Agronegócio

Estão disponíveis as agromensais de fevereiro/2022

Agronegócio


Cepea, 07/03/2022 – O Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, disponibiliza hoje as hoje as agromensais de fevereiro de 2022.

Confira aqui!

Abaixo, alguns trechos das análises mensais:

AÇÚCAR: Os preços médios do açúcar cristal subiram no spot paulista nas três primeiras semanas de fevereiro, sustentados pela restrição na oferta do Icumsa 150, que foi persistente no correr de toda a temporada 2021/22. Já na última semana do mês, os valores caíram com certa força. Algumas usinas flexibilizaram os valores de suas ofertas para o Icumsa 180, devido sobretudo à resistência dos compradores. Neste caso, a demanda pelo cristal no spot esteve menor em fevereiro, tendo em vista  que muitos compradores já haviam se abastecido para o período de entressafra, temendo a escassez do produto. 
 
ALGODÃO: Depois de acumular altas mensais entre julho/21 e janeiro/22, o Indicador CEPEA/ESALQ do algodão em pluma caiu 1,38% em fevereiro, fechando a R$ 6,8862/lp na sexta-feira, 25. A pressão veio dos menores patamares da paridade de exportação, que, por sua vez, cederam diante das desvalorizações externa e do dólar em boa parte do mês. 
 
ARROZ: O mercado do arroz no Rio Grande do Sul registrou forte alta em fevereiro. Enquanto o Indicador do arroz em casca CEPEA/IRGA-RS subiu 13% (ou 8,32 Reais/sc de 50 kg) na primeira quinzena do mês, entre 15 e 25 de fevereiro, o aumento foi menos intenso, de 2,2% (ou 1,58 Real/sc). No acumulado do mês, a elevação do Indicador foi de expressivos 15,5%, a R$ 73,92/saca de 50 kg no dia 25.
 
BOI: O conflito entre a Rússia e a Ucrânia não trouxe – ao menos no curto prazo – grandes impactos sobre a cadeia brasileira de carne bovina. Apesar de a Rússia já ter se configurado, em 2014, como o maior destino da proteína brasileira, o país reduziu as aquisições desde então, sendo, em 2017, o quinto maior destino e, em 2021, caiu para a oitava posição.

 
CAFÉ: Os preços do café arábica oscilaram com certa intensidade ao longo de fevereiro. No início do mês, as cotações subiram, influenciadas pela alta nos valores externos e pela retração de vendedores no spot nacional.

 
ETANOL: Os preços dos etanóis hidratado e anidro comercializados no spot do estado de São Paulo caíram com força em fevereiro. Considerando-se as semanas cheias do mês, o preço médio do hidratado foi de R$ 2,8743/litro, recuo de 12,7% na comparação com o das semanas cheias de janeiro. No mesmo comparativo, o etanol anidro (considerando-se somente o mercado spot) teve média de R$ 3,2679/litro em fevereiro, queda de 14,2% frente à de janeiro.

 
FRANGO: Os preços da carne de frango caíram com tanta força no início de fevereiro que, mesmo diante da reação dos valores já na segunda semana do mês, o movimento não foi suficiente para reverter as perdas registradas nos primeiros dias. Diante disso, a média das cotações da maioria dos produtos de origem avícola acompanhados pelo Cepea apresentou queda em fevereiro frente ao mês anterior. 

 
MILHO: As negociações envolvendo milho seguiram lentas no mercado brasileiro em fevereiro. Vendedores consultados pelo Cepea, sem necessidade de “fazer caixa”, estiveram concentrados na colheita da safra verão. Do lado dos consumidores, muitos ainda estiveram resistentes em adquirir o cereal nos atuais patamares de preços. Assim, demandantes priorizaram utilizar o produto já em estoque. Nesse contexto, os preços acumularam baixas na maior parte do mês.

 
OVINOS: Em fevereiro, os movimentos dos preços do cordeiro vivo foram distintos dentre as regiões acompanhadas pelo Cepea. Enquanto no Paraná e em Mato Grosso do Sul a oferta restrita de animais ajudou a impulsionar o valor, em Mato Grosso e no Rio Grande do Sul, a baixa procura e o ritmo lento de vendas pressionaram as cotações do animal. No estado de São Paulo, a cotação média permaneceu estável.

