Agronegócio

Exclusão de sete municípios sergipanos da região do semiárido preocupa Faese e traz prejuízos aos produtores rurais

Agronegócio


A nova delimitação da Sudene reduziria de 29 para 23 municípios sergipanos pertencentes ao Semiárido Brasileiro. Mas, após pleito do Governo de Sergipe, Faese, CNA e estados interessados o prazo foi prorrogado para 01 de agosto de 2022.

O Sistema Faese/Senar envida esforços para a manutenção dos municípios sergipanos, que foram excluídos da listagem ‘Semiárido 2021’, por meio da Resolução Condel/Sudene nº 150.

O normativo resultou na retirada de 50 municípios da listagem, sendo sete deles sergipanos: Amparo de São Francisco, Aquidabã, São Miguel do Aleixo, Macambira, Cedro de São João, Nossa Senhora das Dores e Cumbe.

A exclusão implica na restrição da aplicação de políticas públicas diretas aos municípios, voltadas à redução dos problemas locais de educação, habitação, segurança alimentar e hídrica, em uma região historicamente reconhecida pela vulnerabilidade às secas e profundos problemas socioeconômicos.

No caso específico do setor agropecuário, afeta principalmente, a aquisição dos recursos financeiros do Fundo Constitucional de Financiamento (FNE) e do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE) pelos produtores rurais da região, em sua maioria de pequeno e médio porte, e empreendedores familiares.

Prazo estendido

Desde a publicação da Resolução, o Sistema Faese/Senar manteve contato com o Governo do Estado e municípios prejudicados para tentar reverter a situação. Através desse pleito, estão sendo feitos esforços por meio da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) junto ao Ministério do Desenvolvimento Regional e Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), que prorrogou o prazo para recorrer da decisão para 01 de agosto de 2022, quando será apresentado um novo recurso, até lá os municípios não poderão ser prejudicados com a exclusão. A previsão é que em novembro seja definida nova delimitação, mas a solicitação é que os prejudicados possam passar por um período de transição.

De acordo com a Faese, essa exclusão prejudica o produtor rural, que deixa de ter acesso às políticas públicas voltadas para esses municípios que sofrem com a seca. “A estrutura do Sistema FAESE/Senar, com sua representatividade trabalha nos estudos para apresentar recurso à decisão da Sudene e possibilitar maior carência e prazo para pagamento, menores taxas de juros, maior bônus de adimplência, maior percentual do investimento que pode ser financiado e maiores descontos em renegociação, por isso defendemos e seguimos intermediando essa causa.”, ressaltou o presidente do Sistema Faese/Senar, Ivan Sobral.

Ao longo das deliberações sobre a nova delimitação, o setor produtivo rural, representado pela CNA e Faese, e representantes dos governos estaduais se manifestaram em relação a necessidade dos estados afetados pela exclusão de seus municípios terem a oportunidade de recorrer por meio de nova avaliação técnico-científica a partir dos indicadores hídricos selecionados no estudo, ao período considerado para a avaliação, assim como também por meio da análise de indicadores socioeconômicos, em razão do Semiárido ser uma região historicamente reconhecida não apenas por sua vulnerabilidade às secas, mas também por profundos problemas sociais e econômicos.

Em Macambira, o município não foi comunicado oficialmente, a informação é que os produtores sofrem com a falta de água nos tanques, prejudicando a produção agrícola da região.  “Esperamos que tal decisão tomada de maneira equivocada seja reparada, evitando assim o sofrimento e perda aos produtores do nosso município.”, ressaltou o secretário de agricultura de Macambira, Tiago Costa.

Semiárido Brasileiro

O Semiárido Brasileiro é composto por 1.262 municípios, dos estados do Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia e Minas Gerais. Os critérios para delimitação do Semiárido foram aprovados pelas Resoluções do Conselho Deliberativo da Sudene em 2017, são eles: a precipitação pluviométrica média anual igual ou inferior a 800 mm; Índice de Aridez de Thornthwaite igual ou inferior a 0,50 e o Percentual diário de déficit hídrico igual ou superior a 60%, considerando todos os dias do ano.

