Agronegócio
Encontro debate agregação de valor ao café brasileiro
Agronegócio
Brasília (20/04/2022) – A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) promoveu, na terça (19), a live “Diferenciação e agregação de valor dos cafés do Brasil”.
O encontro foi moderado pela assessora técnica da CNA, Raquel Miranda, e teve como debatedores o vice-presidente da Comissão Nacional do Café da CNA, Thiago Orletti; a diretora executiva das fazendas Caxambu e Aracaçu, Carmem Lucia Brito; e o diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal do Ministério da Agricultura, Glauco Bertoldo.
De acordo com Raquel, além do Brasil ser o maior produtor mundial de café – responsável por 35% da produção – e o segundo mercado consumidor do planeta, a cafeicultura brasileira vem provando o seu potencial na qualidade e sustentabilidade.
A atividade também se destaca pela diversidade e pelas peculiaridades de cada região, que conferem ao café o título de produto agrícola brasileiro com maior número de Indicações Geográficas (IGs), com 12 no total.
“É um ciclo que se inicia no campo, passa pelos processos de colheita, pós-colheita, a arte da torra e culmina na experiência de consumo. Precisamos assegurar que tanto trabalho e detalhes sejam valorizados e preservados. Por isso, o setor também está atento ao estabelecimento de padrões de qualidade que sejam mensuráveis e auditáveis”, afirmou Raquel.
A diretora executiva das fazendas Caxambu e Aracaçu falou sobre a experiência de produzir cafés especiais na principal origem do Brasil – no Sul de Minas Gerais – para atender às demandas de mercados compradores exigentes. Carmem Lucia analisou as novas tendências dos consumidores e como o produtor pode transformá-las em oportunidades de agregação de valor.
“Os hábitos de consumo mudaram e hoje as grandes pautas mundiais são cultivos sustentáveis, segurança alimentar e produção regenerativa. Temos que nos aproximar dos clientes e entender o que eles querem. Além do sabor e aroma incríveis dos nossos cafés, precisamos saber comunicar o que temos feito e entregar valores como resiliência e solidariedade em nossas xícaras”, disse ela.
Thiago Orletti, que é produtor e trader de conilon especial, analisou os desafios que esse tipo de café ainda enfrenta em relação à qualidade sensorial. Ele também falou sobre os outros pontos que podem agregar valor à produção de conilon/robusta, como práticas ambientais, certificações e uso de tecnologias para comercialização.
“A cafeicultura brasileira é muito pujante. Já somos os maiores produtores de café arábica e acredito que seremos de conilon também em breve. Tenho visto o avanço do conilon com todas as novas tecnologias de irrigação, mudança de genética, melhorias no processamento e crescimento da produtividade. A agregação de valor sensorial ao café é o nosso próximo desafio”, declarou o vice-presidente da Comissão Nacional do Café da CNA.
Já o diretor do Mapa abordou a importância de construir coletivamente instrumentos legais para regulamentar o padrão de qualidade, identidade e classificação dos alimentos. Glauco Bertoldo falou sobre a importância do novo Regulamento Técnico do café torrado e moído.
“Esses instrumentos normativos trazem segurança jurídica para que produtores, industriais e consumidores possam desenvolver suas atividades, protegendo o bom trabalho do produtor rural e do industrial e resguardando os direitos dos consumidores”.
Assessoria de Comunicação CNA
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Agronegócio
Seagro faz balanço positivo do agronegócio em 2024
Em 2024, o Tocantins alcançou marcos históricos na produção de grãos e na pecuária, sendo responsável por uma produção recorde de milho, arroz e soja, e com um rebanho de 11,2 milhões de cabeças de gado.
Segundo a Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária (Seagro) o estado alcançou marcos relevantes, posicionando-se entre os maiores produtores de milho, arroz e soja no Brasil. A pecuária também obteve crescimento expressivo, com um rebanho de 11,2 milhões de cabeças de gado.Tudo isso é reflexo de um trabalho contínuo, focado em políticas públicas voltadas para a sustentabilidade, inovação e, acima de tudo, o fortalecimento da agricultura familiar.
A agropecuária tocantinense é movida por um solo fértil, uma localização estratégica e uma integração cada vez maior de novas tecnologias, que impulsionam a produção de alimentos e fortalecem cadeias produtivas como a pecuária, o etanol e a fruticultura. O estado, que é o terceiro maior produtor de arroz irrigado do Brasil, também possui grande potencial para se tornar um grande centro de produção de sementes de soja, consolidando sua importância no cenário nacional.
Em 2024, o Governo do Tocantins, em parceria com empresas como a Suzano, deu um grande passo no fortalecimento da agricultura familiar com o lançamento do projeto “Pão da Terra de Desenvolvimento da Agricultura Familiar e Extrativismo”. O projeto, que visa modernizar práticas agrícolas e ampliar a produção, beneficia inicialmente 500 agricultores em oito municípios. Com isso, a produção de mandioca e a multiplicação de manivas-sementes ganham destaque, contribuindo para a inclusão de mais famílias no processo produtivo.
A pecuária do estado também não ficou para trás. Com um rebanho de 11,2 milhões de cabeças de gado, o Tocantins ocupa o 10º lugar no Brasil e o 3º lugar na Região Norte. A modernização do setor é promovida pelo programa “Mais Genética Tocantins”, que tem se mostrado fundamental para a melhoria da competitividade e sustentabilidade da pecuária, garantindo a qualidade do rebanho e posicionando o estado como um exportador de carne bovina para mercados exigentes como China e Hong Kong.
Além das vitórias no campo, o Tocantins também se destaca na promoção da sustentabilidade e do desenvolvimento regional. A 1ª Rota da Fruticultura, realizada em outubro de 2024, percorreu municípios como Dianópolis, Miracema e Tocantinópolis, com foco na produção de frutas como abacaxi, banana, cacau e manga. O evento promoveu a troca de experiências entre produtores e agroindústrias, incentivando a diversificação da produção agrícola e ampliando a competitividade do setor.
Com um ano de 2024 repleto de resultados positivos, o Tocantins continua se consolidando como um polo de crescimento sustentável no agronegócio. A combinação de solos férteis, políticas públicas eficazes e uma estratégia voltada para a inovação tem atraído novos investidores para o estado, gerando emprego, renda e desenvolvimento para a população rural e urbana. O Tocantins é um exemplo claro de como o agronegócio pode ser um motor de crescimento econômico, sustentável e inclusivo para todo o Brasil.
Fonte: Pensar Agro
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