Agronegócio

Produtores do Norte e Nordeste devem ficar atentos ao excesso de chuvas para reduzir chances de perdas durante a La Niña

Agronegócio

Maiores precipitações podem ser positivas, mas agricultores devem ter atenção redobrada com doenças fúngicas e chuvas na colheita

 

Com a probabilidade de ocorrência de 69%, de acordo com estimativas do International Research Institute for Climate and Society (IRI), a chegada da La Niña a partir do final de julho deste ano acende um alerta aos agricultores. Nas regiões Norte e Nordeste do Brasil as chuvas devem se intensificar com o fenômeno climático e o manejo das lavouras de diversas culturas exigirá atenção redobrada, tanto durante o cultivo, com a proliferação de doenças fúngicas, quanto na colheita, com maiores chances de impacto na qualidade de sementes e grãos.

 

Para Frederico Dellano, Consultor de Desenvolvimento de Produtos da TMG – Tropical Melhoramento & Genética, a expectativa de aumento nas precipitações reforça a importância de os agricultores estarem bem preparados para lidar com as adversidades. “Em culturas como a soja, que ocupa grande parte do nosso território, o agricultor precisa escolher cultivares adaptadas para sua região e para as condições específicas de sua lavoura, além de escolher cultivares com boa sanidade. Isso porque em ano de alta umidade, o ambiente é favorável para o desenvolvimento de doenças”, diz.

 

Segundo ele, o momento demanda atenção aos processos e, nesses casos, é recomendado preparar toda a estrutura da semeadura para, quando o tempo permitir, iniciar o plantio. “Desde a realização da limpeza, regulagem e reparos em máquinas até a disponibilidade de insumos, tudo deve ser acompanhado para otimizar o tempo durante os períodos intensos de chuvas. É necessário se antecipar e ser ágil para aproveitar os intervalos entre as chuvas”, pontua.

 

O especialista orienta o produtor a evitar também semear em períodos em que o solo esteja exageradamente úmido para minimizar o risco de compactação e degradação da estrutura do solo. “Apesar dos maiores volumes de chuvas, há intervalos de tempo de sol suficientes para a semeadura durante o período recomendado”, completa.

 

Escolha das cultivares deve ser estratégica

De acordo com Dellano, escolher cultivares resistentes às principais doenças fúngicas que ocorrem na região, como a ferrugem asiática e a mancha-alvo, também é essencial para assegurar boas produtividades mesmo sob essas condições. “O melhoramento genético contribui muito para isso, pois disponibiliza ao agricultor soluções capazes de manter o alto teto produtivo mesmo em momentos mais delicados, com cultivares resistentes, boa tolerância ou bom comportamento a situações climáticas distintas, pragas e doenças”, reforça.

 

O excesso de chuvas, segundo Dellano, tende a elevar o risco de acamamento e com isso, há a necessidade de escolher cultivares mais resistentes ao acamamento. “Vale sempre ressaltar que o agricultor precisa escolher cultivares com resistência ao acamamento, além de prestar atenção à densidade de semeadura correta na hora do plantio”, indica.

 

Além disso, é fundamental buscar cultivares que apresentem maior tolerância às chuvas durante a colheita. “A chuva nesses períodos pode provocar grandes perdas, não apenas na produtividade, mas também na qualidade dos grãos. O excesso de umidade na maturação da soja favorece a ocorrência de doenças, abertura das vagens e germinação de grãos, por exemplo, gerando prejuízos”, explica Dellano, que acrescenta ainda que em anos de La Niña, os resultados das lavouras do Norte e Nordeste do país costumam ser melhores se comparados aos anos de El Niño, em razão do aumento das precipitações. “Entretanto, o cenário não deixa de ser desafiador, principalmente por conta das adversidades climáticas cada vez maiores, portanto, é sempre válido seguir as orientações dos especialistas”, finaliza.

