Agronegócio
Açúcar bate recorde histórico e escassez eleva preços no Brasil
Agronegócio
O Brasil, maior produtor global de açúcar e responsável por cerca de 25% da produção mundial, alcança novo patamar de preços no mercado nacional, impulsionado por uma combinação de fatores climáticos e de oferta.
Na última semana, o preço médio do açúcar cristal branco atingiu recorde histórico, com a saca de 50 kg cotada a R$ 166,01, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Esalq/USP. Esse aumento, de 2,68% em relação à semana anterior, reflete o cenário de oferta restrita, influenciado pelas interrupções na moagem da cana-de-açúcar devido às chuvas.
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Desde o final de agosto, a escassez do açúcar cristal tem sustentado a alta dos preços, especialmente no estado de São Paulo, onde se concentra grande parte da produção. A baixa disponibilidade do produto é reforçada pelos desafios enfrentados pelas usinas, que precisam lidar com o impacto das condições climáticas, retardando o processo de moagem. Essa combinação de fatores pressiona ainda mais os valores no mercado, dificultando o acesso dos compradores à pronta-entrega.
O impacto se reflete em todo o setor sucroalcooleiro. Além do açúcar, o mercado de etanol também demonstra um quadro específico, embora com menos volatilidade. Na semana de 4 a 8 de novembro, os preços do etanol hidratado e do anidro mantiveram-se relativamente estáveis, com o etanol hidratado fechado em R$ 2,6025 por litro, enquanto o anidro registrou leve alta de 0,12%, alcançando R$ 2,9186 por litro.
Mesmo com essa estabilidade de preços, houve uma expressiva elevação de 94% no volume de etanol hidratado negociado, impulsionado por compras antecipadas das distribuidoras visando atender a demanda do feriado de Proclamação da República.
A competitividade do açúcar brasileiro é uma vantagem estratégica no mercado mundial. Com a cana-de-açúcar tendo sido plantada no Brasil desde os anos 1530, o país consolidou-se como um dos mais eficientes produtores do setor, com um custo de produção significativamente inferior ao do açúcar de beterraba, predominante na Europa e quatro vezes mais caro. Essa competitividade é central para a economia brasileira, tanto pela geração de receita quanto pela relevância do setor sucroalcooleiro em áreas agrícolas do país.
Com o aumento nos preços e o impacto dos fatores climáticos, especialistas apontam para uma continuidade na busca por alternativas que amenizem os gargalos de oferta e suporte ao setor. A expectativa é que a demanda siga aquecida nos próximos meses, mantendo os valores do açúcar e do etanol em níveis elevados, enquanto a produção tenta se recuperar das interrupções causadas pelas chuvas.
Fonte: Pensar Agro
Agronegócio
MS dá prazo para declaração da área plantada de soja
Os produtores rurais de Mato Grosso do Sul têm até o dia 10 de janeiro próximo para declarar as áreas plantadas com soja da safra 2024/25. A obrigatoriedade foi reforçada pela Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro), que destacou a importância do cadastro no combate à ferrugem asiática, a principal ameaça à cultura da soja no Brasil.
Neste ciclo, a área plantada com soja no estado deve crescer 6,8% em comparação à safra anterior, alcançando 4,501 milhões de hectares, de acordo com dados do Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio (Siga-MS). A produtividade estimada é de 51,7 sacas por hectare, com expectativa de produção total de 13,977 milhões de toneladas, baseada na média dos últimos cinco anos.
O diretor-presidente da Iagro, Daniel Ingold, destacou a gravidade da ferrugem asiática, que pode causar perdas de até 90% na produção. “Por isso o registro é obrigatório e deve ser realizado pelo site da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro), sem custos para os agricultores”, enfatizou Ingold. A medida também complementa o calendário fitossanitário e o período de vazio sanitário, ambos essenciais para prevenir a propagação da doença.
A semeadura da soja no Mato Grosso do Sul teve início em 16 de setembro e segue até 31 de dezembro, respeitando o calendário estabelecido para garantir a sanidade da lavoura. Esse planejamento permite que os produtores mantenham altos índices de produtividade e reduzam os riscos de perdas causadas por pragas e doenças.
O cadastro da área plantada não é apenas uma exigência burocrática, mas também uma ferramenta estratégica para o agronegócio de Mato Grosso do Sul. Além de contribuir para a proteção das lavouras, ele permite um monitoramento mais eficiente por parte das autoridades e fortalece o setor como um todo. Os agricultores interessados podem realizar a declaração de forma simples e gratuita no site da Iagro.
Com o crescimento na área plantada e perspectivas positivas para a produção, o estado reafirma sua relevância no cenário nacional e internacional da soja. A colaboração entre produtores e entidades é essencial para manter a competitividade e enfrentar os desafios do setor.
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Fonte: Pensar Agro
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