Agronegócio

CNA apresenta propostas do setor para a Reforma Tributária

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Brasília (09/02/2022) – A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) se reuniu com o senador Roberto Rocha (PSDB/MA), relator da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 110/2019, que trata da reforma tributária no Senado Federal.

No encontro com o parlamentar, realizado na terça (8), a CNA apresentou as principais preocupações do setor sobre o tema, além de sugestões para garantir segurança jurídica ao setor agropecuário brasileiro.

Segundo o coordenador do Núcleo Econômico da CNA, Renato Conchon, os principais pontos citados foram a garantia de que a carga tributária do setor não se eleve com a aprovação da reforma e a dificuldade operacional de regularização que os produtores rurais terão diante das novas exigências aos contribuintes.

“Não há dúvidas sobre a necessidade de aprovação de uma reforma tributária que simplifique processos e garanta segurança jurídica aos contribuintes”, disse.

Para Conchon, o Congresso Nacional deve ter um olhar diferenciado para o setor agropecuário. “Não podemos comprometer a competitividade do setor no Brasil, que é o terceiro maior exportador de alimentos do mundo, com uma reforma que amplie a carga tributária e aumente os custos de produção”.

Durante a reunião, o senador Roberto Rocha falou da importância do setor para a economia brasileira e que o objetivo do texto é destravar os problemas tributários que afligem o país há mais de 50 anos. Segundo ele, a intenção é de que o texto seja votado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado nas próximas semanas.

Participaram do encontro representantes do Instituto Pensar Agropecuário (IPA) e da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA).

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Fonte: CNA Brasil

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Feito histórico: agronegócio de Minas Gerais supera a mineração

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O agronegócio de Minas Gerais – Estado tradicionalmente conhecido por sua forte base mineral (o próprio nome do Estado revela essa origem) – alcançou um feito histórico em 2024: superou o setor de mineração nas exportações.

Entre janeiro e novembro, as exportações do agronegócio mineiro somaram R$ 100,1 bilhões (US$ 15,7 bilhões), superando em 3% o valor registrado pela mineração, que alcançou R$ 92,5 bilhões (US$ 14,5 bilhões). Com esse desempenho, o agronegócio representou 40,7% do total exportado pelo estado, com um crescimento de 19% na receita e 9% no volume de produtos, alcançando 16 milhões de toneladas embarcadas.

O café, a carne bovina e os produtos do complexo sucroalcooleiro continuam sendo os principais destaques nas exportações mineiras. Contudo, a diversificação da pauta exportadora tem sido um fator decisivo para este avanço. Produtos como sementes (milho, girassol e rícino), queijos, iogurte, leite condensado, batatas preparadas, e itens exóticos como água de coco, inhame, azeitonas e cogumelos começaram a ganhar expressiva participação no mercado internacional.

Embora o crescimento das exportações do agronegócio mineiro seja um reflexo da maior eficiência produtiva, o desafio logístico permanece como um ponto crítico. A necessidade de otimizar o escoamento da produção de 16 milhões de toneladas exige melhorias na infraestrutura de transporte. O setor agropecuário enfrenta custos elevados com frete, principalmente devido a gargalos nas rodovias, ferrovias e portos, que ainda não são totalmente adequados para suportar o volume crescente de cargas.

A interligação das regiões produtoras com os portos mais estratégicos é uma questão vital. A agilidade no escoamento de produtos e a redução dos custos logísticos são fundamentais para garantir a competitividade no mercado internacional, principalmente diante do crescente volume de exportações.

A diversificação da pauta exportadora também está refletida nos mercados que compram os produtos mineiros. Em 2024, 169 países importaram produtos do agronegócio mineiro, com a China se destacando como o maior destino das exportações, totalizando R$ 24,9 bilhões (US$ 3,9 bilhões).

Em seguida, Estados Unidos, Alemanha, Bélgica e Itália figuram entre os maiores compradores. Esses números indicam o potencial de ampliação do mercado para produtos brasileiros, especialmente quando se considera que mercados como a Indonésia, Filipinas e países da África apresentam grande potencial de crescimento para os próximos anos.

O cenário é promissor, mas o setor precisa continuar investindo em inovação e na sustentabilidade. Soluções como a utilização de bioinsumos e práticas de produção sustentável têm se destacado, contribuindo para a eficiência no campo e tornando os produtos brasileiros ainda mais competitivos internacionalmente.

Porém, o progresso logístico e a ampliação da infraestrutura de transporte, com foco no aumento da capacidade de escoamento das safras e na redução de custos, são passos essenciais para garantir que o agronegócio de Minas Gerais siga crescendo, não apenas em volume, mas também em valor.

O agronegócio mineiro está consolidado como um dos principais motores econômicos do estado, com exportações que superam os R$ 100 bilhões em 2024. A diversificação de produtos e mercados, aliada à busca por soluções logísticas mais eficientes e sustentáveis, coloca Minas Gerais em uma posição estratégica para fortalecer ainda mais seu papel no cenário global do agronegócio. Para que isso aconteça, no entanto, é crucial que investimentos em infraestrutura logística sigam acompanhando o ritmo de crescimento da produção e das exportações.

Fonte: Pensar Agro

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