Agronegócio

Senar ajuda a fortalecer o protagonismo feminino no meio rural

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Jouse, Sueliane e Jaqueline são exemplos da força das mulheres no campo

Brasília (08/03/2022) – O empreendedorismo rural registra cada vez mais a participação feminina. Os números do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) mostram esse aumento crescente das mulheres nas ações de capacitação profissional, nos cursos técnicos e na assistência técnica e gerencial.

Um desses exemplos é a participação feminina no CNA Jovem, programa de desenvolvimento de novas lideranças. Em 2014, 32,3% dos participantes eram mulheres e esse número passou para 63,7% em 2021.

Os cursos e treinamentos de formação profissional, promoção social e programas especiais também seguem chamando a atenção desse público. Em 2021, dos mais de 921 mil participantes 36% eram mulheres.

Jaqueline fundou o Ateliê do Queijo
Jaqueline fundou o Ateliê do Queijo

Uma delas é a Jaqueline da Rocha Silva, dona de uma queijaria em Casimiro de Abreu (RJ). Quando engravidou, há sete anos, decidiu que era hora de mudar de profissão e investir na produção de queijo.

“Tenho minha casa do jeito que eu sempre quis, consigo organizar o meu tempo e proporcionar momentos de qualidade com a minha filha. O apoio do Senar foi fundamental no processo”, revela Jaqueline, que diariamente produz 180 peças de queijo com a ajuda da irmã. 

Ela já participou do Programa Empreendedor Rural (PER), Negócio Certo Rural (NCR) e Mulheres em Campo, programa de gestão voltado exclusivamente para o público feminino para despertar o interesse pelo empreendedorismo.

Com foco na saúde preventiva, o Senar possui o programa Saúde da Mulher Rural. As ações têm como foco prioritário a educação em saúde, diagnóstico precoce, vacinação, questões de gênero, prevenção do câncer do colo do útero, da mama e de infecções sexualmente transmissíveis.

Jouse ministra cursos para vaqueiros
Jouse ministra cursos para vaqueiros

Já a zootecnista Jouse Moreira é instrutora de cursos de bovinocultura de corte, caprinocultura e sanidade animal do Senar em Boa Vista (RR).

“Eu ensino técnicas de manejo e contenção animal antiestresse. Quando eu trabalhava em uma fazenda, como vaqueira, era comum as pessoas irem só para me ver laçar os animais”, diz.

Jouse afirma que o fato de estar em constante busca por aperfeiçoamento profissional a motivou a se matricular no curso Técnico em Agronegócio, oferecido pelo Senar.

E essa busca por conhecimento prático e por melhores oportunidades profissionais reflete nos números. Em 2019, as mulheres representavam 41,10% dos estudantes matriculados no curso Técnico em Agronegócio e, em 2021, o total foi de 43%.

Sueliane na formatura do curso Técnico em Agronegócio
Sueliane na formatura do curso Técnico em Agronegócio

Sueliane Maria Machado é produtora de mandioca em Parnaíba (PI) e concluiu o curso técnico em Agronegócio em 2020. Ela e o marido recebem a Assistência Técnica e Gerencial do Senar, que leva inovação e adoção de tecnologias para a melhoria da gestão do sítio que possui 2 hectares dedicados à produção de mandioca.

“Semanalmente são vendidos 80 quilos de mandioca descascada e 100 quilos de puba, que é a massa extraída da mandioca fermentada. Antes eu sentia muita dificuldade para me organizar, para elaborar as planilhas. Isso tudo mudou depois dos cursos do Senar e com a ajuda do técnico de campo”.

Na ATeG do Senar, 19,25% dos produtores cadastrados e que recebem o acompanhamento técnico são mulheres. Em 2019, esse total era de 15,23%.

Se você ficou interessada em saber mais sobre os cursos e ações do Senar, procure o Sindicato Rural de seu município ou entre no site https://www.cnabrasil.org.br/senar/senar-nos-estados

Assessoria de Comunicação CNA

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Fonte: CNA Brasil

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Agronegócio

“Soja Legal” da Aprosoja-MT recebe certificação de boas práticas agrícolas

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O agronegócio brasileiro tem alcançado avanços significativos na adoção de boas práticas agrícolas por meio de iniciativas reconhecidas e certificadas. Um dos programas de destaque é o Soja Legal, desenvolvido pela Associação dos Produtores de Soja e Milho do Mato Grosso (Aprosoja-MT).

A iniciativa tem como objetivo capacitar proprietários rurais para implementar práticas que assegurem a conformidade em áreas como qualidade de vida no campo, gestão consciente da água, gerenciamento de resíduos, práticas agrícolas sustentáveis, adequação ao Código Florestal, viabilidade econômica da produção e qualidade do produto.

Ao longo de 2024, o Ministério da Agricultura reconheceu cinco programas de certificação de boas práticas agrícolas, alinhados à nova regra para concessão de descontos em financiamentos rurais voltados a médios e grandes produtores. Esse reconhecimento se soma a outras seis iniciativas aprovadas em 2022 e 2023, fortalecendo a adesão a práticas sustentáveis no setor.

Atualmente, o Soja Legal conta com a participação de 1.250 produtores rurais, dos quais 700 já possuem o selo de conformidade. Além disso, outros 85 agricultores estão em processo de cadastro e, assim que o sistema estiver em pleno funcionamento, estarão aptos a obter descontos em financiamentos. Os demais participantes serão integrados progressivamente.

A expectativa é de que os contratos de financiamento com descontos ganhem maior adesão nos próximos meses, especialmente a partir de abril ou maio, quando os produtores iniciam novos ciclos de crédito. Esse tipo de incentivo busca reconhecer as práticas ambientais e sociais adicionais adotadas pelos produtores, promovendo um modelo de produção mais responsável e alinhado à legislação ambiental.

Além do Soja Legal, outros programas também têm recebido destaque no cenário nacional. Entre eles estão os currículos de Sustentabilidade do Cacau e do Café, desenvolvidos pela P&A Ltda, o Certifica Minas Café, promovido pela Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, o Selo Mip Experience, coordenado pela PROMIP Manejo Integrado de Pragas Ltda, e o Boas Práticas Agrícolas IBS, do Instituto BioSistêmico (IBS). Esses programas foram incorporados ao conjunto de iniciativas reconhecidas em anos anteriores, demonstrando o compromisso do setor com a sustentabilidade.

Os programas avaliados no segundo semestre de 2024 agregaram mais 900 produtores rurais à lista de potenciais beneficiários de descontos em financiamentos. Entre os destaques estão o Programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR) e o Programa Algodão Brasileiro Responsável para Unidades de Beneficiamento (ABR-UBA), ambos conduzidos pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa). Outros exemplos incluem o Certifica Minas, também da Secretaria de Agricultura de Minas Gerais, o Programa Selo Ambiental do Arroz Rastreado RS, desenvolvido pelo Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), e o Protocolo de Sustentabilidade Cooxupé Gerações, promovido pela Cooperativa Regional de Cafeicultores de Guaxupé Ltda.

Essas iniciativas não apenas fortalecem a competitividade do agronegócio brasileiro no mercado internacional, mas também asseguram que os produtores estejam cada vez mais alinhados às boas práticas de produção, contribuindo para a sustentabilidade ambiental, econômica e social no campo.

Fonte: Pensar Agro

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