Agronegócio
CNA e Famato realizam programa de intercâmbio AgroBrazil em Mato Grosso
Agronegócio
Brasília (15/03/2022) – A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (Famato) promoverão de 28 de março a 1º de abril, em Mato Grosso, a 7ª edição do Programa de Intercâmbio AgroBrazil.
Durante a viagem, que terá duração de cinco dias, representantes das embaixadas no Brasil vão conhecer exemplos da sustentabilidade do campo brasileiro com foco na produção de açúcar, etanol, algodão, piscicultura, pecuária de corte e grãos. O grupo vai participar de eventos e visitar propriedades em Cuiabá, Campo Novo do Parecis, Campo Verde e Sinop, uma das maiores áreas produtoras do Brasil.
“O AgroBrazil é importante para mostrar ao mundo o alto nível da produção agropecuária brasileira. A comunidade internacional pode conhecer de perto o potencial de produção do nosso agro, que é eficiente, sustentável e com grande capacidade de ampliar seus mercados internacionais para continuar crescendo nos próximos anos, produzindo e entregando os alimentos que o mundo demanda”, declarou o vice-presidente de Relações Internacionais da CNA, Gedeão Pereira.
A programação começará pela sede do Sistema Famato, em Cuiabá. No dia seguinte, os participantes conhecerão as empresas Coprodia e Etamil e a Feira Parecis SuperAgro. A agenda seguirá na Fazenda Filadélfia e na Cooperfibra, em Campo Verde. O último compromisso será na Embrapa Agrossilvipastoril, em Sinop, onde o grupo assistirá apresentações das pesquisas em Sistemas Integrados e Agropecuária de Baixo Carbono.
“É a oportunidade que temos para mostrar o nosso trabalho e o desenvolvimento da produção agropecuária do estado. Além disso, missões técnicas como esta contribuem para fortalecer a imagem do setor aos representantes de outros países também estratégicos para o agro”, disse o presidente da Famato, Normando Corral.
AgroBrazil – O Programa de Intercâmbio AgroBrazil foi criado pela CNA em abril de 2017, com o intuito de aproximar os produtores rurais brasileiros dos diplomatas estrangeiros residentes no Brasil, promover um contato direto com a produção agropecuária e fortalecer a imagem do agro junto aos representantes de países estratégicos.
“O AgroBrazil é uma oportunidade para que os diplomatas estrangeiros conheçam a produção brasileira de alimentos “na prática”. Além das visitas, eles poderão conversar com produtores e formar uma imagem real do setor agropecuário nacional”, afirmou a diretora de Relações internacionais da CNA, Sueme Mori.
As edições anteriores já levaram mais de 25 representações diplomáticas para conhecer lugares como o Vale do São Francisco (fruticultura), Mato Grosso do Sul (grãos e bovinocultura de corte), Minas Gerais (café e produtos lácteos), Pará (frutas tropicais, palma e búfalos), Rio Grande do Sul (arroz, uvas e bovinocultura de corte) e Bahia (algodão, frutas e pecuária).
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Agronegócio
“Soja Legal” da Aprosoja-MT recebe certificação de boas práticas agrícolas
O agronegócio brasileiro tem alcançado avanços significativos na adoção de boas práticas agrícolas por meio de iniciativas reconhecidas e certificadas. Um dos programas de destaque é o Soja Legal, desenvolvido pela Associação dos Produtores de Soja e Milho do Mato Grosso (Aprosoja-MT).
A iniciativa tem como objetivo capacitar proprietários rurais para implementar práticas que assegurem a conformidade em áreas como qualidade de vida no campo, gestão consciente da água, gerenciamento de resíduos, práticas agrícolas sustentáveis, adequação ao Código Florestal, viabilidade econômica da produção e qualidade do produto.
Ao longo de 2024, o Ministério da Agricultura reconheceu cinco programas de certificação de boas práticas agrícolas, alinhados à nova regra para concessão de descontos em financiamentos rurais voltados a médios e grandes produtores. Esse reconhecimento se soma a outras seis iniciativas aprovadas em 2022 e 2023, fortalecendo a adesão a práticas sustentáveis no setor.
Atualmente, o Soja Legal conta com a participação de 1.250 produtores rurais, dos quais 700 já possuem o selo de conformidade. Além disso, outros 85 agricultores estão em processo de cadastro e, assim que o sistema estiver em pleno funcionamento, estarão aptos a obter descontos em financiamentos. Os demais participantes serão integrados progressivamente.
A expectativa é de que os contratos de financiamento com descontos ganhem maior adesão nos próximos meses, especialmente a partir de abril ou maio, quando os produtores iniciam novos ciclos de crédito. Esse tipo de incentivo busca reconhecer as práticas ambientais e sociais adicionais adotadas pelos produtores, promovendo um modelo de produção mais responsável e alinhado à legislação ambiental.
Além do Soja Legal, outros programas também têm recebido destaque no cenário nacional. Entre eles estão os currículos de Sustentabilidade do Cacau e do Café, desenvolvidos pela P&A Ltda, o Certifica Minas Café, promovido pela Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, o Selo Mip Experience, coordenado pela PROMIP Manejo Integrado de Pragas Ltda, e o Boas Práticas Agrícolas IBS, do Instituto BioSistêmico (IBS). Esses programas foram incorporados ao conjunto de iniciativas reconhecidas em anos anteriores, demonstrando o compromisso do setor com a sustentabilidade.
Os programas avaliados no segundo semestre de 2024 agregaram mais 900 produtores rurais à lista de potenciais beneficiários de descontos em financiamentos. Entre os destaques estão o Programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR) e o Programa Algodão Brasileiro Responsável para Unidades de Beneficiamento (ABR-UBA), ambos conduzidos pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa). Outros exemplos incluem o Certifica Minas, também da Secretaria de Agricultura de Minas Gerais, o Programa Selo Ambiental do Arroz Rastreado RS, desenvolvido pelo Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), e o Protocolo de Sustentabilidade Cooxupé Gerações, promovido pela Cooperativa Regional de Cafeicultores de Guaxupé Ltda.
Essas iniciativas não apenas fortalecem a competitividade do agronegócio brasileiro no mercado internacional, mas também asseguram que os produtores estejam cada vez mais alinhados às boas práticas de produção, contribuindo para a sustentabilidade ambiental, econômica e social no campo.
Fonte: Pensar Agro
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