Agronegócio
Escritório da CNA em Dubai vai estimular exportações agropecuárias, diz vice-presidente da FAESP
Agronegócio
A inauguração nesta semana do escritório de representação da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, vai incentivar a exportação de produtos agropecuários do Brasil e do Estado de São Paulo para a região do Oriente Médio. A avaliação é do vice-presidente do Sistema Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo/Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (FAESP/SENAR-SP) e presidente do Sebrae-SP, Tirso de Salles Meirelles, que fez parte da delegação na CNA que participou da inauguração do escritório e da missão de empresários e entidades que está em Dubai.
“Mostramos a importância de ampliar os canais comunicação junto aos Emirados Árabes e dessa forma, aumentar as exportações agropecuárias. Afinal, o país árabe tem uma preocupação muito grande com a segurança alimentar, já que necessitam importar todos os tipos de produtos”, ressalta Meirelles. Dubai também é um importante hub de exportação para toda a região do Oriente Médio.
A representação da CNA vai funcionar junto com a Investe SP, a agência de fomento paulista inaugurada pelo governo paulista, que já operava em Dubai desde 2020. A CNA tem outros dois escritórios internacionais que foram inaugurados na Ásia em 2021 e estão localizados em Xangai e Cingapura.
O vice-presidente da FAESP lembra que já há um fluxo de exportação para os Emirados Árabes de itens como café, carne, frango, açúcar, frutas, doces e cacau e está sendo realizado um esforço para ampliar a pauta de vendas para os Emirados Árabes.
“Trouxemos 17 empresários para mostrar seus produtos em Dubai, sendo 10 deles de pequenas agroindústrias, de produtos como banana e cacau, que pretendem agregar valor em suas exportações”, destacou Meirelles.
De acordo com o InvestSP, os Emirados Árabes Unidos já compram mais US$ 500 bilhões do ano no Estado de São Paulo, principalmente produtos agropecuários.
Tirso Meirelles destacou o apoio da FAESP ao programa Sebrae Trading, destinado a orientar as exportações de pequenos produtores do Brasil para o mundo, por meio do ajuste da cadeia produtiva. “O trabalho inclui a organização de um arranjo produtivo. Os produtos são separados pela qualidade, quantidade e presteza, com a confecção de catálogos. O objetivo é prepará-los para exportar”, afirma o vice-presidente da FAESP.
Outro ponto destacado por Meirelles da missão em Dubai foi a participação na feira GulFood, um dos maiores eventos de alimentação do mundo. “O evento contou com a participação de 120 exportadores brasileiros, trazidos pela APEX além de grandes empresas, como BRF e Minerva, com estandes próprios. É uma grande oportunidade de mostrar nossos produtos para o mercado global”. ressaltou o dirigente.
Meirelles ressaltou a boa aceitação de produtos agropecuários brasileiros, como café e açaí, além de destacar alto conteúdo de inovação, como nas embalagens de alimentos.
A missão ainda visitou a Expo Dubai 2022, que recebe 120 países e a Câmara de Comércio Brasil-Emirados Árabes, além da representação da Síria.
Agronegócio
Mato Grosso do Sul faz balanço positivo do setor agrícola em 2024
O Mato Grosso do Sul apresentou um balanço dos desafios e avanços do agronegócio em 2024, que ajudaram a fortalecer a posição do Estado como um dos pilares da economia brasileira. Mesmo com adversidades climáticas e mercadológicas que impactaram as principais lavouras, o estado registra conquistas importantes que consolidam sua relevância no cenário nacional e internacional.
Segundo informações da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul) e do Sindicato Rural de Campo Grande, Rochedo e Corguinho (SRCGO) o Valor Bruto da Produção (VBP) estadual foi estimado em R$ 69,32 bilhões ano passado (os números finais ainda não foram fechados), sendo R$ 45,86 bilhões provenientes da agricultura e R$ 24,16 bilhões da pecuária. Apesar de uma retração de 23,2% no VBP total em relação a 2023, a pecuária deve apresentar crescimento de 4,9%, destacando-se como um dos segmentos mais resilientes do setor, segundo as estimativas dos especialistas.
Setor Agrícola: Desafios e Perspectivas A soja, principal produto da agricultura sul-mato-grossense, foi diretamente afetada por condições climáticas adversas e pela desvalorização no mercado internacional, contribuindo para a queda nas exportações, que somaram US$ 2,8 bilhões em 2024. No entanto, o milho consolidou seu papel estratégico com avanços significativos na produção de etanol e na manutenção do consumo interno, equilibrando os impactos negativos.
Pecuária: Crescimento e Sustentação A pecuária de corte manteve sua relevância, beneficiando-se da reabertura de mercados importantes, como a China e a União Europeia, e contribuindo para um aumento de 8% nas exportações de carne bovina. O segmento de suínos também registrou avanços expressivos, com crescimento de 20% na produção estadual, impulsionado por investimentos em defesa sanitária e expansão de cooperativas. A inauguração de uma Unidade de Disseminação de Genes no estado reforça a busca por maior eficiência e qualidade na produção.
Setor Florestal: Expansão e Liderança O estado manteve-se como o maior produtor e exportador de celulose do Brasil, com um aumento de 77,3% na receita do setor em 2024. A possível instalação de uma nova indústria de grande porte reforça o potencial de atrair investimentos e gerar empregos, consolidando Mato Grosso do Sul como referência no mercado global de celulose.
Exportações: Diversificação e Protagonismo As exportações do agronegócio somaram US$ 9,5 bilhões em 2024, abrangendo 147 países. A China manteve-se como principal destino, seguida pelos Estados Unidos e países europeus. A diversificação de mercados, aliada à expectativa de um acordo de livre comércio entre Mercosul e União Europeia, promete impulsionar ainda mais as relações comerciais do estado.
Sustentabilidade e Inovação Com ações voltadas à adoção de boas práticas agrícolas e avanços tecnológicos, o setor agropecuário de Mato Grosso do Sul reafirma seu compromisso com a sustentabilidade e a produção responsável. Essa combinação de resiliência, planejamento estratégico e colaboração entre os diversos atores do agronegócio projeta um futuro de crescimento consolidado e oportunidades para o estado.
Fonte: Pensar Agro
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