Agronegócio
Plantio de soja 2024/25 começa com atraso devido à seca no centro-oeste
Agronegócio
O plantio da safra de soja 2024/25 no Brasil avança de forma lenta, impactado pela seca prolongada nas regiões centrais do país. Segundo especialistas do setor, os produtores estão aguardando a chegada de chuvas mais consistentes para acelerar os trabalhos, especialmente no Mato Grosso, o maior estado produtor de soja, onde o plantio tem sido fortemente afetado pelas condições climáticas adversas.
O total semeado, segundo estimativas divulgadas nesta sexta-feira (04.10), alcançou apenas 5,28% da área prevista para a soja foi plantada, um percentual significativamente menor em comparação ao mesmo período do ano passado, quando o total semeado já atingia 10,08%. A média dos últimos cinco anos para essa etapa do plantio é de 8,87%, o que evidencia o atraso desta temporada.
No Paraná, onde as chuvas têm sido mais regulares, o cenário é mais otimista. O estado lidera o plantio nacional, com 26,4% da área já semeada. Esse número é bem superior à média histórica, o que tem ajudado a compensar, em parte, o lento avanço no centro-oeste.
De acordo com dados meteorológicos, as previsões indicam que até o dia 13 de outubro, algumas áreas do Mato Grosso devem receber cerca de 21 milímetros de chuva, um volume ainda abaixo do necessário para garantir um ritmo mais acelerado de plantio. Regiões de Mato Grosso do Sul, Paraná, Minas Gerais, São Paulo e Goiás podem ter volumes de chuva um pouco mais generosos, o que pode contribuir para um avanço mais expressivo nas próximas semanas.
Apesar das preocupações com o clima seco e quente, a previsão de safra recorde de 165,03 milhões de toneladas de soja no Brasil permanece inalterada, segundo análises recentes. As atenções estão voltadas principalmente para os impactos desse atraso na semeadura sobre a segunda safra de culturas como milho e algodão, que dependem da colheita da soja para iniciar seu ciclo de plantio.
Fonte: Pensar Agro
Agronegócio
“Soja Legal” da Aprosoja-MT recebe certificação de boas práticas agrícolas
O agronegócio brasileiro tem alcançado avanços significativos na adoção de boas práticas agrícolas por meio de iniciativas reconhecidas e certificadas. Um dos programas de destaque é o Soja Legal, desenvolvido pela Associação dos Produtores de Soja e Milho do Mato Grosso (Aprosoja-MT).
A iniciativa tem como objetivo capacitar proprietários rurais para implementar práticas que assegurem a conformidade em áreas como qualidade de vida no campo, gestão consciente da água, gerenciamento de resíduos, práticas agrícolas sustentáveis, adequação ao Código Florestal, viabilidade econômica da produção e qualidade do produto.
Ao longo de 2024, o Ministério da Agricultura reconheceu cinco programas de certificação de boas práticas agrícolas, alinhados à nova regra para concessão de descontos em financiamentos rurais voltados a médios e grandes produtores. Esse reconhecimento se soma a outras seis iniciativas aprovadas em 2022 e 2023, fortalecendo a adesão a práticas sustentáveis no setor.
Atualmente, o Soja Legal conta com a participação de 1.250 produtores rurais, dos quais 700 já possuem o selo de conformidade. Além disso, outros 85 agricultores estão em processo de cadastro e, assim que o sistema estiver em pleno funcionamento, estarão aptos a obter descontos em financiamentos. Os demais participantes serão integrados progressivamente.
A expectativa é de que os contratos de financiamento com descontos ganhem maior adesão nos próximos meses, especialmente a partir de abril ou maio, quando os produtores iniciam novos ciclos de crédito. Esse tipo de incentivo busca reconhecer as práticas ambientais e sociais adicionais adotadas pelos produtores, promovendo um modelo de produção mais responsável e alinhado à legislação ambiental.
Além do Soja Legal, outros programas também têm recebido destaque no cenário nacional. Entre eles estão os currículos de Sustentabilidade do Cacau e do Café, desenvolvidos pela P&A Ltda, o Certifica Minas Café, promovido pela Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, o Selo Mip Experience, coordenado pela PROMIP Manejo Integrado de Pragas Ltda, e o Boas Práticas Agrícolas IBS, do Instituto BioSistêmico (IBS). Esses programas foram incorporados ao conjunto de iniciativas reconhecidas em anos anteriores, demonstrando o compromisso do setor com a sustentabilidade.
Os programas avaliados no segundo semestre de 2024 agregaram mais 900 produtores rurais à lista de potenciais beneficiários de descontos em financiamentos. Entre os destaques estão o Programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR) e o Programa Algodão Brasileiro Responsável para Unidades de Beneficiamento (ABR-UBA), ambos conduzidos pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa). Outros exemplos incluem o Certifica Minas, também da Secretaria de Agricultura de Minas Gerais, o Programa Selo Ambiental do Arroz Rastreado RS, desenvolvido pelo Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), e o Protocolo de Sustentabilidade Cooxupé Gerações, promovido pela Cooperativa Regional de Cafeicultores de Guaxupé Ltda.
Essas iniciativas não apenas fortalecem a competitividade do agronegócio brasileiro no mercado internacional, mas também asseguram que os produtores estejam cada vez mais alinhados às boas práticas de produção, contribuindo para a sustentabilidade ambiental, econômica e social no campo.
Fonte: Pensar Agro
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