Agronegócio

CNA debate desafios da pauta exportadora do agro brasileiro

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Brasília (25/03/2022) – A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) participou, na noite de quinta (24), do debate “Geopolítica e desafios do agro brasileiro em tempos turbulentos”, promovido pelo Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri) e pelo Insper Agro Global.

O evento foi realizado de forma híbrida e dividido em dois painéis: “Mercados e geopolítica do agro brasileiro na Eurásia” e “Desafios da pauta exportadora do agro brasileiro: diversificação e diferenciação”.

A diretora de Relações Internacionais da CNA, Sueme Mori, foi uma das debatedoras do painel que discutiu os desafios, oportunidades e estratégias para o aprimoramento da pauta exportadora por meio da diferenciação e da adição de valor aos produtos.

Ela ressaltou que é fundamental aumentar a base exportadora do Brasil para diversificar produtos e mercados. Segundo Sueme, das 31 mil empresas brasileiras que exportaram no ano passado, apenas sete mil pertencem ao agro.

“Esse número não aumenta na mesma proporção. Ele vem crescendo ao longo dos anos e a representatividade do agro vem caindo, o que é um contrassenso se pensarmos que as exportações do agro só crescem. Isso significa que estamos concentrando mais ainda em poucas empresas. O Brasil tem uma baixa cultura exportadora”, afirmou.

A diretora de Relações Internacionais da CNA destacou a importância de projetos como o Agro.BR, realizado pela CNA em parceria com a Apex-Brasil, que contribuem para aumentar a base exportadora e trazem representatividade social à produtores de cadeias menos representativas, como frutas, pescados e lácteos, por exemplo.

Outros pontos essenciais para ampliar as exportações são a abertura comercial e os acordos tarifários internacionais. Conforme Sueme, a pandemia e a guerra trouxeram à tona a questão da segurança alimentar no mundo e é preciso aproveitar esse momento para fortalecer o comércio agrícola entre os países.

“A diversificação de mercados e de produtos passa pela diversificação interna de empresas exportadoras brasileiras também. Temos o papel de aproximar o mercado externo do produtor brasileiro através de ações de capacitação, qualificação e apoio”, disse ela.

Também participaram do evento como painelistas o diplomata e ex-secretário adjunto de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, Flávio Bettarello; e o diretor institucional da Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas), Luiz Roberto Barcelos. Os moderadores foram o coordenador do Insper Agro Global e do Núcelo Agro do Cebri, Marcos Jank, e a diretora-presidente do Cebri, Julia Dias Leite.

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Fonte: CNA Brasil

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Exportações da Bahia totalizaram R$ 72,14 bilhões em 2024

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As exportações da Bahia totalizaram R$ 72,14 bilhões em 2024, um crescimento de 3,6% em relação ao ano anterior, mesmo diante de desafios globais, como a desaceleração da economia chinesa e a instabilidade nos preços das commodities. A agropecuária desempenhou papel essencial nesse resultado, contribuindo com R$ 28,42 bilhões, um aumento de 3%, mesmo com uma redução de 6,3% na produção física de grãos.

A soja e seus derivados mantiveram a liderança nas exportações agropecuárias, somando R$ 18,28 bilhões, o que representa 64,3% das vendas do setor. Apesar de uma queda de 4,2% em comparação a 2023, causada por oscilações no mercado e na demanda externa, outros produtos, como cacau, café e frutas, sustentaram o crescimento do segmento.

A China continuou como principal destino das exportações baianas, com compras de R$ 20,68 bilhões, uma alta de 4,1% em relação ao ano anterior. No total, as vendas para o bloco asiático atingiram R$ 33,88 bilhões, representando 47% das exportações do estado. Um destaque foi o aumento significativo das vendas para a Espanha, que cresceram 214,1%, totalizando R$ 3,50 bilhões, com uma pauta diversificada que incluiu soja, minério de cobre e produtos agropecuários.

A Bahia manteve sua posição como maior exportadora do Nordeste, sendo responsável por 47,2% das vendas externas da região. Esse desempenho reflete a força do agronegócio, aliada ao crescimento da indústria de transformação e da mineração, que também contribuíram para os resultados positivos.

As importações do estado, no entanto, registraram crescimento expressivo, alcançando R$ 65,69 bilhões, um aumento de 25,4% em relação a 2023. Esse avanço foi impulsionado principalmente pelas compras de combustíveis, que subiram 86% no ano, refletindo a alta demanda interna.

Para 2025, as perspectivas são otimistas. A previsão de uma safra agrícola maior que a de 2024 indica um potencial de crescimento nas exportações agropecuárias. Entretanto, fatores como a volatilidade cambial, as tensões comerciais entre China e Estados Unidos e as condições climáticas globais permanecem como desafios a serem acompanhados de perto.

O desempenho baiano reafirma a relevância do agronegócio como motor da economia regional e nacional, destacando-se como exemplo de inovação e resiliência em tempos de incertezas no cenário global.

Fonte: Pensar Agro

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