Agronegócio
“O estágio foi um divisor de águas”, aponta novo contratado como técnico de campo do ATeG
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“O estágio foi um divisor de águas na minha vida. Estou me dedicando a cada dia, estudando para entregar o melhor para os produtores. A minha expectativa aqui é a melhor do mundo!” – foi assim que Guilherme Moreira, agrônomo de 25 anos, resumiu seu sentimento ao sair do Programa de Estágio ATeG para técnico de campo contratado pelo Sistema FAEMG/SENAR/INAES/Sindicatos.
Guilherme e a produtora Márcia de Jesus Borges, do Sítio Nossa Senhora da Aparecida, em Campanha
Formado no Instituto Federal de Minas Gerais – Campus Machado, o jovem nascido e criado na zona rural sempre gostou das ciências agrárias, mas foi ao entrar no curso que teve certeza de que era isso que queria para a vida. Hoje, Guilherme acompanha um grupo de 27 propriedades na região de Lambari, atendida pelo Sindicato de Produtores Rurais de Heliodora – todas lideradas por mulheres. De acordo com o supervisor do ATeG Café+Forte e técnico anterior do grupo, Krauss Cabral, o fato de Guilherme ser calmo e atencioso foi um diferencial para que ele fosse bem aceito pelas produtoras.
“O Guilherme é muito empenhado e conhecedor da cultura do café, mesmo com pouco tempo de experiência. Acredito que possa ser influência do estágio com os profissionais de excelência que atuam pelo ATeG Café+Forte. Também houve uma facilidade em se adequar ao software que usamos para coleta e análise dos dados, uma vez que ele já conhecia a ferramenta”, analisa Krauss. Em busca de mais aprimoramento, Guilherme também é aluno do curso de pós-graduação em Cafeicultura oferecido pela Fundação Procafé: “Está sendo de muita valia e com certeza agrega para entregar mais resultados, tanto para os produtores quanto pra mim mesmo”, diz.
Dedicação e qualidade
Guilherme conta que já fez outros estágios na área de cafeicultura, mas que o do Programa ATeG mostrou-se realmente diferenciado e isso o motivou muito. Ele também é só elogios para o seu xará Guilherme Salomão, técnico de campo que acompanhou durante o período de estágio em Bom Jesus da Penha. “Ele estava sempre disposto a me ensinar tudo, tanto da parte técnica quanto sobre a metodologia do Programa ATeG. Sempre compartilhou tudo que sabia e fui me interessando cada vez mais. Cresci muito na parte técnica e aprendi a enxergar a propriedade de outra forma”.
Guilherme (o Salomão) também destacou o interesse do ex-estagiário durante o período de estágio. Ele elogiou o nível de comprometimento e maturidade para alguém tão jovem e recém-formado: “Ele tem uma bagagem muito boa, fez outros estágios e atividades extracurriculares. Tecnicamente, é um estudante diferenciado, muito responsável e educado. Pensa no futuro, na qualidade das entregas e no impacto das atitudes dele no serviço”. O técnico ainda ressalta a responsabilidade de ter um estagiário: “É gratificante e edificante. Aprendemos ensinando. Pudemos debater muitas coisas e ele trouxe informações para a gente discutir que foram importantes para aumentar meus conhecimentos e argumentos”.
Futuro promissor
Lançado ano passado como um piloto, o Programa de Estágio ATeG chamou a atenção e teve muita procura de estudantes interessados em participar. O gerente de Assistência Técnica e Gerencial do Sistema FAEMG, Bruno Rocha de Melo, conta que o programa vem atingindo os objetivos propostos e isso é reforçado quando os estagiários são absorvidos como técnicos de campo. “Isso prova que eles passaram por uma formação que realmente deu condições para que eles fossem para o mercado de trabalho. E, mesmo aqueles que não foram absorvidos, temos certeza de que contribuímos com a sociedade trazendo essa formação para que esses profissionais possam levar para outros produtores um atendimento de qualidade”.
De lá para cá, a iniciativa já vislumbra outros horizontes, por meio de conversas com a UFMG e a UFV. “Estamos conversando no sentido de ampliar essas parcerias para que mais alunos possam participar conosco de uma formação complementar, como um curso de extensão, de forma que eles saiam com a formação do programa de estágio e uma certificação que vai ser muito importante para o seu currículo”, concluiu.
Agronegócio
Supremo agenda julgamento da lei de Mato Grosso que retira benefícios fiscais
Deve acontecer entre os dias 14 e 21 do próximo mês o julgamento virtual da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 7.774 pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A ação questiona a constitucionalidade da lei estadual 12.709/24, do Mato Grosso, que retira benefícios fiscais de empresas que aderem a compromissos ambientais mais restritivos que os previstos no Código Florestal, como a Moratória da Soja.
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A ADI foi apresentada por grupos contrários à legislação, que alegam que a norma pode comprometer avanços conquistados na proteção ambiental. Organizações ambientais também participam da ação como “amici curiae” (amigos da Corte), oferecendo suporte técnico e jurídico ao STF na análise do tema.
No dia 26 de dezembro, o STF concedeu uma liminar suspendendo temporariamente os efeitos da lei estadual. A decisão, proferida pelo ministro relator, foi baseada na preocupação de que o início da vigência da norma em 1º de janeiro de 2025 poderia gerar impactos irreversíveis durante o recesso do tribunal.
O ministro apontou que a lei pode contrariar o princípio da vedação ao retrocesso ambiental, previsto na Constituição Federal, ao potencialmente enfraquecer medidas que incentivam práticas agrícolas sustentáveis. Com a liminar, a aplicação da norma estadual ficará suspensa até a decisão final do STF.
O debate em torno da lei reflete tensões entre diferentes setores da sociedade. No centro do embate, está a busca por equilíbrio entre desenvolvimento econômico e sustentabilidade. O setor produtivo de Mato Grosso tem defendido a lei como uma forma de proteger o agronegócio local de exigências consideradas excessivas e que podem comprometer sua competitividade.
A crítica central é direcionada a iniciativas que, na visão de alguns, extrapolam as exigências do Código Florestal, impondo restrições que impactam diretamente a atividade agrícola no estado. Lideranças locais têm reafirmado o compromisso em seguir o que está previsto na legislação ambiental brasileira, mas se posicionam contra regras adicionais criadas por acordos privados ou organizações internacionais.
O resultado do julgamento no STF terá impacto significativo para o setor agrícola e para a política ambiental no país. Por um lado, pode reafirmar o papel do Código Florestal como marco regulatório para a atividade agropecuária. Por outro, poderá redefinir os limites para leis estaduais e compromissos ambientais adicionais.
O setor produtivo, que é responsável por uma parcela significativa do PIB nacional, acompanha atentamente o desdobramento desse julgamento. Independentemente do resultado, o debate reforça a importância de garantir segurança jurídica e previsibilidade para o desenvolvimento sustentável do agronegócio brasileiro.
Fonte: Pensar Agro
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