 
SOJA: Diante das adversidades climáticas na América do Sul, a quebra na produção de soja vem se confirmando e gera preocupações em diferentes elos da cadeia produtiva. De um lado, sem grãos para comercialização, produtores, sobretudo no Sul do Brasil, tendem a passar por dificuldades, em alguns casos amenizadas pelos seguros. No Centro-Oeste e no Sudeste do Brasil, o baixo índice pluviométrico favoreceu a intensificação da colheita no decorrer de fevereiro. Apesar disso, o ritmo de comercialização foi menor, visto que a disparidade entre os valores pedidos e ofertados se ampliou, limitando a liquidez no spot. Inclusive, agentes consultados pelo Cepea indicam que, até o fim de fevereiro, o ritmo de negociações da safra 2021/22 estava inferior ao das duas últimas safras – o que, ressalta-se, é comum diante de preços elevados. 

 
TRIGO: No começo de fevereiro, as baixas da taxa de câmbio e dos preços externos do trigo pressionaram as cotações em algumas regiões brasileiras acompanhadas pelo Cepea, devido à queda na paridade de exportação. No fim do mês, agentes do setor tritícola nacional estavam tentando entender e absorver os impactos atuais e futuros da guerra entre Rússia e Ucrânia sobre os mercados de grãos e cereais. No caso do trigo, os dois países estão entre os maiores produtores mundiais, mas com relevância ainda mais expressiva na oferta de excedentes para transações externas. Diante disso, os preços internacionais do cereal apresentaram reações expressivas no fim de fevereiro, o que, certamente, deve trazer reflexos sobre os valores de negociação no Brasil e em países vizinhos.

ASSESSORIA DE IMPRENSA: Outras informações: [email protected] e (19) 3429 8836.

Fonte: CEPEA

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Agronegócio

Mato Grosso do Sul faz balanço positivo do setor agrícola em 2024

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O Mato Grosso do Sul apresentou um balanço dos desafios e avanços do agronegócio em 2024, que ajudaram a fortalecer a posição do Estado como um dos pilares da economia brasileira. Mesmo com adversidades climáticas e mercadológicas que impactaram as principais lavouras, o estado registra conquistas importantes que consolidam sua relevância no cenário nacional e internacional.

Segundo informações da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul) e do Sindicato Rural de Campo Grande, Rochedo e Corguinho (SRCGO) o Valor Bruto da Produção (VBP) estadual foi estimado em R$ 69,32 bilhões ano passado (os números finais ainda não foram fechados), sendo R$ 45,86 bilhões provenientes da agricultura e R$ 24,16 bilhões da pecuária. Apesar de uma retração de 23,2% no VBP total em relação a 2023, a pecuária deve apresentar crescimento de 4,9%, destacando-se como um dos segmentos mais resilientes do setor, segundo as estimativas dos especialistas.

Setor Agrícola: Desafios e Perspectivas A soja, principal produto da agricultura sul-mato-grossense, foi diretamente afetada por condições climáticas adversas e pela desvalorização no mercado internacional, contribuindo para a queda nas exportações, que somaram US$ 2,8 bilhões em 2024. No entanto, o milho consolidou seu papel estratégico com avanços significativos na produção de etanol e na manutenção do consumo interno, equilibrando os impactos negativos.

Pecuária: Crescimento e Sustentação A pecuária de corte manteve sua relevância, beneficiando-se da reabertura de mercados importantes, como a China e a União Europeia, e contribuindo para um aumento de 8% nas exportações de carne bovina. O segmento de suínos também registrou avanços expressivos, com crescimento de 20% na produção estadual, impulsionado por investimentos em defesa sanitária e expansão de cooperativas. A inauguração de uma Unidade de Disseminação de Genes no estado reforça a busca por maior eficiência e qualidade na produção.

Setor Florestal: Expansão e Liderança O estado manteve-se como o maior produtor e exportador de celulose do Brasil, com um aumento de 77,3% na receita do setor em 2024. A possível instalação de uma nova indústria de grande porte reforça o potencial de atrair investimentos e gerar empregos, consolidando Mato Grosso do Sul como referência no mercado global de celulose.

Exportações: Diversificação e Protagonismo As exportações do agronegócio somaram US$ 9,5 bilhões em 2024, abrangendo 147 países. A China manteve-se como principal destino, seguida pelos Estados Unidos e países europeus. A diversificação de mercados, aliada à expectativa de um acordo de livre comércio entre Mercosul e União Europeia, promete impulsionar ainda mais as relações comerciais do estado.

Sustentabilidade e Inovação Com ações voltadas à adoção de boas práticas agrícolas e avanços tecnológicos, o setor agropecuário de Mato Grosso do Sul reafirma seu compromisso com a sustentabilidade e a produção responsável. Essa combinação de resiliência, planejamento estratégico e colaboração entre os diversos atores do agronegócio projeta um futuro de crescimento consolidado e oportunidades para o estado.

Fonte: Pensar Agro

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