso, é o progresso que o produtor rural, Francisco Fernandes de Oliveira, tem alcançado desde março do ano passado, quando passou a ser atendido pelo, por meio do Agronordeste Senar.
Oliveira mora no povoado São José do Aterrado, em Santa Inês, é horticultor e produz atualmente cheiro verde, cebolinha, alface, couve, dentre outros. Divide as tarefas da produção com a família (filhos e esposa), e comercializam no mercado central daquele município. Antes da olericultura, ele produzia milho, arroz e mandioca.
“Adoro o que faço. Muito bom trabalhar na roça, traz retorno rápido e é dela que tiro o meu sustento e da minha família”, disse ele satisfeito com o ofício que exerce, ao tempo que assegura: “O Senar chegou e foi uma luz. Porque eu não tinha conhecimento. Com o meu trabalho pude realizar os sonhos de adquirir poço artesiano e obter água diariamente e ainda a minha casa própria” afirmou ele.
No período de acompanhamento técnico da ATeG, são realizadas cinco etapas: diagnóstico produtivo individualizado (DPI), planejamento estratégico, adequação tecnológica, capacitação profissional complementar e avaliação sistemática de resultados.
O produtor rural integra o grupo de hortifruticultores assistidos pelo Senar, nas diversas regiões do Estado. São 975 propriedades que desenvolvem essa atividade, recebendo tecnologia de 39 técnicos de campo, para o fortalecimento da cadeia produtiva no Estado.
Manejo integrado
Seguindo o cronograma do programa, a doutora em engenharia agrônoma, Kamila Cunha de Meneses, que atende o Francisco, assegura que em um ano, ele já foi orientado sobre as dimensões adequadas para os canteiros, a importância da correção do solo, o manejo integrado de pragas e doenças, espaçamentos adequado, o trabalho da diversidade de olerícolas, além do gerenciamento da produção, que faz com que o produtor controle seus ganhos e gastos.
Ela explica que, logo de início, foi tratado com ele sobre a importância de encarar a Unidade Produtiva como uma empresa rural para a manutenção do negócio e competitividade. Para isso, foi necessário implementar as ferramentas de gerenciamento para possibilitar uma boa e eficiente gestão da atividade.
No decorrer do trabalho, Oliveira foi observando o desenvolvimento dos cultivos com as novas técnicas e começou o processo de ampliação dos canteiros, que passou de 12 para 52, com a aplicação correta das técnicas promovidas pelo Senar.
“Foi organizada a etapa de comercialização e daí, o grupo familiar adquiriu uma banca junto ao mercado municipal. Também ele foi orientado quanto à utilização de compra online de insumos, em perfil de horta comercial e a cotação de preços”, afirmou ela.
Outro ponto destacado por ela é que no início, ele cultivava apenas coentro e cebolinha na horta. Mas com conhecimento, ele adquiriu confiança, para avançar com o cultivo de rúcula, salsinha, abóbora de moita, manjericão, alface, orégano e pimenta, além de iniciar a utilização de produção de mudas em bandejas.
“Senar para mim é tudo. Foi ele através da Dra. Kamila que abriu os meus olhos. É disso que a gente precisa: ter um bom parceiro para nos orientar”, disse feliz, o produtor rural que planeja investir nos próximos meses, em mais 50 canteiros. Um incremento substancial em sua vida.
Agronegócio
Exportações da Bahia totalizaram R$ 72,14 bilhões em 2024
As exportações da Bahia totalizaram R$ 72,14 bilhões em 2024, um crescimento de 3,6% em relação ao ano anterior, mesmo diante de desafios globais, como a desaceleração da economia chinesa e a instabilidade nos preços das commodities. A agropecuária desempenhou papel essencial nesse resultado, contribuindo com R$ 28,42 bilhões, um aumento de 3%, mesmo com uma redução de 6,3% na produção física de grãos.
A soja e seus derivados mantiveram a liderança nas exportações agropecuárias, somando R$ 18,28 bilhões, o que representa 64,3% das vendas do setor. Apesar de uma queda de 4,2% em comparação a 2023, causada por oscilações no mercado e na demanda externa, outros produtos, como cacau, café e frutas, sustentaram o crescimento do segmento.
A China continuou como principal destino das exportações baianas, com compras de R$ 20,68 bilhões, uma alta de 4,1% em relação ao ano anterior. No total, as vendas para o bloco asiático atingiram R$ 33,88 bilhões, representando 47% das exportações do estado. Um destaque foi o aumento significativo das vendas para a Espanha, que cresceram 214,1%, totalizando R$ 3,50 bilhões, com uma pauta diversificada que incluiu soja, minério de cobre e produtos agropecuários.
A Bahia manteve sua posição como maior exportadora do Nordeste, sendo responsável por 47,2% das vendas externas da região. Esse desempenho reflete a força do agronegócio, aliada ao crescimento da indústria de transformação e da mineração, que também contribuíram para os resultados positivos.
As importações do estado, no entanto, registraram crescimento expressivo, alcançando R$ 65,69 bilhões, um aumento de 25,4% em relação a 2023. Esse avanço foi impulsionado principalmente pelas compras de combustíveis, que subiram 86% no ano, refletindo a alta demanda interna.
Para 2025, as perspectivas são otimistas. A previsão de uma safra agrícola maior que a de 2024 indica um potencial de crescimento nas exportações agropecuárias. Entretanto, fatores como a volatilidade cambial, as tensões comerciais entre China e Estados Unidos e as condições climáticas globais permanecem como desafios a serem acompanhados de perto.
O desempenho baiano reafirma a relevância do agronegócio como motor da economia regional e nacional, destacando-se como exemplo de inovação e resiliência em tempos de incertezas no cenário global.
Fonte: Pensar Agro
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