Agronegócio
Dia de Campo reúne produtores de gado de corte em Serra Alta
Agronegócio
Mais um Dia de Campo foi realizado com sucesso no oeste catarinense. Desta vez, o evento ocorreu, recentemente, na propriedade de Renê Acácio Magrin no município de Serra Alta, reunindo aproximadamente 80 pessoas entre produtores de gado de corte, parceiros e organizadores do evento. A iniciativa foi do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar/SC), órgão vinculado à Federação da Agricultura e Pecuária do Estado (Faesc), em parceria com o Sindicato Rural de Campo Erê, com apoio da Matsuda e da Plantimar.
A supervisora regional do Senar/SC, Grasiane Bittencourt Viêra, destacou que a ação oportunizou trabalhar o manejo e a implantação de pastagem, a adubação e a correção de solo, bem como o manejo de primíparas. “Também apresentamos o resultado da ATeG com foco para a bovinocultura de corte na região que foi muito positivo”.
Além de Grasiane, também participaram o supervisor técnico ATeG Fernando Schneider, a presidente do Sindicato Rural de Campo Erê Juliane Beltrame e os técnicos de campo Edenilson de Mello de Oliveira (Sindicato Rural de Campo Erê), Gustavo Gomes Ferreira (Sindicato de São Lourenço) com alguns de seus produtores.
CONHEÇA A ATEG PECUÁRIA DE CORTE
O Programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) com foco para pecuária de corte é reconhecido como uma das estratégias fundamentais para fortalecer a cadeia produtiva do setor. A iniciativa tem por objetivo promover a inovação na gestão de propriedades rurais e, desde que foi criada em 2016, atendeu mais de 2.700 produtores em 184 municípios catarinenses. Atualmente, o programa contabiliza 54 grupos com 1.570 produtores no Estado.
Segundo a coordenadora estadual da ATeG em Santa Catarina, Paula Coimbra Nunes, o programa conta com consultorias técnicas e gerenciais que incluem suporte em gestão, genética, manejo adequado, melhoria da alimentação e das instalações dos estabelecimentos rurais. “Cada técnico atende o produtor com foco na transmissão de conhecimentos relacionados à gestão da empresa rural e técnicas de manejo voltadas às atividades de cada propriedade”.
O superintendente do Senar/SC, Gilmar Zanluchi, lembrou que a entidade iniciou o Programa no Estado em 2016 com o objetivo de promover o desenvolvimento na gestão das propriedades rurais catarinenses em diferentes cadeias produtivas. “É gratificante ouvir tantos relatos que mostram resultados surpreendentes em relação à melhoria do planejamento, da gestão dos negócios e na produtividade”.
O presidente do Sistema Faesc/Senar-SC, José Zeferino Pedrozo, frisa que o Programa representa um avanço na capacitação dos produtores rurais, preparando-os para a condução das atividades com uma visão empresarial que inclui o emprego de avançadas técnicas de gestão e controle. “Hoje observamos propriedades mais organizadas, com uma gestão eficiente e dotadas de tecnologias com resultados que trazem orgulho para a cadeia produtiva do Estado”, finalizou.
Agronegócio
“Soja Legal” da Aprosoja-MT recebe certificação de boas práticas agrícolas
O agronegócio brasileiro tem alcançado avanços significativos na adoção de boas práticas agrícolas por meio de iniciativas reconhecidas e certificadas. Um dos programas de destaque é o Soja Legal, desenvolvido pela Associação dos Produtores de Soja e Milho do Mato Grosso (Aprosoja-MT).
A iniciativa tem como objetivo capacitar proprietários rurais para implementar práticas que assegurem a conformidade em áreas como qualidade de vida no campo, gestão consciente da água, gerenciamento de resíduos, práticas agrícolas sustentáveis, adequação ao Código Florestal, viabilidade econômica da produção e qualidade do produto.
Ao longo de 2024, o Ministério da Agricultura reconheceu cinco programas de certificação de boas práticas agrícolas, alinhados à nova regra para concessão de descontos em financiamentos rurais voltados a médios e grandes produtores. Esse reconhecimento se soma a outras seis iniciativas aprovadas em 2022 e 2023, fortalecendo a adesão a práticas sustentáveis no setor.
Atualmente, o Soja Legal conta com a participação de 1.250 produtores rurais, dos quais 700 já possuem o selo de conformidade. Além disso, outros 85 agricultores estão em processo de cadastro e, assim que o sistema estiver em pleno funcionamento, estarão aptos a obter descontos em financiamentos. Os demais participantes serão integrados progressivamente.
A expectativa é de que os contratos de financiamento com descontos ganhem maior adesão nos próximos meses, especialmente a partir de abril ou maio, quando os produtores iniciam novos ciclos de crédito. Esse tipo de incentivo busca reconhecer as práticas ambientais e sociais adicionais adotadas pelos produtores, promovendo um modelo de produção mais responsável e alinhado à legislação ambiental.
Além do Soja Legal, outros programas também têm recebido destaque no cenário nacional. Entre eles estão os currículos de Sustentabilidade do Cacau e do Café, desenvolvidos pela P&A Ltda, o Certifica Minas Café, promovido pela Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, o Selo Mip Experience, coordenado pela PROMIP Manejo Integrado de Pragas Ltda, e o Boas Práticas Agrícolas IBS, do Instituto BioSistêmico (IBS). Esses programas foram incorporados ao conjunto de iniciativas reconhecidas em anos anteriores, demonstrando o compromisso do setor com a sustentabilidade.
Os programas avaliados no segundo semestre de 2024 agregaram mais 900 produtores rurais à lista de potenciais beneficiários de descontos em financiamentos. Entre os destaques estão o Programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR) e o Programa Algodão Brasileiro Responsável para Unidades de Beneficiamento (ABR-UBA), ambos conduzidos pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa). Outros exemplos incluem o Certifica Minas, também da Secretaria de Agricultura de Minas Gerais, o Programa Selo Ambiental do Arroz Rastreado RS, desenvolvido pelo Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), e o Protocolo de Sustentabilidade Cooxupé Gerações, promovido pela Cooperativa Regional de Cafeicultores de Guaxupé Ltda.
Essas iniciativas não apenas fortalecem a competitividade do agronegócio brasileiro no mercado internacional, mas também asseguram que os produtores estejam cada vez mais alinhados às boas práticas de produção, contribuindo para a sustentabilidade ambiental, econômica e social no campo.
Fonte: Pensar Agro
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