Agronegócio
Mato Grosso do Sul avança na pecuária sustentável com novilhos precoces
Agronegócio
No ano passado, mais de 3,5 milhões de bovinos foram abatidos em Mato Grosso do Sul, sendo 40% desse total, ou cerca de 1,3 milhões de cabeças, de novilhos precoces. Esses animais mais jovens se destacam por apresentarem melhor acabamento de carcaça e alta qualidade.
Esse resultado é fruto de um esforço contínuo de modernização da pecuária local, com o uso de tecnologias avançadas pelos produtores e a implementação do programa Precoce MS. Criado pelo Governo do Estado, através da Semadesc (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), o programa premia pecuaristas tanto pela qualidade do acabamento dos animais quanto pelo uso de práticas sustentáveis nas fazendas. Recentemente, o programa passou por uma reformulação que equiparou esses critérios, incentivando o uso de técnicas sustentáveis no manejo da pecuária.
Desde a atualização, em abril de 2024, o Precoce MS já conta com 521 técnicos habilitados, que monitoram 2.250 propriedades rurais cadastradas. Nos últimos cinco meses, foram abatidos 657.224 animais em 26 frigoríficos participantes, com um total de R$ 43.113.303,00 em incentivos distribuídos.
O estado de Mato Grosso do Sul, já conhecido pela qualidade da carne que produz, caminha para ser reconhecido também pela excelência no processo produtivo. Esses números foram apresentados durante o Fórum Precoce MS, realizado recentemente, que teve como objetivo atualizar os responsáveis técnicos sobre as novas diretrizes do programa. Em parceria com a Associação dos Produtores de Novilho Precoce, o evento reuniu 180 profissionais para discutir as mudanças e adequações.
Durante a abertura, Jaime Verruck, secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação, destacou a importância da pecuária para a economia local. “Mesmo com resultados já bastante positivos, conseguimos reduzir o tempo médio de abate em 17 meses. Agora, nosso foco é aprimorar ainda mais o programa e trazê-lo para um patamar mais moderno”, afirmou.
Rafael Gratão, presidente da Associação Novilho Precoce, apontou que o programa está transformando a pecuária do estado. “Nosso objetivo é fortalecer uma pecuária mais eficiente, capaz de conquistar mercados que pagam melhor, como o europeu, onde há exigências rigorosas de certificação”, comentou.
Frederico Stella, diretor-tesoureiro da Famasul, reforçou a credibilidade do Precoce MS. “A reformulação do programa naturalmente gera questionamentos, e este fórum é o espaço ideal para esclarecê-los. É importante que os responsáveis técnicos compreendam essas mudanças, pois eles serão essenciais para o sucesso da pecuária no estado”, afirmou, também destacando a necessidade de ajustes para garantir a continuidade do programa, ameaçado por possíveis mudanças na reforma tributária que pode impactar seu funcionamento até 2032.
Verruck também destacou os avanços tecnológicos da pecuária sul-mato-grossense. “Nos últimos anos, a pecuária reduziu sua área de atuação, mas aumentou a produção de carne de qualidade. Isso demonstra a eficiência e o progresso tecnológico do setor no estado, que continua sendo essencial para o desenvolvimento econômico”, concluiu.
Durante o fórum, a gestora do Precoce MS, Gladys Espindola, apresentou os resultados desde a criação do programa, em 2017. “Mais de R$ 600 milhões já foram repassados aos produtores que atingiram os objetivos de produzir novilhos precoces”, ressaltou.
Rogério Beretta, secretário-executivo de Desenvolvimento Econômico-Sustentável, também destacou a importância do evento para aprimorar o trabalho dos técnicos responsáveis por acompanhar o programa no campo. “Queremos que todas as propriedades envolvidas melhorem sua eficiência produtiva, e esse evento é crucial para alcançar essa meta”, finalizou.
Fonte: Pensar Agro
Agronegócio
“Soja Legal” da Aprosoja-MT recebe certificação de boas práticas agrícolas
O agronegócio brasileiro tem alcançado avanços significativos na adoção de boas práticas agrícolas por meio de iniciativas reconhecidas e certificadas. Um dos programas de destaque é o Soja Legal, desenvolvido pela Associação dos Produtores de Soja e Milho do Mato Grosso (Aprosoja-MT).
