Agronegócio
Com a ATeG o produtor é assistido desde a produção até a comercialização
Agronegócio
Com o objetivo de atender os produtores rurais oferecendo um modelo de gestão e operação que engloba todos os processos da atividade produtiva na propriedade de forma continuada e gratuita, o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso (Senar-MT), passou a oferecer a Assistência Técnica e Gerencial (ATeG). Já são mais de 2 mil propriedades atendidas. Quer participar? Procure o Sindicato Rural do seu município e demande o atendimento. Veja abaixo os benefícios e requisitos:
Como funciona a Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) na propriedade?
É realizada em cinco etapas que abrangem todo o processo ao ser aplicado no desenvolvimento da propriedade rural. O produtor receberá assistência contínua que inclui: diagnóstico produtivo individualizado, planejamento estratégico e adequação tecnológica, capacitação profissional complementar, avaliação sistemática de resultados,
Um produtor assistido pela ATeG, do Senar-MT tem direito a que?
– Acompanhamento personalizado, gratuito, individual e mensal.
– Profissionais capacitados para atuarem na gestão, manejo, reprodução, sanidade, instalações e nutrição.
– Dicas para melhorar a gestão da propriedade.
– Material de apoio.
– Orientação para implantar e alimentar indicadores produtivos, econômicos e zootécnicos.
– Acompanhamento mensal por um software específico (Sisateg).
– Participação em eventos e cursos técnicos.
Programas – A ATeG do Senar-MT está em plena expansão, confira o que é necessário para ser assistido:
ATeG Leite – o produtor tem atendimento individualizado do técnico de campo de quatro horas por mês. O número ideal de propriedades para ser atendida nesta cadeia produtiva é de 30 propriedades.
Requisitos para participação
– Ser maior de 18 anos
– Ser alfabetizado
– Ter produção de no mínimo 50 litros de leite por dia
– Tem que ter o Cadastro Ambiental Rural (Car), cadastro do produtor que inclui IE, Indea, Sefaz, CCIR, Car e/ou Dap
– Ideal realizar comercialização formal
– Ter a bovinocultura de leite como fonte de renda na propriedade
ATeG Corte – o produtor tem atendimento individualizado de oito horas por mês. O número ideal de propriedades por grupo para esta cadeia produtiva é de 15 propriedades.
Requisitos para participação
– Ser maior de 18 anos e alfabetizado
– Ter no mínimo 100 animais na propriedade
– Realizar atividade de cria, recria, terminação ou o ciclo completo com foco comercial.
– Possuir Autorização Prévia de Funcionamento (APF)
– Possuir Cadastro Ambiental Rural (Car) e cadastro de produtor rural que inclui Indea, Sefaz, CCIR, Car e/ou Dap
– Ideal realizar comercialização formal
– Ter a bovinocultura de corte como fonte de renda na propriedade
ATeG Fruticultura – o produtor tem atendimento individualizado de quatro horas por mês. O número ideal de propriedades por grupo para ser atendido nesta cadeia produtiva é de no mínimo 15 e no máximo 30 propriedades.
Requisitos para participação
– Ser maior de 18 anos e alfabetizado
– Possuir Cadastro Ambiental Rural (Car) e cadastro de produtor rural que inclui IE, Indea, Sefaz, CCIR, Car e/ou Dap
– Ideal realizar comercialização formal
– Ter a fruticultura como fonte de renda na propriedade
ATeG Olericultura – o produtor tem atendimento individualizado de duas horas a cada 15 dias. O número ideal de propriedades por grupo para ser atendido nesta cadeia produtiva é de 20 propriedades.
