Agronegócio
Custos ao produtor sobem e preço médio do frango no atacado cresce 24% no primeiro trimestre de 2022
Agronegócio
Valor saiu de R$7,18 para R$8,94 no comparativo do primeiro trimestre de 2021 e 2022.
Em Mato Grosso do Sul, o preço do frango abatido comercializado no atacado registrou um aumento de 24,51% nos três primeiros meses deste ano. De acordo com o departamento técnico do Sistema Famasul, com dados da Ceasa/MS (Central de Abastecimento de Mato Grosso do Sul), o valor saiu de R$7,18 no mesmo período do ano anterior para R$8,94 em 2022.
A analista técnica, Eliamar Oliveira, explica que a pressão sobre os preços responde ao aumento da oferta. No entanto, a produção de frango de corte tem ciclo mais curto, o que possibilita se adequar à demanda para evitar oferta excessiva e minimizar a pressão. “Se por um lado o abate aumentou 3% em 2022, as exportações do estado cresceram 8,93% de um ano para o outro ajudando na absorção do aumento da oferta”.
Esse escoamento foi potencializado com o aumento de 8,6% dos embarques do Brasil para o exterior. O bom desempenho das exportações brasileiras de carne de frango deverá seguir em 2022. A estimativa do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) é que cresça 6,36% em relação aos embarques de 2021. Os três maiores compradores da proteína de Mato Grosso do Sul são: China, respondendo por 19% da receita; Japão com 16,8%; e Emirados Árabes Unidos com 15,16%.
Custos ao produtor – “O cenário de maior preço do frango no atacado, maior liquidez e maior receita para as indústrias com vendas para o exterior, não reflete diretamente em maior rentabilidade para o produtor, tendo em vista o aumento expressivo nos custos de produção”, enfatiza Eliamar.
Os avicultores gastaram, em média, 41% a mais com energia elétrica entre 2021 e 2022. O aumento significativo foi resultado do maior valor da tarifa, da aplicação da bandeira vermelha por longo período e do pagamento de escassez hídrica. Em contrapartida, o aumento do consumo teve um acréscimo de apenas 8% neste período. Esse insumo representa 30% dos gastos na produção, resultando em maior impacto para o produtor rural.
Agronegócio
Seagro faz balanço positivo do agronegócio em 2024
Em 2024, o Tocantins alcançou marcos históricos na produção de grãos e na pecuária, sendo responsável por uma produção recorde de milho, arroz e soja, e com um rebanho de 11,2 milhões de cabeças de gado.
Segundo a Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária (Seagro) o estado alcançou marcos relevantes, posicionando-se entre os maiores produtores de milho, arroz e soja no Brasil. A pecuária também obteve crescimento expressivo, com um rebanho de 11,2 milhões de cabeças de gado.Tudo isso é reflexo de um trabalho contínuo, focado em políticas públicas voltadas para a sustentabilidade, inovação e, acima de tudo, o fortalecimento da agricultura familiar.
A agropecuária tocantinense é movida por um solo fértil, uma localização estratégica e uma integração cada vez maior de novas tecnologias, que impulsionam a produção de alimentos e fortalecem cadeias produtivas como a pecuária, o etanol e a fruticultura. O estado, que é o terceiro maior produtor de arroz irrigado do Brasil, também possui grande potencial para se tornar um grande centro de produção de sementes de soja, consolidando sua importância no cenário nacional.
Em 2024, o Governo do Tocantins, em parceria com empresas como a Suzano, deu um grande passo no fortalecimento da agricultura familiar com o lançamento do projeto “Pão da Terra de Desenvolvimento da Agricultura Familiar e Extrativismo”. O projeto, que visa modernizar práticas agrícolas e ampliar a produção, beneficia inicialmente 500 agricultores em oito municípios. Com isso, a produção de mandioca e a multiplicação de manivas-sementes ganham destaque, contribuindo para a inclusão de mais famílias no processo produtivo.
A pecuária do estado também não ficou para trás. Com um rebanho de 11,2 milhões de cabeças de gado, o Tocantins ocupa o 10º lugar no Brasil e o 3º lugar na Região Norte. A modernização do setor é promovida pelo programa “Mais Genética Tocantins”, que tem se mostrado fundamental para a melhoria da competitividade e sustentabilidade da pecuária, garantindo a qualidade do rebanho e posicionando o estado como um exportador de carne bovina para mercados exigentes como China e Hong Kong.
Além das vitórias no campo, o Tocantins também se destaca na promoção da sustentabilidade e do desenvolvimento regional. A 1ª Rota da Fruticultura, realizada em outubro de 2024, percorreu municípios como Dianópolis, Miracema e Tocantinópolis, com foco na produção de frutas como abacaxi, banana, cacau e manga. O evento promoveu a troca de experiências entre produtores e agroindústrias, incentivando a diversificação da produção agrícola e ampliando a competitividade do setor.
Com um ano de 2024 repleto de resultados positivos, o Tocantins continua se consolidando como um polo de crescimento sustentável no agronegócio. A combinação de solos férteis, políticas públicas eficazes e uma estratégia voltada para a inovação tem atraído novos investidores para o estado, gerando emprego, renda e desenvolvimento para a população rural e urbana. O Tocantins é um exemplo claro de como o agronegócio pode ser um motor de crescimento econômico, sustentável e inclusivo para todo o Brasil.
Fonte: Pensar Agro
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