TJ RO
Acusado de tentar matar credor com golpe de espada é condenado a mais de 11 anos de reclusão, em Vilhena RO
TJ RO
O Conselho de Sentença (jurados) do Tribunal do Júri da Comarca de Vilhena, presidido pela juíza Liliane Pegoraro Bilharva, condenou dois réus (pai e filho) por tentativa de homicídio. Motivados por um desentendimento causado por uma dívida de 100 reais para com a vítima, eles tentaram matá-la com três tiros e golpes de espada.
As penas aplicadas ao pai e filho foram de 11 anos e 4 meses de reclusão e 9 anos e 4 meses, respectivamente. O regime para cumprimento das penas é o fechado. Porém, segundo a sentença condenatória, do caso, o pai encontra-se preso; já o filho está foragido.
Consta na sentença que o resultado da tentativa de homicídio deixou a vítima com várias sequelas, pois vive atualmente com debilidade nos braços; dificuldade respiratória, devido três projéteis alojados no corpo, entre outros. Além disso, vive de auxílio governamental por não poder mais trabalhar.
O fato aconteceu na noite de 9 de dezembro de 2022 – Bairro Cohab -, em Vilhena – RO.
A sentença condenatória foi proferida dia 19 de abril de 2024.
Ação Penal n. 7013092-26.2022.8.22.0014
Assessoria de Comunicação Institucional
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Fonte: TJ RO
TJ RO
CNJ destaca projeto Maria Urgente, do TJ de Rondônia
Desembargador Álvaro Kalix Ferro, do TJRO, recebe o prêmio em reconhecimento ao projeto do Judiciário rondoniense, em Brasília
Mais de 25.500 ocorrências de violência contra a mulher já foram atendidas em Rondônia desde a implantação do projeto Maria Urgente, há quatro anos. Em parceria com a Polícia Militar, o Maria Urgente possibilita que, no momento do atendimento da ocorrência, já sejam preenchidos o Formulário Nacional de Avaliação de Risco (Fonar) e o pedido de medida protetiva de urgência para proteção da vítima.
Vencedor do IV Prêmio Viviane do Amaral, em 2024, o projeto nasceu durante a pandemia de Covid-19 e teve grande aceitação naquele período em que as mulheres não tinham condições de se deslocar – tanto pela distância geográfica, quanto pela situação sanitária daquele momento. As experiências de outra iniciativa do TJRO também serviram de subsídio: o Maria no Distrito, implementado em 2018 e também foi vencedor do Prêmio, em 2023, na categoria Tribunal.
Na edição de 2024, a premiação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) foi concedida na categoria Magistrado, pela coordenação do pelo juiz Álvaro Kálix Ferro. Segundo ele, o tribunal estava atento às dificuldades de locomoção das partes para as audiências. Por isso, o Judiciário passou a ir até as comunidades e distritos longínquos da sede da comarca. A partir disso, levantaram o questionamento sobre como as mulheres residentes em distritos ou zonas urbanas periféricas poderiam pedir ajuda sem acesso à internet e com dificuldade de deslocamento.
A partir do atendimento policial na ocorrência e com a manifestação de vontade da vítima, a polícia militar preenche o Formulário Nacional de Avaliação de Risco. Se a mulher também quiser pedir uma medida protetiva de urgência, a própria PM pode enviar o pedido ao Núcleo de Prevenção e Enfrentamento à Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher (Nupevid) do TJRO, que funciona 24h por dia.
A ação visa reduzir os riscos e o tempo de espera por proteção judicial. “Juntamente com o formulário preenchido e outras informações, quem estiver fazendo o atendimento pode encaminhar o processo judicial por via eletrônica ao juízo de plantão ou ao juízo natural, a partir do sistema ‘Mobile’, instalado em todas as viaturas”, explicou Kálix.
A vítima pode autorizar, ainda, a coleta de informações pela câmera corporal utilizada pela polícia, para auxiliar na análise judicial da medida protetiva. Com essa permissão, é possível filmar o local, indicativos de vulnerabilidade e se a mulher foi vítima de violência física ou de patrimônio, por exemplo. “Isso facilita a análise pelo juízo de forma que possam ser tomadas as medidas de proteção mais adequadas ao caso concreto”. A filmagem também evita a revitimização da mulher que, além de sofrer violência, acabaria tendo que se deslocar e participar de diversos atos institucionais do sistema de justiça.
Abrangência
Atualmente, o Maria Urgente funciona nos 52 municípios de Rondônia com o preenchimento do Fonar. Já o pedido de medida protetiva está disponível somente nas duas principais comarcas – Porto Velho e Ji-Paraná. De 2020 a 2024, essas comarcas registraram 7.544 ocorrências e 2.820 pedidos de medidas protetivas.
Uma das dificuldades para operacionalizar a iniciativa é a interoperabilidade entre os sistemas do Poder Judiciário e o sistema da Polícia Militar. “É importante que os sistemas conversem entre si, para que os documentos e provas sejam encaminhados de forma imediata. Estamos trabalhando nessa questão para que o atendimento possa ser feito de maneira integral em todo o estado”, afirmou Kálix. Ele ressalta que todas as ocorrências são encaminhas para a Polícia Civil, independente do pedido de medida protetiva.
Para Kálix, o prêmio visibiliza as boas práticas, o que possibilita que sejam replicadas em outras unidades da federação. “O Prêmio Viviane do Amaral também traz um contexto de visibilização das mulheres e suas vulnerabilidades. Isso é muito importante porque, quanto mais debatermos o assunto, melhor poderemos implementar políticas para atender aos normativos, prevenir e proteger as nossas mulheres e meninas”.
Prêmio
Criado pela Resolução CNJ n. 377/2021, o Prêmio CNJ Juíza Viviane Vieira do Amaral leva o nome da juíza do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) vítima de feminicídio praticado, em dezembro de 2020, pelo ex-marido.
O prêmio é concedido em seis categorias: tribunais; magistrados(as); atores (atrizes) do sistema de Justiça Criminal – Ministério Público, Defensoria Pública, advogados(as) e servidores(as); organizações não governamentais; mídia; e produção acadêmica.
Texto: Lenir Camimura
Edição: Sarah Barros
Agência CNJ de Notícias
Fonte: TJ RO
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