A iniciativa tem como objetivo capacitar proprietários rurais para implementar práticas que assegurem a conformidade em áreas como qualidade de vida no campo, gestão consciente da água, gerenciamento de resíduos, práticas agrícolas sustentáveis, adequação ao Código Florestal, viabilidade econômica da produção e qualidade do produto.
Ao longo de 2024, o Ministério da Agricultura reconheceu cinco programas de certificação de boas práticas agrícolas, alinhados à nova regra para concessão de descontos em financiamentos rurais voltados a médios e grandes produtores. Esse reconhecimento se soma a outras seis iniciativas aprovadas em 2022 e 2023, fortalecendo a adesão a práticas sustentáveis no setor.
Atualmente, o Soja Legal conta com a participação de 1.250 produtores rurais, dos quais 700 já possuem o selo de conformidade. Além disso, outros 85 agricultores estão em processo de cadastro e, assim que o sistema estiver em pleno funcionamento, estarão aptos a obter descontos em financiamentos. Os demais participantes serão integrados progressivamente.
A expectativa é de que os contratos de financiamento com descontos ganhem maior adesão nos próximos meses, especialmente a partir de abril ou maio, quando os produtores iniciam novos ciclos de crédito. Esse tipo de incentivo busca reconhecer as práticas ambientais e sociais adicionais adotadas pelos produtores, promovendo um modelo de produção mais responsável e alinhado à legislação ambiental.
Além do Soja Legal, outros programas também têm recebido destaque no cenário nacional. Entre eles estão os currículos de Sustentabilidade do Cacau e do Café, desenvolvidos pela P&A Ltda, o Certifica Minas Café, promovido pela Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, o Selo Mip Experience, coordenado pela PROMIP Manejo Integrado de Pragas Ltda, e o Boas Práticas Agrícolas IBS, do Instituto BioSistêmico (IBS). Esses programas foram incorporados ao conjunto de iniciativas reconhecidas em anos anteriores, demonstrando o compromisso do setor com a sustentabilidade.
Os programas avaliados no segundo semestre de 2024 agregaram mais 900 produtores rurais à lista de potenciais beneficiários de descontos em financiamentos. Entre os destaques estão o Programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR) e o Programa Algodão Brasileiro Responsável para Unidades de Beneficiamento (ABR-UBA), ambos conduzidos pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa). Outros exemplos incluem o Certifica Minas, também da Secretaria de Agricultura de Minas Gerais, o Programa Selo Ambiental do Arroz Rastreado RS, desenvolvido pelo Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), e o Protocolo de Sustentabilidade Cooxupé Gerações, promovido pela Cooperativa Regional de Cafeicultores de Guaxupé Ltda.
Essas iniciativas não apenas fortalecem a competitividade do agronegócio brasileiro no mercado internacional, mas também asseguram que os produtores estejam cada vez mais alinhados às boas práticas de produção, contribuindo para a sustentabilidade ambiental, econômica e social no campo.
Fonte: Pensar Agro
-
Brasil7 dias atrás
Rui Denardin: O que esperar do mercado automotivo em 2025?
-
Rondônia7 dias atrás
Rondônia obtém resultados de investimentos em segurança e reduz criminalidade em 2024
-
Agronegócio6 dias atrás
Mercado da soja inicia 2025 com estabilidade nos preços
-
Agronegócio7 dias atrás
Feiras do agronegócio em 2025: oportunidades para inovação e crescimento do setor
-
Rondônia7 dias atrás
Detran-RO orienta condutores sobre passo a passo para renovação da CNH
-
Agronegócio7 dias atrás
Publicação prevê um ano incrível para o agronegócio brasileiro
-
Agronegócio6 dias atrás
Cepa: mercado abre ano em baixa, mas com expectativa de equilíbrio
-
Agronegócio6 dias atrás
Taxa de juros alta desafia crédito rural e ameaça plano safra 2025/26