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Paranavaí mobiliza mulheres para formar comissão local

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O Sindicato Rural de Paranavaí, no Noroeste do Paraná, promoveu, no dia 8 de março, quando se celebra o Dia Internacional da Mulher, um encontro que marcou o início das atividades de uma comissão local de mulheres. O evento contou com presenças femininas de diversas faixas etárias e de diferentes setores produtivos (laranja, pecuárias de leite e corte, mandioca, avicultura, amendoim, entre outros), que puderam conferir histórias inspiradoras e ainda como funciona a estrutura de representação sindical. Ao fim, por unanimidade, as participantes resolveram oficializar a criação da comissão local, vinculada à Comissão Estadual de Mulheres da FAEP (CEMF).

Para Lisiane Rocha Czech, coordenadora da CEMF, a mobilização em Paranavaí é mais um passo importante para a representatividade feminina no campo. “Eu estive entre as participantes que integraram a mesa no evento e falei sobre a nossa Comissão de Mulheres no âmbito estadual. Também contei um pouco da minha história e percebi o quanto as participantes ficaram entusiasmadas. Então elas decidiram formalizar a comissão local, que já tem até data para a posse (em maio) e começar a fazer ações junto com o sindicato. Ficamos muito felizes com o engajamento”, revela Lisiane.

A integrante da CEMF e responsável pela mobilização na região de Paranavaí, Simone Carvalho de Paula, classifica o evento do dia 8 de março como um sucesso. “A Comissão está ganhando cada dia mais corpo, fluindo, e estamos atingindo diversos municípios do Noroeste, com ótima receptividade pelos sindicatos. Acredito que essa capilaridade com coordenadores regionais é muito importante, porque cria referências e uma maior agilidade para ser uma ponte de mão dupla das demandas”, enfatiza Simone.

O evento em si foi fomentado pelo Sindicato Rural de Paranavaí, que formalizou o convite para participação de representantes da Comissão Estadual de Mulheres da FAEP. O presidente da entidade, Ivo Pierin, avalia que a participação feminina no evento deu uma resposta significativa do poder de organização. “Abrimos uma oportunidade de envolvimento, com uma ação efetiva delas, e esperamos que isso tenha uma continuidade. É todo um trabalho que precisa ser feito, de passo a passo, para consolidar essa ação. É um caminho muito interessante aberto pela FAEP, com essa equipe que esteve envolvida no processo”, aponta Pierin.

Programação

Na ocasião, também compuseram a mesa do evento no Dia Internacional da Mulher em Paranavaí a presidente do Conselho da Mulher Empresária de Paranavaí (ACIAP Mulher), Águida Sandri Machado; e a advogada Célia Zanatta, primeira mulher a assumir a presidência da Subseção da OAB de Paranavaí. Outro destaque na programação foi o depoimento de Helô Penteado, primeira juíza nacional e internacional do cavalo Quarto de Milha (atualmente radicada na França, mas ex-moradora de Paranavaí). “O primeiro preconceito que enfrentei foi dentro da minha casa. Queria ir para a fazenda cuidar de boi e de cavalo, e meu pai queria que eu ficasse com minha mãe, porque ‘fazenda não é lugar de mulher’”, conta Helô Penteado.

O encontro contou também com uma palestra ministrada pelo consultor da FAEP Claudinei Alves. Assim como em algumas outras reuniões para a criação de comissões locais, Alves fez um apanhado de como funciona o sistema sindical, desde os produtores, passando pelos sindicatos, a Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP), a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar). Até o momento, já foram criadas mais de 20 comissões locais de mulheres, todas vinculadas a sindicatos rurais no Paraná.

Fonte: CNA Brasil

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Exportações da Bahia totalizaram R$ 72,14 bilhões em 2024

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As exportações da Bahia totalizaram R$ 72,14 bilhões em 2024, um crescimento de 3,6% em relação ao ano anterior, mesmo diante de desafios globais, como a desaceleração da economia chinesa e a instabilidade nos preços das commodities. A agropecuária desempenhou papel essencial nesse resultado, contribuindo com R$ 28,42 bilhões, um aumento de 3%, mesmo com uma redução de 6,3% na produção física de grãos.

A soja e seus derivados mantiveram a liderança nas exportações agropecuárias, somando R$ 18,28 bilhões, o que representa 64,3% das vendas do setor. Apesar de uma queda de 4,2% em comparação a 2023, causada por oscilações no mercado e na demanda externa, outros produtos, como cacau, café e frutas, sustentaram o crescimento do segmento.

A China continuou como principal destino das exportações baianas, com compras de R$ 20,68 bilhões, uma alta de 4,1% em relação ao ano anterior. No total, as vendas para o bloco asiático atingiram R$ 33,88 bilhões, representando 47% das exportações do estado. Um destaque foi o aumento significativo das vendas para a Espanha, que cresceram 214,1%, totalizando R$ 3,50 bilhões, com uma pauta diversificada que incluiu soja, minério de cobre e produtos agropecuários.

A Bahia manteve sua posição como maior exportadora do Nordeste, sendo responsável por 47,2% das vendas externas da região. Esse desempenho reflete a força do agronegócio, aliada ao crescimento da indústria de transformação e da mineração, que também contribuíram para os resultados positivos.

As importações do estado, no entanto, registraram crescimento expressivo, alcançando R$ 65,69 bilhões, um aumento de 25,4% em relação a 2023. Esse avanço foi impulsionado principalmente pelas compras de combustíveis, que subiram 86% no ano, refletindo a alta demanda interna.

Para 2025, as perspectivas são otimistas. A previsão de uma safra agrícola maior que a de 2024 indica um potencial de crescimento nas exportações agropecuárias. Entretanto, fatores como a volatilidade cambial, as tensões comerciais entre China e Estados Unidos e as condições climáticas globais permanecem como desafios a serem acompanhados de perto.

O desempenho baiano reafirma a relevância do agronegócio como motor da economia regional e nacional, destacando-se como exemplo de inovação e resiliência em tempos de incertezas no cenário global.

Fonte: Pensar Agro

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