Agronegócio

Ajuda Minas – Para ir além das promessas

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produtor rural mineiro, que sofreu com as fortes chuvas do fim do ano passado e do início deste ano, pode ter algum alento. A mobilização Ajuda Minas, promovida pelo Sistema FAEMG/SENAR/INAES/Sindicatos, atraiu a atenção de representantes do poder público, que se colocaram dispostos a colaborar com ações efetivas, que ajudem a minimizar as perdas. Informaram não ser fácil, principalmente nos pontos relacionados com a liberação de recursos, que “em Brasília costuma ser mais difícil do que empurrar ônibus quebrado na subida”. Mas garantiram que vão se esforçar para que realmente as soluções não fiquem só nos discursos e cheguem à prática, no campo.

O Ajuda Minas reuniu, na sede do Sistema FAEMG, em Belo Horizonte, o secretário Executivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Marcos Montes; o secretário de Política do MAPA, Guilherme Bastos; o secretário de Agricultura familiar do MAPA, Márcio Cândido; o secretário especial do Desenvolvimento Social do Ministério da Cidadania, Robson Tuma; o deputado federal Diego Andrade; o deputado estadual Antônio Carlos Arantes; o vice-governador, Paulo Brant; a secretária de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Ana Maria Valentini; além de mais nove deputados estaduais e federais.

Também participaram superintendentes do Sistema FAEMG, representantes de instituições financeiras e de outras autarquias relacionadas ao agronegócio; e presidentes de Sindicatos de Produtores Rurais de todo o estado. O evento foi transmitido ao vivo pelo Canal Rural, pelo YouTube da emissora e do Sistema FAEMG. Mais de 3 mil pessoas, a grande maioria de homens e mulheres do campo, acompanharam as discussões.

Os problemas climáticos foram os principais temas da pauta dos debates. Mas os deputados também apontaram outras questões que afligem os produtores rurais, como projetos de lei para facilitar os barramentos (que garantem a água para os períodos de seca e as contenções para as épocas das fortes chuvas), isenção de tributos para o agro (para que os produtos cheguem mais baratos ao consumidor brasileiro), aposentadoria da mulher rural, mais recursos para o setor, menos burocracia para acesso ao crédito, entre outros, que garantam que o agronegócio siga sua trajetória como potência “insuperável”.

“O Ajuda Minas teve o objetivo de canalizar os fatos e as necessidades geradas pelas fortes chuvas e mostrar, de maneira clara, transparente e amigável para os nossos governantes. Esperamos que eles tomem as providências devidas. E, mais do que esperar resultados, vamos continuar cobrando para que os nossos produtores possam voltar a produzir, que é o que eles sabem fazer e o que as cidades precisam, pois as pessoas têm que se alimentar. Tratamos aqui deste passado recente, mas também vimos e reforçamos que temos que planejar melhor o futuro, porque os problemas climáticos continuarão sendo uma realidade.”

Antônio de Salvo, presidente do Sistema FAEMG

Veja abaixo as fotos do evento:

Ajuda Minas

Assista ao evento abaixo:

Fonte: CNA Brasil

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Agronegócio

Ponte desaba e expõe gargalos logísticos para o escoamento da safra

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O desabamento da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, no último domingo (22.12), trouxe à tona os problemas crônicos da infraestrutura logística brasileira. A estrutura, que conectava os municípios de Estreito (MA) e Aguiarnópolis (TO), desmoronou sobre o rio Tocantins, provocando uma tragédia com uma morte confirmada e pelo menos 14 pessoas desaparecidas. Caminhões que transportavam ácido sulfúrico e herbicidas também caíram no rio, levando as prefeituras a emitirem alertas sobre contaminação da água.

O acidente ocorre em um momento crítico para o agronegócio nacional. O Brasil deve alcançar uma safra recorde de 322,53 milhões de toneladas de grãos em 2024/25, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Este aumento de 8,2% em relação à safra anterior reflete o crescimento da produção de soja e milho, mas evidencia os desafios logísticos de um setor cada vez mais pressionado por gargalos estruturais.

A ponte Juscelino Kubitschek estava localizada na região do Matopiba, uma das áreas de maior crescimento do agronegócio no Brasil, englobando os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. Nos últimos dez anos, a produção de grãos na região aumentou 92%, saltando de 18 milhões de toneladas em 2013/14 para 35 milhões em 2024.

Essa expansão, no entanto, tem sobrecarregado a infraestrutura local. O intenso tráfego de cargas pesadas, principalmente de fertilizantes e grãos, contribuiu para o desgaste da ponte, que já apresentava rachaduras e denúncias de negligência na manutenção.

Além de afetar a segurança da população, o desabamento representa um entrave significativo ao escoamento da safra. Os portos do Arco Norte, responsáveis por 35,1% das exportações de grãos em outubro de 2024, são fundamentais para o agronegócio brasileiro. A interdição da ponte pode impactar negativamente a logística de transporte para esses portos, aumentando custos e atrasos.

O transporte de fertilizantes também está em alta, com as importações alcançando 4,9 milhões de toneladas em outubro, um crescimento de 5,9% em relação ao mês anterior. Essa demanda reforça a necessidade de investimentos em infraestrutura para evitar colapsos como o ocorrido no rio Tocantins.

Entidades do agronegócio, como a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), destacam que episódios como este evidenciam a urgência de investimentos em infraestrutura. “O crescimento do agronegócio brasileiro depende diretamente de uma logística eficiente. A tragédia no rio Tocantins é um alerta para a necessidade de modernização das rotas de transporte e manutenção das estruturas existentes”, afirma a CNA em nota.

O Ministério dos Transportes já anunciou a abertura de uma sindicância para investigar o desabamento e prometeu reconstruir a ponte em 2025. Enquanto isso, o setor agropecuário pede soluções imediatas, como rotas alternativas e a implementação de medidas para mitigar os impactos sobre a logística da safra.

Embora críticas à expansão do agronegócio tenham ganhado destaque após o acidente, é crucial equilibrar o debate. O setor é um pilar da economia nacional, responsável por 25% do PIB e por grande parte das exportações brasileiras. Investir em infraestrutura adequada e eficiente não é apenas uma questão de atender às demandas do agronegócio, mas de assegurar que o crescimento econômico venha acompanhado de segurança, sustentabilidade e benefícios para toda a sociedade.

O desafio agora é transformar essa tragédia em um ponto de virada, priorizando investimentos estratégicos que garantam a competitividade do agronegócio no mercado global, sem negligenciar a segurança das comunidades locais e a preservação ambiental.

Fonte: Pensar Agro

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