O Semiárido é uma região prioritária para aplicação dos recursos financeiros do Fundo Constitucional de Financiamento (FNE) e do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE), além de ter condições mais favorecidas que envolvem maior carência e prazo para pagamento, menores taxas de juros, maior bônus de adimplência, maior percentual do investimento que pode ser financiado e maiores descontos em renegociação.

Além disso, a Região conta com um rol de políticas públicas diferenciadas voltadas para a redução dos problemas locais de educação, habitação, segurança alimentar e hídrica: Pronaf Semiárido, Auxílio Inclusão Produtiva Rural, Programa Cisternas para o Semiárido.

Fonte: CNA Brasil

COMENTE ABAIXO:
Propaganda

Agronegócio

Seagro faz balanço positivo do agronegócio em 2024

Publicados

em

Em 2024, o Tocantins alcançou marcos históricos na produção de grãos e na pecuária, sendo responsável por uma produção recorde de milho, arroz e soja, e com um rebanho de 11,2 milhões de cabeças de gado.

Segundo a Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária (Seagro) o estado alcançou marcos relevantes, posicionando-se entre os maiores produtores de milho, arroz e soja no Brasil. A pecuária também obteve crescimento expressivo, com um rebanho de 11,2 milhões de cabeças de gado.Tudo isso é reflexo de um trabalho contínuo, focado em políticas públicas voltadas para a sustentabilidade, inovação e, acima de tudo, o fortalecimento da agricultura familiar.

A agropecuária tocantinense é movida por um solo fértil, uma localização estratégica e uma integração cada vez maior de novas tecnologias, que impulsionam a produção de alimentos e fortalecem cadeias produtivas como a pecuária, o etanol e a fruticultura. O estado, que é o terceiro maior produtor de arroz irrigado do Brasil, também possui grande potencial para se tornar um grande centro de produção de sementes de soja, consolidando sua importância no cenário nacional.

Em 2024, o Governo do Tocantins, em parceria com empresas como a Suzano, deu um grande passo no fortalecimento da agricultura familiar com o lançamento do projeto “Pão da Terra de Desenvolvimento da Agricultura Familiar e Extrativismo”. O projeto, que visa modernizar práticas agrícolas e ampliar a produção, beneficia inicialmente 500 agricultores em oito municípios. Com isso, a produção de mandioca e a multiplicação de manivas-sementes ganham destaque, contribuindo para a inclusão de mais famílias no processo produtivo.

A pecuária do estado também não ficou para trás. Com um rebanho de 11,2 milhões de cabeças de gado, o Tocantins ocupa o 10º lugar no Brasil e o 3º lugar na Região Norte. A modernização do setor é promovida pelo programa “Mais Genética Tocantins”, que tem se mostrado fundamental para a melhoria da competitividade e sustentabilidade da pecuária, garantindo a qualidade do rebanho e posicionando o estado como um exportador de carne bovina para mercados exigentes como China e Hong Kong.

Além das vitórias no campo, o Tocantins também se destaca na promoção da sustentabilidade e do desenvolvimento regional. A 1ª Rota da Fruticultura, realizada em outubro de 2024, percorreu municípios como Dianópolis, Miracema e Tocantinópolis, com foco na produção de frutas como abacaxi, banana, cacau e manga. O evento promoveu a troca de experiências entre produtores e agroindústrias, incentivando a diversificação da produção agrícola e ampliando a competitividade do setor.

Com um ano de 2024 repleto de resultados positivos, o Tocantins continua se consolidando como um polo de crescimento sustentável no agronegócio. A combinação de solos férteis, políticas públicas eficazes e uma estratégia voltada para a inovação tem atraído novos investidores para o estado, gerando emprego, renda e desenvolvimento para a população rural e urbana. O Tocantins é um exemplo claro de como o agronegócio pode ser um motor de crescimento econômico, sustentável e inclusivo para todo o Brasil.

Fonte: Pensar Agro

COMENTE ABAIXO:
Continue lendo

POLÍCIA

RONDÔNIA

PORTO VELHO

POLÍTICA RO

MAIS LIDAS DA SEMANA