Cidade dos mosquitos
A nossa Capital vem sendo castigada mais pelo descaso público do que pelas águas de um inverno manso e previsível. Mesmo assim, as ruas transbordam e invadem casas bastam dez minutos de chuva um pouco mais grossa.
Nos bairros periféricos e nas invasões urbanas o quadro é pior. Além de lagoas e atoleiros que impedem o tráfego até de bicicleta, o lixo e o matagal tomam conta da pouca área enxuta que resta. Um castigo para as pessoas.
Para completar o cenário caótico, um pequeno intervalo de sol e calor, é o suficiente para as casas serem invadidas por nuvens de mosquitos que infernizam a vida das pessoas com suas picadas peçonhentas e uma coceira irresistível, que empola e avermelha a pele. Nos alérgicos, o resultado é muito ruim.
Mas o pior mesmo é que o carapanã e os outros mosquitos podem estar infectados com o Zica, Dengue, Chicungunha ou malária. Ou até mesmo a febre amarela. Quaisquer destas possibilidades causam transtornos e sofrimentos. Na melhor hipótese, levam nosso sangue e o nosso humor.
Só tem um remédio imediato: camadas de repelente sobre a pele e outro tanto de veneno borrifado no ambiente doméstico. Para trabalhar sossegado no meu pequeno escritório, tenho que passar o veneno e dá um tempo.
E é assim, na casa do rico e do pobre. Mesmo em ambiente fechado, com ar-condicionado. No teatro, no consultório médico e nos hospitais e até no gabinete do prefeito e do governador se é atacado pelo carapanã e seus parentes.
Fagueiro e ameaçador, com sua agulhinha infalível e uma sede feroz de sangue, o mosquito canta no nosso pé de ouvido uma musiquinha irritante, que nos faz dá um tapa no pé da lata para nos livrar do incômodo.
É verdade: estamos na Amazônia onde o clima tropical úmido é tudo de que necessitam para procriar. Mas nós precisamos ajudá-los a se multiplicarem geometricamente para nos atacar? Acho que não. Mas é o que fazemos e deixamos fazer.
Vejam como somos pródigos com o mosquito! Ruas cheias de lixo e de mato. Dos arredores dos palácios dos poderes executivos, legislativo e judiciário, na região central da cidade, até o final das grandes avenidas já na área rural.
Salvo as exceções, eu não limpo meu quintal nem a frente da minha casa; a prefeitura não limpa a frente nem o fundo dos seus prédios; o estado também
não e o poderes judiciários idem, idem. A Câmara Municipal e a Assembleia Legislativa, cujos membros tem o dever de fiscalizar as ações de combate aos mosquitos, não fiscalizam por estarem interessados em outros assuntos, não cobram nem limpam suas edificações na frente ou atrás.
Aí, o comerciante e o industrial, o vendedor ambulante e o camelô, jogam os dejetos de sua atividade econômica a onde? Na rua. É só passar no ambiente deles e ver. Está lá, na calçada, tomando o espaço do pedestre, montanhas de lixo, caixas, papelões, sacos rasgados pelos cães famintos que a prefeitura não recolhe. Sujeira de toda sorte.
E o mutirão de limpeza, única ação de benefício direto ao público entre as 12 anunciadas pelo novo prefeito, Hildon Chaves, ainda não apareceu, embora já decorrido uma semana do anúncio. A cidade dos mosquitos que nem placa de rua tem, vai muito bem, sim senhor.
OsmarSilva – Jornalista – Presidente da AIRON-Associação da Imprensa de Rondônia – [email protected]
TCE/RO
Divulgado calendário de sessões plenárias do TCE-RO para 2025
O Tribunal de Contas de Rondônia (TCE-RO) divulgou o calendário com o cronograma completo das sessões plenárias para o exercício 2025.
As atividades serão retomadas no mês de fevereiro, contemplando a 1ª e a 2ª Câmaras, o Pleno e o Conselho Superior de Administração.
Estão mantidas, na programação, a realização das sessões telepresenciais, nos moldes da Resolução n. 319/2020/TCE-RO, e também das sessões virtuais, instituídas pela Resolução n. 298/2019/TCE-RO.
Assim, de acordo com a programação, os trabalhos da 1ª Câmara serão abertos no dia 4 de fevereiro, com sessão ordinária telepresencial. Já no dia 5 de fevereiro reiniciam-se as atividades da 2ª Câmara, com sessão telepresencial.
Os trabalhos do Pleno em 2024 serão abertos com sessão virtual, programada para o período de 10 a 14 de fevereiro.
O Conselho Superior, por sua vez, abre o calendário de sessões no dia 17 de fevereiro, com sessão virtual.
Além dos conselheiros, as reuniões dos órgãos julgadores do TCE contam, sempre, com a presença de representante do Ministério Público de Contas (MPC).
As sessão ocorrem no Plenário Conselheiro Zizomar Procópio de Oliveira, no prédio-anexo do TCE, com transmissão ao vivo no canal do TCE-RO no YouTube.
Todas as pautas são publicadas no Diário Eletrônico da Corte e disponibilizadas, em sua íntegra, no portal do Tribunal de Contas.
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