Política

ALE derruba veto do Executivo e cassa benefícios fiscais, logísticos e concessão de terras a Jirau e Santo Antônio

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Por 17 votos contrários, 4 favoráveis e 1 abstenção, a Assembleia Legislativa de Rondônia, derrubou na noite desta terça-feira (12) o veto 009/19 do Poder Executivo, convalidando o projeto de Lei 1058/2018 de autoria do ex-deputado Jesuíno Boabaid (PMN), revogando leis anteriores que garantiram incentivos fiscais, tributários, logísticos, crédito presumido de ICMS nas aquisições de mercadorias interestaduais e autorização para uso de faixas de terras às usinas de Jirau e Santo Antônio e suas subsidiárias.

 

Com a derrubada do veto governamental, foram revogadas as Leis nº 1776/2007, dispondo sobre faixas de terras; 1843/2007, estabelecendo critérios para privilégios tributários; e 3277/2013, garantindo crédito presumido aos empreendimentos.

Mais cedo na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), o deputado Eurípedes Lebrão (PMDB) relatou favorável a manutenção do veto considerando a inconstitucionalidade da matéria. No plenário, o parlamentar manteve seu posicionamento, mas foi vencido pelos colegas. Durante discussão na sessão desta terça-feira, 12, o deputado Lazinho da Fetagro (PT) pediu apoio aos parlamentares exigindo um posicionamento firme da Casa por causa do reajuste abusivo da tarifa de energia elétrica. “Não apenas pelo aumento na conta de energia, mas também pelas mazelas sociais deixadas por esses empreendimentos”, disse o deputado Jean de Oliveira (PMDB).

Na época o autor do projeto, Boabaid disse que a classe política foi irresponsável ao não exigir contrapartida das usinas e se contentar com algumas ações sociais realizadas de modo deficitário. Com lucros enormes, Jirau e Santo Antônio deixaram um legado de prejuízo social e econômico para os rondonienses, afirmou o ex-parlamentar.

Com a queda do veto, a Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, respeitando a decisão soberana do plenário, deverá transformar o projeto 1058/2018 em Lei e promulgá-la, cessando todos os privilégios fiscais, logísticos e econômicos a Jirau e Santo Antônio.
Vetos mantidos

Dois outros vetos foram votados e mantidos pela Assembleia nesta terça-feira. De autoria do ex-deputado Jesuíno Boabaid (PMN), a Casa manteve a decisão do Executivo em vetar o projeto de Lei 989/2018, proibindo telemarketing fora do horário comercial. Um segundo veto, cujo projeto foi autoria do ex-deputado Maurão de Carvalho (PMDB), também foi mantido por absoluta inconstitucionalidade. Trata-se da matéria disciplinando a recuperação de áreas de preservação permanente e reserva legal.

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PF descapitaliza cerca de R$ 1 bilhão de organização criminosa

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Nesta 3ª fase das investigações, constatou-se que a organização criminosa contava com a participação de servidores ocupantes de cargos estratégicos e de direção do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (IPAAM)
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Na manhã desta segunda-feira, 9/12, Dia Internacional Contra a Corrupção, a Polícia Federal deflagrou a Operação Expurgare, com ações simultâneas nos estados do Amazonas, Pernambuco e Rondônia. A Operação Expurgare é uma continuação da Operação Greenwashing.

Nesta 3ª fase das investigações, constatou-se que a organização criminosa contava com a participação de servidores ocupantes de cargos estratégicos e de direção do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (IPAAM). Esses servidores utilizavam suas posições para facilitar práticas ilegais, como a emissão de licenças ambientais fraudulentas, suspensão de multas e autorizações irregulares para desmatamento.

Os envolvidos já haviam sido indiciados em 2019 durante a Operação Arquimedes, que investigou crimes semelhantes. Nesta etapa, estão sendo cumpridos mandados de busca e apreensão e de prisões preventivas, expedidos pela 7ª Vara Federal Criminal da Subseção Judiciária de Manaus/AM, como parte das estratégias para desmantelar o esquema criminoso.

A Operação Greenwashing já havia revelado um esquema de fraudes fundiárias que se estendeu por mais de uma década e foi iniciado em Lábrea/AM, envolvendo a duplicação e falsificação de títulos de propriedade. Essas fraudes resultaram na apropriação ilegal de cerca de 538 mil hectares de terras públicas.

Entre 2016 e 2018, a organização criminosa expandiu suas atividades ilícitas, reutilizando títulos de propriedade e inserindo dados falsos no Sistema de Gestão Fundiária (SIGEF), com a colaboração de servidores públicos e responsáveis técnicos. Nos últimos três anos, uma nova expansão das atividades ilícitas do grupo ocorreu na região de Apuí/AM e Nova Aripuanã/AM.

Por meio das medidas já implementadas, foi possível desarticular financeiramente a organização criminosa, que resultou na descapitalização de quase R$ 1 bilhão. A Polícia Federal reforça que operações como a Expurgare são fundamentais para combater a corrupção, proteger o meio ambiente e responsabilizar os envolvidos em atividades ilícitas.

Denúncias anônimas sobre os crimes em investigação podem ser encaminhadas por meio do canal https://forms.office.com/r/UBmPaNbDxM. A PF garante o sigilo absoluto e a proteção da identidade do denunciante.

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Comunicação Social da Polícia Federal em Rondônia

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