Agronegócio

Palma aumenta produção de leite em 300% em Campina Verde

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O que era para ser a árvore de Natal da família acabou se transformando em alimentação para o gado e trouxe grandes perspectivas para o casal de produtores de leite Maria das Dores Boanerges e Valter da Silva Freitas. Desde o final do ano passado, a palma forrageira está transformando a realidade da propriedade, que fica no assentamento PA Córrego Fundo, no município de Campina Verde, no Triângulo Mineiro. “Eu comprei três pés de palma para enfeitar a casa e a intenção era aproveitar para fazer a árvore de Natal. Em uma das visitas, o técnico viu e disse que era boa para alimentar o gado. Ficamos em dúvida, mas resolvemos fazer um teste”, disse a produtora, conhecida como Mariazinha.

Palma aumenta produção de leite em 300% em Campina Verde - SENAR MINAS
O casal de produtores Maria das Dores Boanerges e Valter da Silva Freitas está investindo no plantio de palma forrageira para alimentar o gado

O resultado foi surpreendente: em uma semana, a produção de leite aumentou em 50 litros. “Ficou comprovado que era eficiente. No início, os animais estranharam e a gente misturava com a ração. Hoje eles comem pura e adoram. A palma vai nos trazer muita economia”, afirmou. Após o teste, o entusiasmo com a palma forrageira transformou a paisagem na propriedade. Hoje, o casal possui uma área com 650 mudas, todas retiradas dos três pés adquiridos inicialmente.

As instruções para a utilização da palma na alimentação do gado vieram do técnico de campo Tarcísio Tomás Cabral de Sousa, do Projeto FIP Paisagens Rurais, executado pelo Sistema FAEMG. Desde setembro de 2020, o casal faz parte do grupo de 29 produtores da pecuária de corte e de leite que são assistidos gratuitamente pelo técnico na região.

“A palma é uma alimentação barata, um hidroenergético que pode substituir em parte o milho e, se utilizada adequadamente, ajuda na redução dos custos de produção. Seu maior valor é a água que armazena, que chega a 90% quando está verde. A matéria seca contém 4,8% de proteína, além de outros nutrientes”, explica o técnico de campo. De acordo com Tarcísio, além de investir na palma forrageira, o casal também plantou três hectares de Capim Capiaçu e estão fazendo 12 piquetes de Mombaça para as vacas de maior produção.

Palma aumenta produção de leite em 300% em Campina Verde
O técnico de campo Tarcísio Tomás

Com todas as orientações, a produção de leite diária saltou de 70 para 210 litros, em média, desde o início da assistência, ou seja, um aumento de 300%. Os bons resultados também renderam uma bonificação da cooperativa pelo manejo nutricional implantado pelo casal de pecuaristas.

Exemplo para os vizinhos

“No início muitos criticaram e até riram de nós. Disseram que usar a palma era bobeira. Mas, agora, querem plantar também”, contou Mariazinha. Hoje, o casal de pecuaristas se tornou uma referência para os vizinhos do assentamento. Ainda no final do ano passado, eles abriram a propriedade para a realização do curso “Alimentação – Palma Forrageira, Mistura Mineral e Concentrado”, promovido pelo Sistema FAEMG. E foram além: doaram mudas de palma forrageira para vários produtores.

“A palma está transformando a nossa realidade. A partir do momento que as pessoas conhecem, elas querem plantar também. A muda dá em qualquer lugar, não precisa ter muito gasto. O técnico Tarcísio é prestativo, dedicado e tem nos ajudado muito com as orientações”, completou Mariazinha.

Uma das produtoras que também está plantando palma forrageira é Neli Inácio de Jesus Boanerges. Ela já utilizou a palma na alimentação dos animais e hoje tem cerca de 200 mudas no pomar. Futuramente, a intenção é reservar uma área na propriedade apenas para a plantação. “Ela tem muitos nutrientes, vitaminas, proteínas, e vai ajudar a alimentar o gado, principalmente no período seco. Vamos economizar na ração”, disse a produtora, que também é assistida pelo Projeto FIP Paisagens Rurais.