Sobre a TMG

A TMG – Tropical Melhoramento e Genética é uma empresa brasileira multiplataforma que conta com um banco de germoplasma premium e atua há mais de 20 anos para oferecer aos produtores rurais soluções genéticas para algodão, soja e milho. Em seu portfólio, estão cultivares e híbridos desenvolvidos com todas as biotecnologias disponíveis no mercado, visando entregar inovação ao campo e contribuir para atender a demanda mundial de grãos e fibras de forma sustentável. A matriz da TMG está localizada em Cambé (PR) e a companhia conta também com uma unidade em Rondonópolis (MT), além de 14 bases de pesquisa e desenvolvimento espalhadas por seis estados, nas principais regiões produtoras brasileiras, com ensaios e experimentos de campo (RS: Passo Fundo e Palmeiras das Missões – PR: Cambé, Marilândia, Campo Mourão – MS: Dourados – MT: Sapezal, Roo-BVP, Sorriso, Campo Verde, Primavera do Leste – GO: Rio Verde, Chapadão do Céu – BA: Luís Eduardo Magalhães). A empresa possui também parceria comercial e cooperação técnica com grandes players do mercado nacional e internacional.

CDI Comunicação

COMENTE ABAIXO:
Propaganda

Agronegócio

Seagro faz balanço positivo do agronegócio em 2024

Publicados

em

Em 2024, o Tocantins alcançou marcos históricos na produção de grãos e na pecuária, sendo responsável por uma produção recorde de milho, arroz e soja, e com um rebanho de 11,2 milhões de cabeças de gado.

Segundo a Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária (Seagro) o estado alcançou marcos relevantes, posicionando-se entre os maiores produtores de milho, arroz e soja no Brasil. A pecuária também obteve crescimento expressivo, com um rebanho de 11,2 milhões de cabeças de gado.Tudo isso é reflexo de um trabalho contínuo, focado em políticas públicas voltadas para a sustentabilidade, inovação e, acima de tudo, o fortalecimento da agricultura familiar.

A agropecuária tocantinense é movida por um solo fértil, uma localização estratégica e uma integração cada vez maior de novas tecnologias, que impulsionam a produção de alimentos e fortalecem cadeias produtivas como a pecuária, o etanol e a fruticultura. O estado, que é o terceiro maior produtor de arroz irrigado do Brasil, também possui grande potencial para se tornar um grande centro de produção de sementes de soja, consolidando sua importância no cenário nacional.

Em 2024, o Governo do Tocantins, em parceria com empresas como a Suzano, deu um grande passo no fortalecimento da agricultura familiar com o lançamento do projeto “Pão da Terra de Desenvolvimento da Agricultura Familiar e Extrativismo”. O projeto, que visa modernizar práticas agrícolas e ampliar a produção, beneficia inicialmente 500 agricultores em oito municípios. Com isso, a produção de mandioca e a multiplicação de manivas-sementes ganham destaque, contribuindo para a inclusão de mais famílias no processo produtivo.

A pecuária do estado também não ficou para trás. Com um rebanho de 11,2 milhões de cabeças de gado, o Tocantins ocupa o 10º lugar no Brasil e o 3º lugar na Região Norte. A modernização do setor é promovida pelo programa “Mais Genética Tocantins”, que tem se mostrado fundamental para a melhoria da competitividade e sustentabilidade da pecuária, garantindo a qualidade do rebanho e posicionando o estado como um exportador de carne bovina para mercados exigentes como China e Hong Kong.

Além das vitórias no campo, o Tocantins também se destaca na promoção da sustentabilidade e do desenvolvimento regional. A 1ª Rota da Fruticultura, realizada em outubro de 2024, percorreu municípios como Dianópolis, Miracema e Tocantinópolis, com foco na produção de frutas como abacaxi, banana, cacau e manga. O evento promoveu a troca de experiências entre produtores e agroindústrias, incentivando a diversificação da produção agrícola e ampliando a competitividade do setor.

Com um ano de 2024 repleto de resultados positivos, o Tocantins continua se consolidando como um polo de crescimento sustentável no agronegócio. A combinação de solos férteis, políticas públicas eficazes e uma estratégia voltada para a inovação tem atraído novos investidores para o estado, gerando emprego, renda e desenvolvimento para a população rural e urbana. O Tocantins é um exemplo claro de como o agronegócio pode ser um motor de crescimento econômico, sustentável e inclusivo para todo o Brasil.

Fonte: Pensar Agro

COMENTE ABAIXO:
Continue lendo

POLÍCIA

RONDÔNIA

PORTO VELHO

POLÍTICA RO

MAIS LIDAS DA SEMANA