Agronegócio

CNA defende medidas orçamentárias para produtores impactados pelas secas e chuvas

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Brasília (25/02/2022) – A Secretaria Especial do Tesouro e Orçamento do Ministério da Economia publicou, na terça (22), a Portaria nº 1.666, que determinou o remanejamento de R$ 925 milhões para ações orçamentárias de subvenção na forma de equalização de taxas de juros.

Essa realocação permitiu a retomada das contratações de operações de financiamento rural subvencionado na linha de custeio do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), conforme o Ofício nº 788/2022, do Ministério da Economia, enviado às instituições financeiras.

Entretanto, as demais operações de crédito rural que demandam alguma subvenção em equalização de taxas de juros continuam suspensas até o final de março.

Na avaliação da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a medida não viabiliza as renegociações dos financiamentos dos produtores rurais que tiveram a produção severamente impactada pelas condições climáticas adversas ao longo da safra 2021/2022.

Para viabilizar a retomada das contratações de custeio para os demais produtores e dos programas de investimento, assim como as renegociações de prazos, o governo estima que são necessários mais R$ 4,7 bilhões.

Os R$ 925 milhões são provenientes das seguintes ações orçamentárias: R$ 500 milhões da subvenção econômica em operações do Programa de Financiamento às Exportações (Proex); R$ 10 milhões da subvenção econômica em operações de comercialização de produtos agropecuários; e R$ 415 milhões para a subvenção econômica para garantia e sustentação de preços na comercialização de produtos agropecuários.

Desde janeiro, a CNA tem mobilizado os parlamentares, o Ministério da Economia e o Ministério da Agricultura para que sejam implementadas medidas emergenciais para recomposição do orçamento destinado às equalizações de taxas de juros no crédito rural.

A recomposição orçamentária é uma das prioridades do Sistema CNA desde o início do ano, uma vez que a escalada da taxa Selic aumentou significativamente a necessidade de recursos para as equalizações de taxas de juros, comprometendo a disponibilidade de crédito rural nas agências bancárias.

A CNA e as Federações de Agricultura e Pecuária dos estados continuam mobilizando os parlamentares para negociar com o relator geral do Orçamento 2022, deputado Hugo Leal (PSD/RJ), e com o governo, a destinação de uma parte dos recursos da emenda de relator.

Além disso, a Confederação defende a edição urgente de uma Medida Provisória para suplementação orçamentária, visando à retomada das contratações de crédito rural em 2022, ao lançamento do Plano Agrícola e Pecuário 2022/2023 e às renegociações das operações de financiamentos dos produtores impactados pela seca e pelo excesso de chuvas.

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Fonte: CNA Brasil

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Agronegócio

Mato Grosso do Sul faz balanço positivo do setor agrícola em 2024

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O Mato Grosso do Sul apresentou um balanço dos desafios e avanços do agronegócio em 2024, que ajudaram a fortalecer a posição do Estado como um dos pilares da economia brasileira. Mesmo com adversidades climáticas e mercadológicas que impactaram as principais lavouras, o estado registra conquistas importantes que consolidam sua relevância no cenário nacional e internacional.

Segundo informações da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul) e do Sindicato Rural de Campo Grande, Rochedo e Corguinho (SRCGO) o Valor Bruto da Produção (VBP) estadual foi estimado em R$ 69,32 bilhões ano passado (os números finais ainda não foram fechados), sendo R$ 45,86 bilhões provenientes da agricultura e R$ 24,16 bilhões da pecuária. Apesar de uma retração de 23,2% no VBP total em relação a 2023, a pecuária deve apresentar crescimento de 4,9%, destacando-se como um dos segmentos mais resilientes do setor, segundo as estimativas dos especialistas.

Setor Agrícola: Desafios e Perspectivas A soja, principal produto da agricultura sul-mato-grossense, foi diretamente afetada por condições climáticas adversas e pela desvalorização no mercado internacional, contribuindo para a queda nas exportações, que somaram US$ 2,8 bilhões em 2024. No entanto, o milho consolidou seu papel estratégico com avanços significativos na produção de etanol e na manutenção do consumo interno, equilibrando os impactos negativos.

Pecuária: Crescimento e Sustentação A pecuária de corte manteve sua relevância, beneficiando-se da reabertura de mercados importantes, como a China e a União Europeia, e contribuindo para um aumento de 8% nas exportações de carne bovina. O segmento de suínos também registrou avanços expressivos, com crescimento de 20% na produção estadual, impulsionado por investimentos em defesa sanitária e expansão de cooperativas. A inauguração de uma Unidade de Disseminação de Genes no estado reforça a busca por maior eficiência e qualidade na produção.

Setor Florestal: Expansão e Liderança O estado manteve-se como o maior produtor e exportador de celulose do Brasil, com um aumento de 77,3% na receita do setor em 2024. A possível instalação de uma nova indústria de grande porte reforça o potencial de atrair investimentos e gerar empregos, consolidando Mato Grosso do Sul como referência no mercado global de celulose.

Exportações: Diversificação e Protagonismo As exportações do agronegócio somaram US$ 9,5 bilhões em 2024, abrangendo 147 países. A China manteve-se como principal destino, seguida pelos Estados Unidos e países europeus. A diversificação de mercados, aliada à expectativa de um acordo de livre comércio entre Mercosul e União Europeia, promete impulsionar ainda mais as relações comerciais do estado.

Sustentabilidade e Inovação Com ações voltadas à adoção de boas práticas agrícolas e avanços tecnológicos, o setor agropecuário de Mato Grosso do Sul reafirma seu compromisso com a sustentabilidade e a produção responsável. Essa combinação de resiliência, planejamento estratégico e colaboração entre os diversos atores do agronegócio projeta um futuro de crescimento consolidado e oportunidades para o estado.

Fonte: Pensar Agro

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