Agronegócio

Mulheres no agro: Produtora triplica produção com ajuda do Senar/MS

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Com gestão organizada, Laura passou a tratar propriedade como empresa.

Quando começou a produzir hortifruti em 2014, a produtora rural Laura Nunes, da comunidade São Miguel, em Maracaju, tinha muita dificuldade na escolha da semente ideal e no controle de pragas. Após dois anos de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) em Horticultura do Senar/MS, a produção triplicou. Esse é o case de sucesso da série #TransformandoVidas desta semana especial pelo Dia Internacional da Mulher.

“Tem sido gratificante ser mulher e, principalmente, ser mulher negra. Morar em uma propriedade distante da cidade e poder ter a oportunidade de ter a assistência técnica como parceria. Minha propriedade passou a ser a minha empresa. Eu trabalho e ela produz”, comenta.

Laura trocou a vida de professora para empreender no campo. Foi uma das primeiras mulheres da comunidade quilombola de Maracaju a iniciar na produção de hortifruti. Ela se sente orgulhosa como referência e incentiva outras mulheres.

“Eu sei que tem tantas mulheres batalhadoras tanto quanto eu e que têm essa mesma possibilidade de procurar o conhecimento técnico. Fazer com que aquela propriedade produza com qualidade e assim vai gerar renda para a família”, completa.

Com as orientações técnicas do Sena/MS, Laura passou a acompanhar de perto o gerencial da propriedade, tornando uma produção profissional e com lucro. “Antes não tinha nenhuma anotação, nenhum acompanhamento. Não sabia de custo, não sabia de nada. Imaginava e não sabia se estava tendo lucro ou se estava tendo prejuízo. Posso dizer que hoje a minha produção triplicou. O Senar trouxe essa possibilidade de a gente poder ter qualidade de vida. É gigante a diferença que deu depois dos cursos que tivemos”, finaliza.

Transformando Vidas – Toda sexta-feira, o Sistema Famasul divulga uma reportagem sobre a atuação do Senar/MS e as suas transformações no campo. Confira outras histórias de sucesso no canal no YouTube, e conteúdos sobre as Mulheres no Campo em ‘Mercado Agropecuário’ e ‘Educação no Campo’.

Assessoria de Comunicação do Sistema Famasul – Leandro Abreu

Fonte: CNA Brasil

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Agronegócio

“Soja Legal” da Aprosoja-MT recebe certificação de boas práticas agrícolas

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O agronegócio brasileiro tem alcançado avanços significativos na adoção de boas práticas agrícolas por meio de iniciativas reconhecidas e certificadas. Um dos programas de destaque é o Soja Legal, desenvolvido pela Associação dos Produtores de Soja e Milho do Mato Grosso (Aprosoja-MT).

A iniciativa tem como objetivo capacitar proprietários rurais para implementar práticas que assegurem a conformidade em áreas como qualidade de vida no campo, gestão consciente da água, gerenciamento de resíduos, práticas agrícolas sustentáveis, adequação ao Código Florestal, viabilidade econômica da produção e qualidade do produto.

Ao longo de 2024, o Ministério da Agricultura reconheceu cinco programas de certificação de boas práticas agrícolas, alinhados à nova regra para concessão de descontos em financiamentos rurais voltados a médios e grandes produtores. Esse reconhecimento se soma a outras seis iniciativas aprovadas em 2022 e 2023, fortalecendo a adesão a práticas sustentáveis no setor.

Atualmente, o Soja Legal conta com a participação de 1.250 produtores rurais, dos quais 700 já possuem o selo de conformidade. Além disso, outros 85 agricultores estão em processo de cadastro e, assim que o sistema estiver em pleno funcionamento, estarão aptos a obter descontos em financiamentos. Os demais participantes serão integrados progressivamente.

A expectativa é de que os contratos de financiamento com descontos ganhem maior adesão nos próximos meses, especialmente a partir de abril ou maio, quando os produtores iniciam novos ciclos de crédito. Esse tipo de incentivo busca reconhecer as práticas ambientais e sociais adicionais adotadas pelos produtores, promovendo um modelo de produção mais responsável e alinhado à legislação ambiental.

Além do Soja Legal, outros programas também têm recebido destaque no cenário nacional. Entre eles estão os currículos de Sustentabilidade do Cacau e do Café, desenvolvidos pela P&A Ltda, o Certifica Minas Café, promovido pela Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, o Selo Mip Experience, coordenado pela PROMIP Manejo Integrado de Pragas Ltda, e o Boas Práticas Agrícolas IBS, do Instituto BioSistêmico (IBS). Esses programas foram incorporados ao conjunto de iniciativas reconhecidas em anos anteriores, demonstrando o compromisso do setor com a sustentabilidade.

Os programas avaliados no segundo semestre de 2024 agregaram mais 900 produtores rurais à lista de potenciais beneficiários de descontos em financiamentos. Entre os destaques estão o Programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR) e o Programa Algodão Brasileiro Responsável para Unidades de Beneficiamento (ABR-UBA), ambos conduzidos pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa). Outros exemplos incluem o Certifica Minas, também da Secretaria de Agricultura de Minas Gerais, o Programa Selo Ambiental do Arroz Rastreado RS, desenvolvido pelo Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), e o Protocolo de Sustentabilidade Cooxupé Gerações, promovido pela Cooperativa Regional de Cafeicultores de Guaxupé Ltda.

Essas iniciativas não apenas fortalecem a competitividade do agronegócio brasileiro no mercado internacional, mas também asseguram que os produtores estejam cada vez mais alinhados às boas práticas de produção, contribuindo para a sustentabilidade ambiental, econômica e social no campo.

Fonte: Pensar Agro

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