Agronegócio

CNA orienta produtores de soja e milho sobre gestão de risco de preços

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Brasília (31/03/2022) A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) promoveu, na quinta (31), um curso sobre gestão de risco de preços no agro para auxiliar produtores rurais de soja e milho da região Sul.

O encontro foi promovido em parceria com as Federações de Agricultura e Pecuária de Santa Catarina (Faesc), Rio Grande do Sul (Farsul) e do Paraná (Faep).

“Foi uma iniciativa do Projeto Campo Futuro para apresentamos ferramentas estratégicas contra as oscilações de preços aos produtores rurais como uma forma de auxiliá-los nas tomadas de decisão”, afirmou a coordenadora do Núcleo de Inteligência de Mercado da Confederação, Natália Fernandes, que abriu o evento.

O Campo Futuro faz o levantamento do custo de produção de diferentes atividades agropecuárias para gerar informações estratégicas do setor rural, contribuindo para as tomadas de decisão produtor no campo.

Durante o evento, a CNA apresentou dois temas aos produtores rurais. O primeiro tratou da gestão de custos de produção e como ela pode ajudar na escolha da proteção de riscos de preços.

O assessor técnico Thiago Rodrigues explicou que o grande desafio do produtor está em administrar bem suas atividades ao longo dos ciclos e saber controlar os custos.

“O controle de custo é o ponto de partida para a operacionalização da gestão de riscos na propriedade. Contudo, buscar reduzir custos continuamente nem sempre deve ser o foco exclusivo da atividade”, disse.

Rodrigues pontuou ainda que o produtor precisa entender os riscos do negócio e saber gerenciá-los, e ressaltou que é importante valorizar a atividade fazendo diagnóstico e monitoramento de custos, análise e gestão de riscos e compreensão de mercado.

“Para gerenciar os riscos os produtores precisam ir além de custos e receitas para garantir a sustentabilidade econômico-financeira da atividade. É preciso alinhar o retorno aos investimentos com os riscos associados à atividade agropecuária e montar processos e ações que possibilitem identificar os pontos prejudiciais ou favoráveis à atividade.”

Pedro Stark, especialista em commodities agrícolas da Messem Investimentos, fez um panorama sobre os mercados de soja e milho e sua influência na comercialização.

Segundo ele, em 2021, o milho sofreu com a questão climática que elevou o preço a um patamar recorde, e a soja, mesmo com maior produção, também atingiu um preço recorde.

“Para 2022, a expectativa para o mercado de grãos dependerá de muitos fatores como clima, mercado, câmbio, políticas públicas e crédito, além do cenário de guerra que tem influenciado com forte aumento dos preços. A guerra traz grandes incertezas no mercado e flutuação de preços muito forte”, afirmou.

Stark apresentou alguns tipos de operações que os produtores podem adotar, como hedge (protege um ativo contra uma possível desvalorização ou valorização de seu valor numa data futura) e Mercado Futuro (acordos de compra/venda de um ativo para uma data futura a um preço estabelecido entre as partes, em bolsa).

Ele também falou sobre o Mercado a Termo (NDF – Acordo entre duas partes em que compradores e vendedores fixam preços a uma determinada mercadoria) e o Mercado de Opções (que confere ao produtor rural o direito de comprar ou vender um ativo/produto em data futura pagando ou recebendo um prêmio por esse direito).

“Nossa ideia é adicionar conhecimento ao negócio de vocês para proporcionar um maior nível de sucesso na atividade, melhorando a operacionalização e a margem de lucro”, ressaltou Stark.

A CNA iniciou a parceria com a Messem Investimentos em agosto de 2021 para atender os produtores rurais sobre temas relacionados a gestão de riscos de preços no setor.

Maurício Konstansky, assessor de investimentos da empresa, afirmou que a empresa está no mercado há 15 anos e tem uma área especializada para atender o produtor rural. “Queremos fazer com que a união entre produtor e mercado financeiro se intensifique cada vez mais”.

Também durante a programação do curso, a Confederação realizou um quiz com os participantes para entender qual o nível de conhecimento deles sobre os temas abordados.

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Fonte: CNA Brasil

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Agronegócio

Seagro faz balanço positivo do agronegócio em 2024

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Em 2024, o Tocantins alcançou marcos históricos na produção de grãos e na pecuária, sendo responsável por uma produção recorde de milho, arroz e soja, e com um rebanho de 11,2 milhões de cabeças de gado.

Segundo a Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária (Seagro) o estado alcançou marcos relevantes, posicionando-se entre os maiores produtores de milho, arroz e soja no Brasil. A pecuária também obteve crescimento expressivo, com um rebanho de 11,2 milhões de cabeças de gado.Tudo isso é reflexo de um trabalho contínuo, focado em políticas públicas voltadas para a sustentabilidade, inovação e, acima de tudo, o fortalecimento da agricultura familiar.

A agropecuária tocantinense é movida por um solo fértil, uma localização estratégica e uma integração cada vez maior de novas tecnologias, que impulsionam a produção de alimentos e fortalecem cadeias produtivas como a pecuária, o etanol e a fruticultura. O estado, que é o terceiro maior produtor de arroz irrigado do Brasil, também possui grande potencial para se tornar um grande centro de produção de sementes de soja, consolidando sua importância no cenário nacional.

Em 2024, o Governo do Tocantins, em parceria com empresas como a Suzano, deu um grande passo no fortalecimento da agricultura familiar com o lançamento do projeto “Pão da Terra de Desenvolvimento da Agricultura Familiar e Extrativismo”. O projeto, que visa modernizar práticas agrícolas e ampliar a produção, beneficia inicialmente 500 agricultores em oito municípios. Com isso, a produção de mandioca e a multiplicação de manivas-sementes ganham destaque, contribuindo para a inclusão de mais famílias no processo produtivo.

A pecuária do estado também não ficou para trás. Com um rebanho de 11,2 milhões de cabeças de gado, o Tocantins ocupa o 10º lugar no Brasil e o 3º lugar na Região Norte. A modernização do setor é promovida pelo programa “Mais Genética Tocantins”, que tem se mostrado fundamental para a melhoria da competitividade e sustentabilidade da pecuária, garantindo a qualidade do rebanho e posicionando o estado como um exportador de carne bovina para mercados exigentes como China e Hong Kong.

Além das vitórias no campo, o Tocantins também se destaca na promoção da sustentabilidade e do desenvolvimento regional. A 1ª Rota da Fruticultura, realizada em outubro de 2024, percorreu municípios como Dianópolis, Miracema e Tocantinópolis, com foco na produção de frutas como abacaxi, banana, cacau e manga. O evento promoveu a troca de experiências entre produtores e agroindústrias, incentivando a diversificação da produção agrícola e ampliando a competitividade do setor.

Com um ano de 2024 repleto de resultados positivos, o Tocantins continua se consolidando como um polo de crescimento sustentável no agronegócio. A combinação de solos férteis, políticas públicas eficazes e uma estratégia voltada para a inovação tem atraído novos investidores para o estado, gerando emprego, renda e desenvolvimento para a população rural e urbana. O Tocantins é um exemplo claro de como o agronegócio pode ser um motor de crescimento econômico, sustentável e inclusivo para todo o Brasil.

Fonte: Pensar Agro

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