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CHÁ COM ELAS: Líder indígena rondoniense afirma que mulheres indígenas vivem em condição de invisibilidade na sociedade

Rondônia

 

Txai Suruí falou em evento do TRT-14 sobre as principais dificuldades enfrentadas pelas mulheres indígenas em busca da igualdade de direitos

 

O 3º dia do evento Chá com Elas, coordenado pela Escola Judicial do Tribunal Regional do Trabalho da 14ª Região (Ejud-14) contou com a participação da ativista indígena Txai Suruí, que falou sobre as lutas das mulheres indígenas na sociedade atual. Txai foi a primeira indígena brasileira a discursar na abertura da Conferência da Cúpula do Clima (COP26) da Organização das Nações Unidas (ONU).

 

>> Assista a palestra na íntegra

 

Txai Suruí frisou que as mulheres indígenas vivem em uma condição de invisibilidade. “As mulheres querem ocupar diversos espaços na estrutura social, mas precisamos provar o dobro para termos espaço”, disse. Segundo ela, o que as mulheres indígenas desejam e buscam são melhores condições de vida para seu povo. “Queremos acesso à educação de qualidade, melhores condições de vida para nossos filhos, salários iguais, andar tranquilamente na rua”, pontuou.

 

As mulheres indígenas, segundo Txai, querem ter direito de acesso a toda a estrutura social como universidade, política, quadro funcional público. “Ainda somos muito invisibilizadas. Na universidade, quando eu entrei, eu era a única aluna indígena cursando direito. Isso demonstra como estamos longe e precisamos alcançar muito mais. Muitas pessoas criticam as cotas. Com elas nós temos muita dificuldade de acesso, imagina sem elas”, explicou.

 

Sobre a data alusiva ao dia da Mulher, Txai enfatizou que o dia 8 de março não é de comemoração, mas de luta sobre os direitos das mulheres. Citou ainda a representatividade das mulheres em pautas emergentes como as manifestações contrárias à flexibilização do uso de agrotóxicos no país. “A maioria das pessoas envolvidas nos movimentos indígenas são mulheres. A participação na Conferência da Cúpula do Clima (COP) e Movimento da Juventude Indígena de Rondônia tem composição majoritariamente de mulheres”.

 

O ministro Lelio Bentes, do Tribunal Superior do Trabalho (TST), prestigiou o evento e ressaltou que a população indígena luta diariamente pela efetivação de seus  direitos no país. “Lutam pelo direito à educação, à saúde, à terra, à vida. Esta luta não exclui uma outra dimensão que é a luta pela efetivação desses mesmos direitos que estão garantidos por leis e tratados internacionais”, registrou.

 

A presidente do Tribunal Regional do Trabalho 14ª Região (RO/AC) e diretora da Ejud-14, desembargadora Maria Cesarineide de Souza Lima, agradeceu a participação de Txai Suruí no vento Chá com Elas e afirmou que ” poucas são as vozes que falam pela amazônia, mas a esperança é representada pela nossa convidada que traz no nome uma força. Essa sua luta vai além das nossas pernas”, afirmou.

 

Cesarineide ponderou ainda sobre a acessibilidade à Justiça do Trabalho. “Precisamos que o magistrado tenha um olhar diferenciado sobre a acessibilidade, principalmente quando envolve a questão trabalhista. O público que chega ao nosso tribunal é diverso e precisamos assegurar acesso igualitário a todos”, frisou.

Programação

 

Nesta quinta-feira (10) a programação contará com a presença da doutora em Pesquisa e Clínica em Psicanálise, a psicóloga Ana Suy Sesarino, com a palestra: “Mulher, mãe e Identidade”. O evento será transmitido ao vivo no canal da Escola Judicial no YouTube (acesse aqui).

 

Secom/TRT14 (Munique Furtado)

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Pioneirismo na Região Norte: Governo de RO lança Comitê de Equidade no SUS

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O lançamento do Comitê aconteceu no Iespro, em Porto Velho

O lançamento do primeiro Comitê de Equidade de Gênero, Raça, Etnia e Valorização das Trabalhadoras do Sistema Único de Saúde (SUS) ocorreu  na sexta-feira (20), no auditório do Instituto Estadual de Educação em Saúde Pública de Rondônia (Iespro). A criação foi oficializada pela Portaria nº 5318, de 09 de agosto de 2024, com o objetivo de promover e monitorar políticas e ações que assegurem a equidade de gênero, raça e etnia, além de valorizar as trabalhadoras no âmbito do SUS.

O Comitê integra o programa nacional coordenado pela Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde (SGTES/MS), que visa enfrentar desigualdades de gênero e raça, promovendo políticas públicas para combater as desigualdades sociais no Brasil.

O Secretário de Estado da Saúde, Jefferson Rocha, destacou a importância da iniciativa para os profissionais do setor. “Este comitê reforça o compromisso do governo do estado em combater desigualdades históricas e promover o respeito e a dignidade no ambiente de trabalho. É preciso cuidar dos profissionais para que possamos oferecer o melhor de nós à população”, afirmou.

Para o governador de Rondônia, Marcos Rocha, a criação do Comitê é um marco que beneficia tanto os profissionais de saúde quanto a população rondoniense, fortalecendo a construção de políticas públicas que priorizam a equidade e o bem-estar de todos.

COMPETÊNCIAS DO COMITÊ 

I – Desenvolver e implementar políticas e estratégias para promover a equidade de gênero, raça e etnia no ambiente de trabalho do SUS em Rondônia;

II – Elaborar e monitorar planos de ação que valorizem as trabalhadoras, assegurando condições dignas de trabalho, saúde e bem-estar;

III – Realizar campanhas de conscientização e capacitação sobre equidade de gênero, raça, etnia e valorização das trabalhadoras para servidores e gestores do SUS;

IV – Monitorar e avaliar as condições de trabalho e saúde das trabalhadoras do SUS, identificando desigualdades e propondo soluções;

V – Promover a participação ativa das trabalhadoras na formulação e implementação de políticas de saúde, garantindo representatividade de gênero, raça e etnia;

VI – Assegurar canais de denúncia e suporte para trabalhadoras que enfrentem discriminação, assédio ou violência no ambiente de trabalho.

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Fonte: Governo RO

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