Agronegócio

CNA debate condições do clima para segunda safra de grãos

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Brasília (15/03/2022) – A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) promoveu, na terça (15), a live “Agropecuária e Clima: o que esperar para a segunda safra?”.

O encontro foi moderado pelo coordenador de Produção Agrícola da CNA, Maciel Silva, e contou com a participação do meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Francisco de Assis Diniz; da superintendente de Informações Agropecuárias da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Candice Mello Romero Santos; e do diretor do Departamento de Gestão de Riscos do Ministério da Agricultura, Pedro Loyola.

Segundo Maciel Silva, as adversidades climáticas vêm castigando o produtor brasileiro nos últimos anos. Excesso de chuvas, déficit hídrico e o fenômeno La Niña afetaram o rendimento das safras e trouxeram fortes prejuízos para culturas como soja, milho 1ª safra e feijão 1ª safra.

Diante desse cenário, as projeções de produção vêm sendo frequentemente revistas para baixo. O último levantamento da Conab para a safra 2021/22 estima uma produção de 265,7 milhões de toneladas, 25,4 milhões a menos que as estimativas feitas em dezembro de 2021.

“O prejuízo dos produtores rurais com a quebra de safra de grãos soma, até o momento, R$ 91,85 bilhões. Em termos de volume, a redução do potencial é de 29,9 milhões de toneladas por conta das adversidades climáticas”, afirmou.

O meteorologista do Inmet falou sobre as perspectivas climáticas para as próximas semanas, principalmente para a segunda safra. Francisco Diniz também analisou dados do monitoramento de chuvas, temperaturas, previsões de médio e longo prazo e a situação do fenômeno La Niña.

Candice apresentou os números do último levantamento da safra 2021/2022, divulgado pela Conab no dia 10 de março. Ela trouxe informações sobre a produção brasileira de grãos (soja, milho, arroz, trigo, feijão e algodão) e avaliou os impactos do clima para o rendimento das safras.

O diretor do Ministério da Agricultura fez um panorama sobre as contratações de seguro rural e destacou as ações previstas para o Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR) e o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc) em 2022. Outro ponto reforçado por Loyola foi a importância desses instrumentos para a gestão de risco da agropecuária.

“As duas opções do produtor são reter o risco 100% e apostar contra o clima ou compartilhar parte do risco adquirindo uma ferramenta de mitigação de perdas, ou seja, o seguro agrícola. Uma coisa é certa: o produtor do futuro que não fizer gestão de risco, não ficará na atividade”, disse.

Assessoria de Comunicação CNA
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Fonte: CNA Brasil

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Agronegócio

“Soja Legal” da Aprosoja-MT recebe certificação de boas práticas agrícolas

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O agronegócio brasileiro tem alcançado avanços significativos na adoção de boas práticas agrícolas por meio de iniciativas reconhecidas e certificadas. Um dos programas de destaque é o Soja Legal, desenvolvido pela Associação dos Produtores de Soja e Milho do Mato Grosso (Aprosoja-MT).

A iniciativa tem como objetivo capacitar proprietários rurais para implementar práticas que assegurem a conformidade em áreas como qualidade de vida no campo, gestão consciente da água, gerenciamento de resíduos, práticas agrícolas sustentáveis, adequação ao Código Florestal, viabilidade econômica da produção e qualidade do produto.

Ao longo de 2024, o Ministério da Agricultura reconheceu cinco programas de certificação de boas práticas agrícolas, alinhados à nova regra para concessão de descontos em financiamentos rurais voltados a médios e grandes produtores. Esse reconhecimento se soma a outras seis iniciativas aprovadas em 2022 e 2023, fortalecendo a adesão a práticas sustentáveis no setor.

Atualmente, o Soja Legal conta com a participação de 1.250 produtores rurais, dos quais 700 já possuem o selo de conformidade. Além disso, outros 85 agricultores estão em processo de cadastro e, assim que o sistema estiver em pleno funcionamento, estarão aptos a obter descontos em financiamentos. Os demais participantes serão integrados progressivamente.

A expectativa é de que os contratos de financiamento com descontos ganhem maior adesão nos próximos meses, especialmente a partir de abril ou maio, quando os produtores iniciam novos ciclos de crédito. Esse tipo de incentivo busca reconhecer as práticas ambientais e sociais adicionais adotadas pelos produtores, promovendo um modelo de produção mais responsável e alinhado à legislação ambiental.

Além do Soja Legal, outros programas também têm recebido destaque no cenário nacional. Entre eles estão os currículos de Sustentabilidade do Cacau e do Café, desenvolvidos pela P&A Ltda, o Certifica Minas Café, promovido pela Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, o Selo Mip Experience, coordenado pela PROMIP Manejo Integrado de Pragas Ltda, e o Boas Práticas Agrícolas IBS, do Instituto BioSistêmico (IBS). Esses programas foram incorporados ao conjunto de iniciativas reconhecidas em anos anteriores, demonstrando o compromisso do setor com a sustentabilidade.

Os programas avaliados no segundo semestre de 2024 agregaram mais 900 produtores rurais à lista de potenciais beneficiários de descontos em financiamentos. Entre os destaques estão o Programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR) e o Programa Algodão Brasileiro Responsável para Unidades de Beneficiamento (ABR-UBA), ambos conduzidos pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa). Outros exemplos incluem o Certifica Minas, também da Secretaria de Agricultura de Minas Gerais, o Programa Selo Ambiental do Arroz Rastreado RS, desenvolvido pelo Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), e o Protocolo de Sustentabilidade Cooxupé Gerações, promovido pela Cooperativa Regional de Cafeicultores de Guaxupé Ltda.

Essas iniciativas não apenas fortalecem a competitividade do agronegócio brasileiro no mercado internacional, mas também asseguram que os produtores estejam cada vez mais alinhados às boas práticas de produção, contribuindo para a sustentabilidade ambiental, econômica e social no campo.

Fonte: Pensar Agro

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