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Adiamento do prazo para fim dos lixões pode ser aprovado até junho, com MP do Saneamento Básico
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Pauta dos prefeitos, o adiamento do prazo para que todos os lixões do país sejam desativados pode ser aprovado no Congresso até a primeira semana de junho. Esta é a data limite para que a Medida Provisória 868/2018 seja aprovada pelos senadores e deputados. O tema dos lixões não constava no texto original da MP, mas foi incluído por meio de emenda no relatório do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), aprovado na comissão especial no dia 7 de maio.
A emenda apresentada pelo deputado Benes Leocácio (NOVO – RN) altera a Política Nacional de Resíduos Sólidos e prevê um escalonamento de datas para que os lixões sejam extintos, de acordo com o tamanho dos municípios. Na prática, o que as cidades precisam fazer obrigatoriamente até o final de dezembro de 2019 é elaborar plano intermunicipal de resíduos sólidos ou plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos.
Cumprindo esse requisito, os municípios que ficam em regiões metropolitanas terão até agosto de 2020 para desativar lixões. Municípios com menos de 50 mil habitantes, de acordo com o Censo 2010, terão, por exemplo, até 2023 para atender à determinação da Política Nacional de Resíduos Sólidos. De acordo com estimativa feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2017, 68,3% dos municípios brasileiros têm menos de 20 mil habitantes. O texto também afirma que União e Estados “manterão ações de apoio técnico e financeiro” aos municípios para o cumprimento dos prazos.
Na justificativa para o adiamento, o deputado Benes Leocácio menciona que ao aprovar o prazo para extinção dos lixões, o Congresso não estabeleceu previsão sobre recursos financeiros para isso. “Cabe destacar que a promulgação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) resultou em novas obrigações aos gestores municipais, mas o Congresso Nacional não indicou a fonte orçamentária para o cumprimento da lei. Em função disso, o Tribunal de Contas da União realizou auditoria e apontou que há inexistência de fonte orçamentária para que a PNRS seja cumprida, o que explica o fato de menos da metade dos Municípios ter conseguido cumprir com a meta de eliminar lixões e implantar aterros sanitários até agosto de 2014”, destaca.
O relatório da MP 868/18 que foi aprovado, no entanto, não tem consenso. O item mais polêmico da proposta é a proibição dos chamados contratos de programa, que são firmados entre estados e municípios para prestação dos serviços de saneamento em colaboração. Os contratos de programa não exigem licitação, já que o contratado não é uma empresa privada, mas uma estatal de economia mista, por,exemplo, como a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). O texto também transfere dos municípios para a Agência Nacional de Águas (ANA) a regulamentação de serviços de água e esgoto.
O deputado Afonso Florence (PT-BA) argumenta que a MP é inconstitucional e avalia que as empresas públicas vão perder áreas de atuação e valor de mercado, acabando por serem vendidas por preços baixos. Ele afirma que o risco é que todo o texto perca a validade, inclusive a possibilidade de adiamento para a desativação dos lixões. “O PT é contra a MP e trabalhar para derrubá-la, e reconheço que apesar da bancada não ter posição [sobre o prazo para o fim dos lixões] é preocupante, por um lado há sucessivas prorrogações de prazos para a extinção dos lixões, por outro há o fim do PAC (programa de aceleração do crescimento) e a Emenda 95 [sobre teto para gastos públicos] que extinguiram os investimentos no saneamento e outros itens, então a possibilidade de haver recursos no curto prazo é quase nula”, pondera o deputado. A MP precisa ser votada no Plenário da Câmara e do Senado até 3 de junho.
Esta não é a única medida que trata do adiamento para a desativação dos lixões. Durante a Marcha dos Prefeitos, realizada no no mês de abril em Brasília, a Câmara aprovou pedido de tramitação em urgência para o projeto de lei 2289/2015, que tem texto similar à emenda inserida na MP 868/2018. Como as medidas provisórias têm tramitação mais rápida no Congresso, a inserção da emenda sobre lixões na MP 868/18 acelerou o andamento desta demanda dos prefeitos.
Quando a Lei que criou a Política Nacional de Resíduos Sólidos passou a valer, em 2010, o prazo para que todos os lixões fossem desativados era 2 de agosto de 2014. O texto fala especificamente em um processo de ações que levariam à disposição final ambientalmente adequada para os resíduos sólidos, e consequentemente a desativação das áreas de lixões. São ações como o cercamento da área do lixão, drenagem pluvial, cobertura com solo e cobertura vegetal, implantação sistema de vigilância; remanejamento e inserção econômica de catadores de lixo e outras pessoas, assim como edificações que se localizem dentro da área do lixão ou do aterro controlado.