Requisitos para participação
– Ser maior de 18 anos e alfabetizado
– Possuir Cadastro Ambiental Rural (Car) e cadastro de produtor rural que inclui IE, Indea, Sefaz, CCIR, Car e/ou Dap)
– Ideal realizar comercialização formal
– Ter a olericultura como fonte de renda na propriedade
ATeg Piscicultura – o produtor recebe atendimento individualizado de quatro horas por mês. O número ideal de propriedades por grupo para ser atendido nesta cadeia produtiva é de no mínimo 15 e máximo 30
Requisitos para participação
– Ser maior de 18 anos e alfabetizado
– Possuir Cadastro Ambiental Rural (Car) e de cadastro de produtor rural que inclui IE, Indea, Sefaz, CCIR, Car e/ou Dap
– Ideal realizar comercialização formal
– Ter a piscicultura como fonte de renda na propriedade
Agronegócio
Ponte desaba e expõe gargalos logísticos para o escoamento da safra
O desabamento da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, no último domingo (22.12), trouxe à tona os problemas crônicos da infraestrutura logística brasileira. A estrutura, que conectava os municípios de Estreito (MA) e Aguiarnópolis (TO), desmoronou sobre o rio Tocantins, provocando uma tragédia com uma morte confirmada e pelo menos 14 pessoas desaparecidas. Caminhões que transportavam ácido sulfúrico e herbicidas também caíram no rio, levando as prefeituras a emitirem alertas sobre contaminação da água.
O acidente ocorre em um momento crítico para o agronegócio nacional. O Brasil deve alcançar uma safra recorde de 322,53 milhões de toneladas de grãos em 2024/25, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Este aumento de 8,2% em relação à safra anterior reflete o crescimento da produção de soja e milho, mas evidencia os desafios logísticos de um setor cada vez mais pressionado por gargalos estruturais.
A ponte Juscelino Kubitschek estava localizada na região do Matopiba, uma das áreas de maior crescimento do agronegócio no Brasil, englobando os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. Nos últimos dez anos, a produção de grãos na região aumentou 92%, saltando de 18 milhões de toneladas em 2013/14 para 35 milhões em 2024.
Essa expansão, no entanto, tem sobrecarregado a infraestrutura local. O intenso tráfego de cargas pesadas, principalmente de fertilizantes e grãos, contribuiu para o desgaste da ponte, que já apresentava rachaduras e denúncias de negligência na manutenção.
Além de afetar a segurança da população, o desabamento representa um entrave significativo ao escoamento da safra. Os portos do Arco Norte, responsáveis por 35,1% das exportações de grãos em outubro de 2024, são fundamentais para o agronegócio brasileiro. A interdição da ponte pode impactar negativamente a logística de transporte para esses portos, aumentando custos e atrasos.
O transporte de fertilizantes também está em alta, com as importações alcançando 4,9 milhões de toneladas em outubro, um crescimento de 5,9% em relação ao mês anterior. Essa demanda reforça a necessidade de investimentos em infraestrutura para evitar colapsos como o ocorrido no rio Tocantins.
Entidades do agronegócio, como a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), destacam que episódios como este evidenciam a urgência de investimentos em infraestrutura. “O crescimento do agronegócio brasileiro depende diretamente de uma logística eficiente. A tragédia no rio Tocantins é um alerta para a necessidade de modernização das rotas de transporte e manutenção das estruturas existentes”, afirma a CNA em nota.
O Ministério dos Transportes já anunciou a abertura de uma sindicância para investigar o desabamento e prometeu reconstruir a ponte em 2025. Enquanto isso, o setor agropecuário pede soluções imediatas, como rotas alternativas e a implementação de medidas para mitigar os impactos sobre a logística da safra.
Embora críticas à expansão do agronegócio tenham ganhado destaque após o acidente, é crucial equilibrar o debate. O setor é um pilar da economia nacional, responsável por 25% do PIB e por grande parte das exportações brasileiras. Investir em infraestrutura adequada e eficiente não é apenas uma questão de atender às demandas do agronegócio, mas de assegurar que o crescimento econômico venha acompanhado de segurança, sustentabilidade e benefícios para toda a sociedade.
O desafio agora é transformar essa tragédia em um ponto de virada, priorizando investimentos estratégicos que garantam a competitividade do agronegócio no mercado global, sem negligenciar a segurança das comunidades locais e a preservação ambiental.
Fonte: Pensar Agro
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