Palma aumenta produção de leite em 300% em Campina Verde - SENAR MINAS
Produtora Neli Inácio também está plantando palma forrageira

“Este caso de Campina Verde mostra como a palma forrageira também pode ser uma excelente opção de alimentação para o gado aqui no Triângulo Mineiro. Os cursos que temos voltados para o uso da palma contribuem para disseminarmos essa tecnologia, para a capacitação profissional e, consequentemente, para trazer bons resultados na produção”, afirmou o gerente regional do Sistema FAEMG em Uberaba, Caio Oliveira.

FIP Paisagens Rurais

O Projeto Gestão Integrada da Paisagem no Bioma Cerrado – FIP Paisagens Rurais é financiado com recursos do Programa de Investimento Florestal, através do Banco Mundial. A coordenação é do Serviço Florestal Brasileiro (SFB) e da Secretaria de Inovação, Desenvolvimento Rural e Irrigação, do MAPA, com parceria da Agência de Cooperação Técnica Alemã (GIZ), do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e do MCTIC, por meio do Inpe e da Embrapa.

Fonte: CNA Brasil

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Agronegócio

Seagro faz balanço positivo do agronegócio em 2024

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Em 2024, o Tocantins alcançou marcos históricos na produção de grãos e na pecuária, sendo responsável por uma produção recorde de milho, arroz e soja, e com um rebanho de 11,2 milhões de cabeças de gado.

Segundo a Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária (Seagro) o estado alcançou marcos relevantes, posicionando-se entre os maiores produtores de milho, arroz e soja no Brasil. A pecuária também obteve crescimento expressivo, com um rebanho de 11,2 milhões de cabeças de gado.Tudo isso é reflexo de um trabalho contínuo, focado em políticas públicas voltadas para a sustentabilidade, inovação e, acima de tudo, o fortalecimento da agricultura familiar.

A agropecuária tocantinense é movida por um solo fértil, uma localização estratégica e uma integração cada vez maior de novas tecnologias, que impulsionam a produção de alimentos e fortalecem cadeias produtivas como a pecuária, o etanol e a fruticultura. O estado, que é o terceiro maior produtor de arroz irrigado do Brasil, também possui grande potencial para se tornar um grande centro de produção de sementes de soja, consolidando sua importância no cenário nacional.

Em 2024, o Governo do Tocantins, em parceria com empresas como a Suzano, deu um grande passo no fortalecimento da agricultura familiar com o lançamento do projeto “Pão da Terra de Desenvolvimento da Agricultura Familiar e Extrativismo”. O projeto, que visa modernizar práticas agrícolas e ampliar a produção, beneficia inicialmente 500 agricultores em oito municípios. Com isso, a produção de mandioca e a multiplicação de manivas-sementes ganham destaque, contribuindo para a inclusão de mais famílias no processo produtivo.

A pecuária do estado também não ficou para trás. Com um rebanho de 11,2 milhões de cabeças de gado, o Tocantins ocupa o 10º lugar no Brasil e o 3º lugar na Região Norte. A modernização do setor é promovida pelo programa “Mais Genética Tocantins”, que tem se mostrado fundamental para a melhoria da competitividade e sustentabilidade da pecuária, garantindo a qualidade do rebanho e posicionando o estado como um exportador de carne bovina para mercados exigentes como China e Hong Kong.

Além das vitórias no campo, o Tocantins também se destaca na promoção da sustentabilidade e do desenvolvimento regional. A 1ª Rota da Fruticultura, realizada em outubro de 2024, percorreu municípios como Dianópolis, Miracema e Tocantinópolis, com foco na produção de frutas como abacaxi, banana, cacau e manga. O evento promoveu a troca de experiências entre produtores e agroindústrias, incentivando a diversificação da produção agrícola e ampliando a competitividade do setor.

Com um ano de 2024 repleto de resultados positivos, o Tocantins continua se consolidando como um polo de crescimento sustentável no agronegócio. A combinação de solos férteis, políticas públicas eficazes e uma estratégia voltada para a inovação tem atraído novos investidores para o estado, gerando emprego, renda e desenvolvimento para a população rural e urbana. O Tocantins é um exemplo claro de como o agronegócio pode ser um motor de crescimento econômico, sustentável e inclusivo para todo o Brasil.

Fonte: Pensar Agro

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