Agronegócio

Armazenamento e segurança no trabalho são principais mudanças com ATeG do Senar em propriedade de grãos

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Enxergando o resultado no dia a dia, Jaber indica o Soja Plus a outros produtores.

Com mudanças direcionadas ao bem-estar e qualidade de trabalho dos funcionários, a propriedade de grãos de Jaber Júnior já enxerga os resultados promovidos pelo programa Soja Plus, na Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) do Senar/MS. Esse é o case de sucesso da série #TransformandoVidas desta semana.

“Quando começamos a fazer essas mudanças, inicialmente dá muito trabalho. Mas nós sentimos a diferença do antes e do depois. Quando o funcionário tem o instrumento, equipamento e toda a estrutura para ele, que está dando segurança e facilidade de manuseio, normalmente ele trabalha com mais eficiência e mais feliz”, relata o produtor rural.

Entre as principais orientações do técnico de campo estão as adaptações nos depósitos de defensivos agrícolas e de embalagens vazias, além de normas para a segurança do funcionário durante a execução das atividades.

“Algumas passarelas foram feitas e hoje os funcionários podem trabalhar sem risco. São estruturas novas, de acordo com o que foi instruído para a gente fazer. Todas as mudanças que nós fizemos, desde tanque de óleo diesel ao depósito dos produtos, nós procuramos seguir exatamente o que foi instruído. Nós tivemos uma assistência muito boa, o técnico que nos atende sempre teve muita paciência, porque não é fácil você mudar uma estrutura e um sistema assim de uma hora para outra”, detalha Jader.

Enxergando o resultado no dia a dia da propriedade, Jader indica o Soja Plus a outros produtores de grãos.

“O resultado foi muito positivo, então dá para indicar para que todos façam. Vale a pena. A transformação foi grande, mais do que a gente imaginava. As facilidades, as condições todas de um modo geral de trabalho, de armazenamento, de segurança. Tudo isso mudou bastante”, finaliza.

Transformando Vidas – Toda sexta-feira, o Sistema Famasul divulga uma reportagem sobre a atuação do Senar/MS e as suas transformações no campo. Confira outras histórias de sucesso no canal no YouTube, e conteúdos sobre Grãos em ‘Mercado Agropecuário’ e ‘Educação no Campo’.

Assessoria de Comunicação do Sistema Famasul – Leandro Abreu

Fonte: CNA Brasil

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Agronegócio

Ponte desaba e expõe gargalos logísticos para o escoamento da safra

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O desabamento da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, no último domingo (22.12), trouxe à tona os problemas crônicos da infraestrutura logística brasileira. A estrutura, que conectava os municípios de Estreito (MA) e Aguiarnópolis (TO), desmoronou sobre o rio Tocantins, provocando uma tragédia com uma morte confirmada e pelo menos 14 pessoas desaparecidas. Caminhões que transportavam ácido sulfúrico e herbicidas também caíram no rio, levando as prefeituras a emitirem alertas sobre contaminação da água.

O acidente ocorre em um momento crítico para o agronegócio nacional. O Brasil deve alcançar uma safra recorde de 322,53 milhões de toneladas de grãos em 2024/25, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Este aumento de 8,2% em relação à safra anterior reflete o crescimento da produção de soja e milho, mas evidencia os desafios logísticos de um setor cada vez mais pressionado por gargalos estruturais.

A ponte Juscelino Kubitschek estava localizada na região do Matopiba, uma das áreas de maior crescimento do agronegócio no Brasil, englobando os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. Nos últimos dez anos, a produção de grãos na região aumentou 92%, saltando de 18 milhões de toneladas em 2013/14 para 35 milhões em 2024.

Essa expansão, no entanto, tem sobrecarregado a infraestrutura local. O intenso tráfego de cargas pesadas, principalmente de fertilizantes e grãos, contribuiu para o desgaste da ponte, que já apresentava rachaduras e denúncias de negligência na manutenção.

Além de afetar a segurança da população, o desabamento representa um entrave significativo ao escoamento da safra. Os portos do Arco Norte, responsáveis por 35,1% das exportações de grãos em outubro de 2024, são fundamentais para o agronegócio brasileiro. A interdição da ponte pode impactar negativamente a logística de transporte para esses portos, aumentando custos e atrasos.

O transporte de fertilizantes também está em alta, com as importações alcançando 4,9 milhões de toneladas em outubro, um crescimento de 5,9% em relação ao mês anterior. Essa demanda reforça a necessidade de investimentos em infraestrutura para evitar colapsos como o ocorrido no rio Tocantins.

Entidades do agronegócio, como a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), destacam que episódios como este evidenciam a urgência de investimentos em infraestrutura. “O crescimento do agronegócio brasileiro depende diretamente de uma logística eficiente. A tragédia no rio Tocantins é um alerta para a necessidade de modernização das rotas de transporte e manutenção das estruturas existentes”, afirma a CNA em nota.

O Ministério dos Transportes já anunciou a abertura de uma sindicância para investigar o desabamento e prometeu reconstruir a ponte em 2025. Enquanto isso, o setor agropecuário pede soluções imediatas, como rotas alternativas e a implementação de medidas para mitigar os impactos sobre a logística da safra.

Embora críticas à expansão do agronegócio tenham ganhado destaque após o acidente, é crucial equilibrar o debate. O setor é um pilar da economia nacional, responsável por 25% do PIB e por grande parte das exportações brasileiras. Investir em infraestrutura adequada e eficiente não é apenas uma questão de atender às demandas do agronegócio, mas de assegurar que o crescimento econômico venha acompanhado de segurança, sustentabilidade e benefícios para toda a sociedade.

O desafio agora é transformar essa tragédia em um ponto de virada, priorizando investimentos estratégicos que garantam a competitividade do agronegócio no mercado global, sem negligenciar a segurança das comunidades locais e a preservação ambiental.

Fonte: Pensar Agro

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