Os abusos ocorreram nas instalações do terreiro, durante consultas privadas realizadas na “sala de búzios”, na casa das vítimas e durante trajetos no carro do pai de santo. Além disso, os crimes foram praticados por meio de mensagens de texto, vídeos e áudios privados.
Sexo e banho de cachoeira
Segundo as investigações, uma das táticas utilizadas por “Pai Du” envolvia convencer a vítima de que precisava de um “banho espiritual”, levando-a para uma cachoeira, onde ocorria o abuso.
“São relatos, documentos e áudios que formam um conjunto firme, coeso e harmônico sobre a conduta do acusado, que, de modo sistemático, valeu-se do poder de influência e temor reverencial inerente ao cargo de pai de santo para ofender a dignidade, constranger, assediar, importunar e violentar sexualmente as vítimas, que eram seus seguidores”, afirmou o juiz Andre Forato Anhe, da 1ª Vara Criminal de Hortolândia.
Eduardo Santana foi condenado a dois anos, quatro meses e dez dias de detenção em regime semiaberto por assédio sexual, e a 16 anos, três meses e 17 dias de reclusão em regime fechado pelos demais crimes. A decisão ainda cabe recurso.