Agronegócio
Sindicato Rural e Senar-MT alinham novos projetos para Diamantino e Alto Paraguai
Agronegócio
Os municípios de Diamantino e Alto Paraguai devem ser atendidos com dez frentes da Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) até o fim de 2022. Os alinhamentos estão sendo realizados entre o Sindicato Rural de Diamantino e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso (Senar-MT).
“Alinhamos estas e outras demandas na visita de cortesia que fiz ao Senar-MT, nesta sexta-feira (11.03). Também tive a oportunidade de conversar sobre a reforma do nosso Núcleo Avançado de Capacitação (NAC) e outros assuntos que estavam pendentes”, destaca o presidente do Sindicato, Altemar Krohling.
Na ocasião, Krohling destacou que a reforma do Núcleo possibilitará a capacitação de ainda mais pessoas do município. “Contamos com o Nac em pleno funcionamento para ampliar os cursos. A boa notícia é que já foi feito o levantamento e a reforma foi aprovada”, avalia.
O presidente ressaltou ainda que a pretensão é atender com a ATeG as cadeias produtivas de bovinocultura de corte, de leite, piscicultura e apicultura tanto em Diamantino, quanto em Alto Paraguai que é extensão de base de Diamantino.
Segundo o coordenador da ATeG, do Senar-MT, Armando Urenha, a área está se mobilizando para os atendimentos. “Estamos alinhando para que a demanda do Sindicato seja atendida e para que consigamos atender todos esses produtores até o fim deste ano”.
O presidente Krohling foi recebido pelo superintendente do Senar-MT, Francisco Olavo Pugliesi de Castro, mais conhecido como Chico da Pauliceia. Na visita, ele também aproveitou para conversar com os supervisores das dez Regionais do Senar-MT que estiveram reunidos durante esta semana, em Cuiabá.
“É uma honra receber os presidentes na sede da nossa instituição. O Senar-MT está de portas abertas para todos os Sindicatos Rurais do estado. Estamos à disposição para ouvir suas demandas e sugestões e atender solicitações para melhoria da capacitação nos respectivos municípios”, afirmou Chico.
Programação – Diamantino está localizado a 180 km da capital e a base da economia é o cultivo de grãos. Com o avanço da Integração Lavoura-Pecuária hoje o município conta com uma expansão da cadeia produtiva de bovinocultura e consequentemente da qualificação da mão de obra.
Para 2022, estão previstos cerca de 100 treinamentos na região, ofertados pelo Senar-MT e Sindicato Rural. Os cursos mais demandados são as Normas Regulamentadoras (NRs) que são obrigatórias para determinados trabalhos no campo. Os interessados devem entrar em contato diretamente com o Sindicato para verificar as vagas e turmas disponíveis. As restrições sanitárias seguirão o decreto municipal que estiver vigente no período de realização.
Agronegócio
“Soja Legal” da Aprosoja-MT recebe certificação de boas práticas agrícolas
O agronegócio brasileiro tem alcançado avanços significativos na adoção de boas práticas agrícolas por meio de iniciativas reconhecidas e certificadas. Um dos programas de destaque é o Soja Legal, desenvolvido pela Associação dos Produtores de Soja e Milho do Mato Grosso (Aprosoja-MT).
A iniciativa tem como objetivo capacitar proprietários rurais para implementar práticas que assegurem a conformidade em áreas como qualidade de vida no campo, gestão consciente da água, gerenciamento de resíduos, práticas agrícolas sustentáveis, adequação ao Código Florestal, viabilidade econômica da produção e qualidade do produto.
Ao longo de 2024, o Ministério da Agricultura reconheceu cinco programas de certificação de boas práticas agrícolas, alinhados à nova regra para concessão de descontos em financiamentos rurais voltados a médios e grandes produtores. Esse reconhecimento se soma a outras seis iniciativas aprovadas em 2022 e 2023, fortalecendo a adesão a práticas sustentáveis no setor.
Atualmente, o Soja Legal conta com a participação de 1.250 produtores rurais, dos quais 700 já possuem o selo de conformidade. Além disso, outros 85 agricultores estão em processo de cadastro e, assim que o sistema estiver em pleno funcionamento, estarão aptos a obter descontos em financiamentos. Os demais participantes serão integrados progressivamente.
A expectativa é de que os contratos de financiamento com descontos ganhem maior adesão nos próximos meses, especialmente a partir de abril ou maio, quando os produtores iniciam novos ciclos de crédito. Esse tipo de incentivo busca reconhecer as práticas ambientais e sociais adicionais adotadas pelos produtores, promovendo um modelo de produção mais responsável e alinhado à legislação ambiental.
Além do Soja Legal, outros programas também têm recebido destaque no cenário nacional. Entre eles estão os currículos de Sustentabilidade do Cacau e do Café, desenvolvidos pela P&A Ltda, o Certifica Minas Café, promovido pela Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, o Selo Mip Experience, coordenado pela PROMIP Manejo Integrado de Pragas Ltda, e o Boas Práticas Agrícolas IBS, do Instituto BioSistêmico (IBS). Esses programas foram incorporados ao conjunto de iniciativas reconhecidas em anos anteriores, demonstrando o compromisso do setor com a sustentabilidade.
Os programas avaliados no segundo semestre de 2024 agregaram mais 900 produtores rurais à lista de potenciais beneficiários de descontos em financiamentos. Entre os destaques estão o Programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR) e o Programa Algodão Brasileiro Responsável para Unidades de Beneficiamento (ABR-UBA), ambos conduzidos pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa). Outros exemplos incluem o Certifica Minas, também da Secretaria de Agricultura de Minas Gerais, o Programa Selo Ambiental do Arroz Rastreado RS, desenvolvido pelo Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), e o Protocolo de Sustentabilidade Cooxupé Gerações, promovido pela Cooperativa Regional de Cafeicultores de Guaxupé Ltda.
Essas iniciativas não apenas fortalecem a competitividade do agronegócio brasileiro no mercado internacional, mas também asseguram que os produtores estejam cada vez mais alinhados às boas práticas de produção, contribuindo para a sustentabilidade ambiental, econômica e social no campo.
Fonte: Pensar Agro
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