Agronegócio

Frente fria anuncia retorno das chuvas, mas desafios climáticos persistem

Agronegócio

Após um longo período de mais de 150 dias de estiagem, o Sudeste do Brasil finalmente começa a respirar aliviado com as primeiras chuvas expressivas. Regiões de Minas Gerais e o interior de São Paulo, que enfrentaram um calor intenso e tempo seco, agora se preparam para receber um alívio meteorológico. A expectativa é de que sistemas meteorológicos ativos provoquem chuvas significativas, com volumes que podem ultrapassar 60 milímetros em áreas do norte do Rio de Janeiro, sul do Espírito Santo e grande parte de Minas Gerais.

A previsão de instabilidade se intensifica com a chegada de uma nova frente fria, prevista para esta sexta-feira (11.10). O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta laranja para o Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. As previsões indicam chuvas entre 30 e 60 milímetros por hora, podendo chegar a 100 milímetros em um único dia, além do risco de granizo e alagamentos. Esses fenômenos podem trazer prejuízos para o agronegócio, com a possibilidade de danos em plantações e interrupções no fornecimento de energia elétrica.

A tão aguardada regularização das chuvas, segundo os meteorologistas, deve acontecer a partir da próxima semana, trazendo alívio não apenas para os agricultores do Sudeste, mas também para os da região do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e oeste da Bahia), além de Mato Grosso e Goiás. Essa nova fase de chuvas frequentes poderá facilitar o plantio da safra de soja, crucial para o agronegócio brasileiro, especialmente no Centro-Oeste, que é o principal polo agrícola do país.

Entretanto, os agricultores ainda enfrentam incertezas. A Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA) revisou suas projeções sobre o fenômeno La Niña, que poderia impactar o clima até novembro. A probabilidade do retorno desse fenômeno caiu de 71% para 60%, e, segundo os especialistas, seu impacto será fraco, contribuindo para uma volatilidade nas frentes frias que podem afetar as condições climáticas em diferentes regiões do Brasil.

O panorama climático apresenta uma dualidade: por um lado, a chegada das chuvas oferece uma oportunidade de recuperação e crescimento para o agronegócio; por outro, os riscos associados a tempestades e a incerteza do fenômeno La Niña trazem desafios adicionais.

Os próximos dias serão cruciais para o plantio da soja e a regularização das atividades agrícolas em todo o país. O agronegócio, sempre resiliente, se prepara para enfrentar mais um ciclo de incertezas, buscando se adaptar às condições climáticas em constante mudança.

Fonte: Pensar Agro

COMENTE ABAIXO:
Propaganda

Agronegócio

Mato Grosso do Sul faz balanço positivo do setor agrícola em 2024

Publicados

em

O Mato Grosso do Sul apresentou um balanço dos desafios e avanços do agronegócio em 2024, que ajudaram a fortalecer a posição do Estado como um dos pilares da economia brasileira. Mesmo com adversidades climáticas e mercadológicas que impactaram as principais lavouras, o estado registra conquistas importantes que consolidam sua relevância no cenário nacional e internacional.

Segundo informações da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul) e do Sindicato Rural de Campo Grande, Rochedo e Corguinho (SRCGO) o Valor Bruto da Produção (VBP) estadual foi estimado em R$ 69,32 bilhões ano passado (os números finais ainda não foram fechados), sendo R$ 45,86 bilhões provenientes da agricultura e R$ 24,16 bilhões da pecuária. Apesar de uma retração de 23,2% no VBP total em relação a 2023, a pecuária deve apresentar crescimento de 4,9%, destacando-se como um dos segmentos mais resilientes do setor, segundo as estimativas dos especialistas.

Setor Agrícola: Desafios e Perspectivas A soja, principal produto da agricultura sul-mato-grossense, foi diretamente afetada por condições climáticas adversas e pela desvalorização no mercado internacional, contribuindo para a queda nas exportações, que somaram US$ 2,8 bilhões em 2024. No entanto, o milho consolidou seu papel estratégico com avanços significativos na produção de etanol e na manutenção do consumo interno, equilibrando os impactos negativos.

Pecuária: Crescimento e Sustentação A pecuária de corte manteve sua relevância, beneficiando-se da reabertura de mercados importantes, como a China e a União Europeia, e contribuindo para um aumento de 8% nas exportações de carne bovina. O segmento de suínos também registrou avanços expressivos, com crescimento de 20% na produção estadual, impulsionado por investimentos em defesa sanitária e expansão de cooperativas. A inauguração de uma Unidade de Disseminação de Genes no estado reforça a busca por maior eficiência e qualidade na produção.

Setor Florestal: Expansão e Liderança O estado manteve-se como o maior produtor e exportador de celulose do Brasil, com um aumento de 77,3% na receita do setor em 2024. A possível instalação de uma nova indústria de grande porte reforça o potencial de atrair investimentos e gerar empregos, consolidando Mato Grosso do Sul como referência no mercado global de celulose.

Exportações: Diversificação e Protagonismo As exportações do agronegócio somaram US$ 9,5 bilhões em 2024, abrangendo 147 países. A China manteve-se como principal destino, seguida pelos Estados Unidos e países europeus. A diversificação de mercados, aliada à expectativa de um acordo de livre comércio entre Mercosul e União Europeia, promete impulsionar ainda mais as relações comerciais do estado.

Sustentabilidade e Inovação Com ações voltadas à adoção de boas práticas agrícolas e avanços tecnológicos, o setor agropecuário de Mato Grosso do Sul reafirma seu compromisso com a sustentabilidade e a produção responsável. Essa combinação de resiliência, planejamento estratégico e colaboração entre os diversos atores do agronegócio projeta um futuro de crescimento consolidado e oportunidades para o estado.

Fonte: Pensar Agro

COMENTE ABAIXO:
Continue lendo

POLÍCIA

RONDÔNIA

PORTO VELHO

POLÍTICA RO

MAIS LIDAS DA SEMANA