Em abril, quando a urgência do projeto de lei que trata da prorrogação do prazo para o fim dos lixões foi aprovada na Câmara, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, chamou a iniciativa de “desserviço”, mas admitiu a alargamento do prazo para pequenas cidades ou afastadas dos grandes centros. O ministério lançou recentemente “Programa Lixão Zero”, com o objetivo de, em parceria com os municípios, fazer diagnósticos e elaborar planos de ações para destinação correta de resíduos sólidos.
A agenda de qualidade ambiental urbana é principal aposta da gestão de Salles à frente da pasta do Meio Ambiente. O evento de lançamento do programa, em 30 de abril, em Curitiba foi marcado por protestos de catadores e catadores de lixo e teve de mudar de local em cima da hora. Na última quarta-feira (08), a Defensoria Pública da União publicou uma nota técnica sobre o programa avaliando que ignora determinações legais sobre a inclusão social dos catadores. O documento recomenda que o ministério revise o programa para incluir “a necessidade de o poder público observar a obrigação legal de inclusão social e econômica das cooperativas e associações de catadoras e catadores de materiais recicláveis e reutilizáveis e/ou coletivos de catadoras e catadores no processo de encerramento das atividades nos lixões”.
congresso emfoco
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Rui Denardin: O que esperar do mercado automotivo em 2025?
Por Rui Denardin – Grupo Mônaco: À medida que nos aproximamos do final do ano é natural começarmos a refletir sobre as projeções para 2025. No mercado automotivo não seria diferente. Grandes expectativas já surgem, especialmente diante dos resultados positivos de 2024, marcados pelo aumento das vendas e pela recuperação total do setor no cenário pós-pandemia.
Analisando os fatores que impactam esse mercado, 2025 promete ser um ano dinâmico, repleto de avanços tecnológicos e alinhado às novas demandas do consumidor. Conforme nos preparamos para esse futuro promissor, algumas tendências-chave já estão moldando o setor, e, como um player estratégico, precisamos estar atentos para liderar e inovar.
E uma dessas principais tendências que seguirá em alta é a busca por veículos sustentáveis. A eletrificação continuará sendo o principal motor de mudança, com uma previsão de aumento significativo na participação dos veículos elétricos, não apenas no Brasil, mas em mercados globais.
Isso ocorre devido à redução nos custos de produção de baterias e ao avanço da infraestrutura de carregamento. No Brasil, o crescimento do segmento tem sido impulsionado por incentivos fiscais e subsídios que tornam as soluções híbridas e elétricas mais acessíveis ao consumidor.
Além disso, a busca por sustentabilidade permeia todos os aspectos da vida moderna, inclusive a mobilidade urbana. A produção de veículos elétricos tornou-se mais limpa, com o uso de materiais recicláveis, consolidando a responsabilidade ambiental como um diferencial competitivo.
Apesar das transformações tecnológicas, uma coisa não mudará em 2025: o foco na experiência do cliente. As empresas que conseguem oferecer atendimento excepcional, simplificar processos e garantir um suporte eficiente sairão na frente, conquistando a fidelidade de seus consumidores.
No Grupo Mônaco, valorizamos essa conexão desde a nossa fundação, na década de 1970. Meu pai, Armindo Denardin, ao inaugurar nossa primeira concessionária em Altamira, no Pará, chamava seu empreendimento de “Casa de Amigos”. Esse espírito de proximidade e atenção personalizada, seja para fechar um negócio ou apenas para receber bem quem nos procura, é um legado que mantemos até hoje.
O futuro do mercado automotivo não é apenas sobre tecnologia; é sobre como utilizamos essa tecnologia para melhorar vidas e gerar um impacto positivo no planeta. No Grupo Mônaco, estamos comprometidos em liderar essa transformação, com inovação, excelência e uma visão estratégica que priorize nossos clientes, colaboradores e parceiros.
2025 será um ano para acelerar. Estou confiante de que estamos prontos para essa jornada, que promete grandes conquistas e novas possibilidades para montadoras, concessionárias e, principalmente, para nossos clientes. Que venha o novo!
Rui Denardin é CEO do Grupo Mônaco
Fonte: Auto
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