Agronegócio

Campo com mais segurança em SC

Agronegócio


Várias regiões do território barriga-verde já contam com a Rede Rural de Segurança, resultante de articulações entre a Federação da Agricultura e Pecuária de Santa Catarina (Faesc) com a Polícia Militar e a Polícia Militar Ambiental. Além disso, foram criados setores especializados no âmbito da Polícia Civil.

O presidente da Faesc, José Zeferino Pedrozo relata que os produtores padeciam de um sistema de segurança frágil que os faziam sofrer nas mãos de quadrilhas especializadas. Esse problema anulava uma série de conquistas que levaram conforto e tranquilidade para a sociedade rural, como a eletrificação rural, o desenvolvimento das pequenas cidades do interior, construção de estradas, educação e saúde, comunicação e instalação de indústrias na zona rural, a tecnologia, além dos programas sociais dos governos estaduais e federal que contribuíram para a fixação do homem no campo e a diminuição dos movimentos migratórios.

O vice-presidente de finanças da FAESC Antônio Marcos Pagani de Souza informa que a parceria que oportunizou a Rede Rural de Segurança envolve também os Sindicatos Rurais e estão sendo desenvolvidas em Chapecó e Lages. Agora está sendo expandida para Otacílio Costa, onde a Companhia da Polícia Militar local iniciou o atendimento aos municípios da Serra Catarinense.

As propriedades rurais são visitadas pela Polícia Militar e são objeto de georreferenciamento por GPS, análise de riscos, estudo situacional, identificação de entradas e saídas, orientação da família rural e dos trabalhadores rurais entre outras ações. Cada propriedade recebe um código de identificação e geolocalização.

Quando houver uma ocorrência, o produtor rural aciona a Polícia e menciona o código de geolocalização, facilitando e agilizando a chegada do socorro policial. A única despesa do proprietário rural é a confecção da placa com a identificação que deve ser instalada no portão de cada estabelecimento rural

A Polícia Civil também está engajada na proteção do setor. Nesse mês foi inaugurada em Chapecó novos organismos da Polícia Civil para combate aos crimes contra o agronegócio: o Centro de Apoio Operacional de Combate aos Crimes contra o Agronegócio (CAOAGRO), a Delegacia de Polícia Virtual de Repressão aos Crimes contra o Agronegócio (DELEAGRO) e o Núcleo de Inteligência do Agronegócio (NintAGRO). Essas estruturas estão instaladas junto à Diretoria de Polícia da Fronteira (DIFRON/PCSC), em Chapecó.

O presidente da Faesc realça que a Rede Rural de Segurança e a Delegacia especializada no agro e os demais órgãos representam uma grande conquista para o setor que é penalizado há anos com prejuízos enormes, causados por furtos e roubos nas propriedades rurais do Estado. “Acreditamos que a partir de agora será possível reduzir e combater os crimes que acontecem com frequência e que já causaram grandes perdas econômicas, além de colocar em risco a segurança e a produtividade no campo. Foi uma grande conquista não somente para os produtores rurais como para toda a cadeia produtiva do agronegócio”.

Em todos o País os agentes do crime estão perpetrando uma crescente onda de violência contra a população rural. O furto de máquinas, equipamentos, veículos e, sobretudo, animais já é parte do cotidiano da população da zona rural e isso tem provocado uma mudança nos hábitos e costumes dos moradores do interior de Santa Catarina. A frequêcia e intensidade do abigeato (furto de animais) provocam pesadas perdas. A ousadia dos meliantes é tal que abatem os animais no próprio local, retiram as partes nobres e abandonam a carcaça.

Fonte: CNA Brasil

COMENTE ABAIXO:
Propaganda

Agronegócio

Taxa de juros alta desafia crédito rural e ameaça plano safra 2025/26

Publicados

em

O cenário de juros elevados promete impor dificuldades ao crédito rural agora em 2025, exigindo ajustes para a formulação do próximo Plano Safra (2025/26). Com a taxa Selic em trajetória ascendente desde 2024, a equalização dos juros, que subsidia financiamentos para produtores, tornou-se mais onerosa, pressionando o orçamento público.

A taxa Selic, que iniciou 2024 em 10,5% e encerrou o ano em 12,25%, está prevista para subir ainda mais no início de 2025. Este aumento encarece os subsídios que garantem juros reduzidos aos agricultores, forçando o governo a reavaliar suas estratégias. Entre as opções consideradas estão aumentar as taxas de financiamento ou reduzir o volume de recursos equalizados disponíveis.

No Plano Safra 2024/25, o orçamento para a subvenção de juros já havia sido ampliado para R$ 11,8 bilhões. Desse total, R$ 6,8 bilhões foram direcionados ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), enquanto R$ 3,4 bilhões foram alocados para financiamentos de investimento.

Com a lei orçamentária de 2025 ainda em discussão no Congresso Nacional, o governo propôs elevar o orçamento para a equalização dos juros para R$ 14,8 bilhões. Contudo, especialistas alertam que mesmo com esse aumento, o residual disponível para novas contratações será menor, devido à necessidade de cobrir operações contratadas em anos anteriores.

Os primeiros meses da safra 2024/25 registraram crescimento na contratação de crédito equalizado. De julho a novembro de 2024, o número de contratos subiu 48%, e o montante financiado aumentou 32%, atingindo R$ 67,4 bilhões. Apesar do crescimento, o ambiente de juros altos limita a expansão de políticas similares em 2025.

Para mitigar os desafios, iniciativas como a criação de linhas de crédito independentes do Plano Safra, como o programa de conversão de pastagens pelo Ecoinvest, estão sendo avaliadas. No entanto, tais programas enfrentam limitações em termos de captação de recursos a taxas reduzidas.

O setor agrícola também observa com atenção o mercado internacional. A queda dos juros nos Estados Unidos pode beneficiar a exportação de produtos brasileiros, enquanto a política fiscal interna segue em foco como um fator-chave para o controle da inflação e para a sustentabilidade do crédito rural.

Em um cenário de restrição fiscal e juros elevados, o agronegócio brasileiro terá de contar com ajustes orçamentários e a busca por alternativas inovadoras para manter o financiamento acessível. O desafio será garantir que o Plano Safra 2025/26 continue apoiando os produtores rurais, preservando a competitividade do setor no mercado global.

Fonte: Pensar Agro

COMENTE ABAIXO:
Continue lendo

POLÍCIA

RONDÔNIA

PORTO VELHO

POLÍTICA RO

MAIS LIDAS DA SEMANA