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GOLPE: Rifeiros manipulam sorteios online com ajuda de falsos ganhadores

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Valores movimentados por suspeitos chegaram na casa das dezenas de milhões de reais

Influenciadores digitais fazem fortuna com sorteios de rifas ilegais vendidas em sites da internet por valores irrisórios, é o que aponta uma investigação feita pela polícia em vários estados do país.

Um dos casos é o do casal de Gladison Pieri e Pâmela Pavão. Eles são de Canoas, no Rio Grande do Sul, e foram presos em um apartamento de luxo em Balneário Camboriú, Santa Catarina. No local, foram encontrados joias, artigos de grife e uma mala transparente cheia de dinheiro.

Uma reportagem exibida pelo Fantástico mostra que os dois ostentavam nas redes sociais. Nos endereços ligados ao casal, na grande Porto Alegre, a polícia apreendeu 49 carros de luxo. As autoridades suspeitam que parte desse patrimônio seja fruto de crime: sorteios de rifas ilegais vendidas em sites da internet por valores irrisórios.

Os crimes apurados são contra a economia popular, jogos de azar, lavagem de dinheiro e associação criminosa. Os valores que eram angariados por meio das compras dos números dos sorteios geraram em torno de R$ 10 a R$ 11 milhões.

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O golpe

Segundo as autoridades, alguns dos ganhadores têm vínculos pessoais com os investigados e recebem valores que vão além do item sorteado. Os sites que realizam os sorteios os favorecem em uma série de fraudes em relação às rifas.

O organizador consegue, por exemplo, determinar se vai ter um vencedor ou não. Na operação de busca da última semana, Gladison acabou preso por manter uma arma ilegal em casa. Ele pagou fiança de R$ 60 mil e foi liberado. Segundo a polícia, no mesmo dia ele e a esposa Pâmela voltaram a anunciar sorteio, incluindo de um carro de luxo apreendido pelas autoridades.

“Anunciar um veículo que está apreendido, descumprir uma ordem judicial, que é continuar com aquela atividade ilícita, é uma afronta ao sistema de justiça criminal”, diz o delegado Cristiano de Castro Reschke, de Canoas (RS).

Na última sexta-feira, dia 23, a Justiça decretou a prisão preventiva de Gladison e Pâmela, mas a medida foi revogada e medidas restritivas foram impostas a ambos. A polícia diz que comprovou o crime de lavagem de dinheiro e contravenção penal, além de continuar a investigação sobre os prêmios em dinheiro, casas e automóveis eram realmente entregues aos compradores das rifas.

“Os ganhadores, alguns deles, têm vínculos pessoais com os investigados. Eles receberam, inclusive, valores nos dias dos sorteios. Valores em suas contas, além do bem sorteado”, completa o delegado.

Um promotor investiga os sites usados para hospedar sorteios das rifas. “A segurança desses sites é muito frágil. Ele propicia uma série de fraudes em relação às rifas. O organizador consegue, por exemplo, determinar se vai ter um vencedor ou não”, explica o promotor.

Por nota, a defesa de Gladison Pâmela Pavão informou que “há um desconhecimento técnico por parte das autoridades quanto aos sorteios e que os fatos serão esclarecidos durante a investigação’.

 

 

Golpe em Goiás

Em Goiás, segundo a polícia, outro tipo de sorteio movimentou ilegalmente R$ 27 milhões em dois anos. Os sorteios aconteciam ao vivo na internet, e era divulgado por famosos como Sheila Mello e Henri Castelli.

Segundo a polícia, tanto os atores quanto os apresentadores dos sorteios não tiveram qualquer envolvimento com o golpe. Os investigadores afirmaram ainda que profissionais foram enganados pelos criminosos. Procurados, os artistas e apresentadores não se manifestaram.

Cada cartela custa R$ 15 e, na teoria, quem acertasse todas as dezenas levava o prêmio. Na realidade, segundo a polícia, o sorteio era manipulado. Em uma das gravações obtidas pela investigação, os criminosos explicam como os falsos ganhadores eram contratados para mentir.

Rosilene é uma dessas ganhadoras contratadas pela quadrilha. Ela conta que foi contactada um dia antes do sorteio, e foi oferecido de R$ 800 a R$ 1 mil para ela fingir que tinha levado a bolada. A reportagem não conseguiu entrar em contato com a defesa de Rosilene, que vai responder por estelionato.

Em Goiás, a polícia prendeu nove integrantes da organização criminosa. Estão presos: Alessandro Oliveira Leal, Paulo Rogério Vieira, Marcilio Pereira dos Santos.

A defesa de Paulo Rogério Vieira informou por nota que “acredita na inocência dele e que a verdade prevalecerá ao longo do processo judicial”.

Também por nota, a defesa de Marcílio Pereira dos Santos diz que “espera que as provas apresentadas sejam reconhecidas como insuficientes para a condenação de seu cliente”.

Os advogados de Alessandro Oliveira Leal disseram que ele “nega as acusações e que todas as medidas jurídicas estão sendo tomadas para corrigir o equívoco investigatório e processual em relação a ele”.

 

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Cerca de 30 kg de droga foram apreendidos pela Polícia Militar em Guajará-Mirim

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Um menor foi apreendido e um homem de 48 anos foi preso pela Polícia Militar de Rondônia no Porto do Pérola, no município de Guajará-Mirim, Rondônia, por volta das 7 horas de hoje, 7 de janeiro de 2025, com cerca de 30 kg de entorpecentes. A PM informou que visualizou dois indivíduos saindo de um porto clandestino conhecido como “Porto do Pérola”, cada qual carregando uma caixa. Diante da atitude suspeita, foi iniciada a abordagem policial, momento em que os indivíduos abandonaram as caixas no chão.

Foram encontrados 20 tabletes de substância análoga à maconha, totalizando 22 kg e 500 g; 5 tabletes de substância análoga à pasta base de cocaína, totalizando 5,200 kg; e 2 tabletes de substância análoga à cocaína, totalizando 2,10 kg. O peso total das substâncias foi de 30,200 kg.

O menor permaneceu no local, enquanto o outro tentou se evadir em direção ao barranco do Rio Mamoré. O suspeito que permaneceu foi identificado como o menor de 16 anos, o qual alegou desconhecer o conteúdo da caixa que transportava, afirmando apenas que estava carregando o objeto. Após verificação preliminar, constatou-se que as caixas continham substâncias entorpecentes.

A guarnição seguiu em busca do segundo suspeito, sendo localizado a cerca de 100 metros do local na beira do barranco do Rio Mamoré. Ao ser questionado, afirmou ter sido contratado apenas para transportar as caixas até as proximidades de uma empresa no lado brasileiro e que um determinado sujeito estaria esperando para ele entregar a droga.

Além disso, foi apreendido um aparelho celular em posse de Raul Guardia Monastério. Diante dos fatos, os suspeitos receberam voz de prisão, sendo-lhes garantidos os direitos constitucionais. Ambos foram conduzidos à sede da Polícia Federal, onde foram apresentados juntamente com as substâncias apreendidas e o material probatório. O menor teve sua apresentação à Delegacia de Polícia Civil para os trâmites relacionados ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

Fonte: PM RO

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