Agronegócio

Comissões Nacionais da CNA são presididas por lideranças de MT

Agronegócio


A Comissão Nacional de Bovinocultura de Corte da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) será presidida pelo vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) e superintendente do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-MT), Francisco Olavo Pugliesi de Castro, conhecido como Chico da Pauliceia. A definição dos presidentes e vices de Comissões Nacionais foi anunciada no dia 25 de março. O novo presidente ocupava o cargo de vice na gestão anterior.

Chico da Pauliceia é produtor de gado de corte em Mato Grosso, faz parte da terceira geração de selecionadores de bovinos nelore P.O. e também confinador de bovinos. Chico é médico veterinário, Conselheiro da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) há mais de 20 anos. Já atuou como presidente do Sindicato Rural de Rondonópolis e vice-presidente da Associação dos Criadores de Nelore do Mato Grosso (ACNMT).

“A representatividade no meio rural é um dos alicerces da pecuária brasileira. E Mato Grosso tem um papel importantíssimo na produção agropecuária do país. É uma responsabilidade importante para o nosso setor assumir a presidência desta Comissão, que promove a atividade de bovinocultura de corte, trabalha para aumentar a rentabilidade do produtor, propõe ações para fortalecer o setor, auxilia na construção de projetos e políticas públicas, assim como promove internacionalmente o agronegócio brasileiro”, destacou Chico da Pauliceia.

A comissão coordena as ações relacionadas ao fortalecimento da atividade, representando os produtores e promovendo articulações com os poderes Executivo, Legislativo e demais órgãos relacionados ao setor. Além disso, possui uma participação ativa em fóruns, Câmara Setorial e Grupos de Trabalho. É formada pelo presidente, vice-presidente e os membros, compostos pelos representantes das Federações, instituições como a Embrapa, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), além de associações de raça e criadores.

Em 2021, a comissão foi destaque pela criação de protocolo privado para produção de bezerros, agregação de valor da carne bovina e impugnação do pleito de tutela do pedido de suspensão das atividades de exportação de animais vivos em território brasileiro. Em relação ao crédito rural, a CNA solicitou ao Mapa medidas emergenciais visando proteger a margem do produtor confinador, extensão da área livre de febre aftosa sem vacinação, entre outras ações que fortaleceram o setor.

Mato Grosso também tem representante na Comissão Nacional de Cereais, Fibras e Oleaginosas. O produtor rural Ricardo Manoel Arioli foi reconduzido ao cargo de presidente.

Arioli é produtor de soja, milho, algodão e girassol na região de Campo Novo dos Parecis, em Mato Grosso. Formado em agronomia pela Universidade Federal de Santa Maria, emigrou da região de Passo Fundo, no Rio Grande do Sul, e há 35 anos produz no Centro-Oeste. Desde 2018 é membro do Comitê Estratégico Soja Brasil.

A Comissão Nacional de Cereais, Fibras e Oleaginosas da CNA conta com 50 membros de todos os principais estados produtores. Participam da Comissão os representantes das Federações, associações de produtores e a Embrapa.

“A contribuição da agricultura fortalece o país. Aumentar a produção brasileira de forma sustentável é o nosso compromisso. E a Comissão Nacional de Cereais, Fibras e Oleaginosas tem um papel fundamental nesse processo, por tanto é uma honra e um grande desafio para mim enquanto produtor rural presidir esta comissão e representar Mato Grosso no cenário nacional”, disse Arioli.

A comissão trabalha na mensuração, gestão de risco e regulamentação de novos eventos transgênicos resistentes a herbicidas no Brasil, faz o posicionamento em defesa ao produtor no CADE sobre o novo sistema de cobrança de royalties de soja, novo calendário de plantio da soja e ajustes no Programa Nacional de Controle de Ferrugem Asiática. Além disso, faz a revisão do Padrão de Classificação da soja, apoia a regulamentação e incentiva a produção de bioinsumos, estrutura a cadeia produtiva e amplia a competitividade dos pulses, busca pela autonomia na produção de trigo e melhoria nos contratos de venda antecipada.

Fonte: CNA Brasil

COMENTE ABAIXO:
Propaganda

Agronegócio

Supremo agenda julgamento da lei de Mato Grosso que retira benefícios fiscais

Publicados

em

Deve acontecer entre os dias 14 e 21 do próximo mês o julgamento virtual da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 7.774 pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A ação questiona a constitucionalidade da lei estadual 12.709/24, do Mato Grosso, que retira benefícios fiscais de empresas que aderem a compromissos ambientais mais restritivos que os previstos no Código Florestal, como a Moratória da Soja.

SAIBA MAIS CLICANDO AQUI

A ADI foi apresentada por grupos contrários à legislação, que alegam que a norma pode comprometer avanços conquistados na proteção ambiental. Organizações ambientais também participam da ação como “amici curiae” (amigos da Corte), oferecendo suporte técnico e jurídico ao STF na análise do tema.

No dia 26 de dezembro, o STF concedeu uma liminar suspendendo temporariamente os efeitos da lei estadual. A decisão, proferida pelo ministro relator, foi baseada na preocupação de que o início da vigência da norma em 1º de janeiro de 2025 poderia gerar impactos irreversíveis durante o recesso do tribunal.

O ministro apontou que a lei pode contrariar o princípio da vedação ao retrocesso ambiental, previsto na Constituição Federal, ao potencialmente enfraquecer medidas que incentivam práticas agrícolas sustentáveis. Com a liminar, a aplicação da norma estadual ficará suspensa até a decisão final do STF.

O debate em torno da lei reflete tensões entre diferentes setores da sociedade. No centro do embate, está a busca por equilíbrio entre desenvolvimento econômico e sustentabilidade. O setor produtivo de Mato Grosso tem defendido a lei como uma forma de proteger o agronegócio local de exigências consideradas excessivas e que podem comprometer sua competitividade.

A crítica central é direcionada a iniciativas que, na visão de alguns, extrapolam as exigências do Código Florestal, impondo restrições que impactam diretamente a atividade agrícola no estado. Lideranças locais têm reafirmado o compromisso em seguir o que está previsto na legislação ambiental brasileira, mas se posicionam contra regras adicionais criadas por acordos privados ou organizações internacionais.

O resultado do julgamento no STF terá impacto significativo para o setor agrícola e para a política ambiental no país. Por um lado, pode reafirmar o papel do Código Florestal como marco regulatório para a atividade agropecuária. Por outro, poderá redefinir os limites para leis estaduais e compromissos ambientais adicionais.

O setor produtivo, que é responsável por uma parcela significativa do PIB nacional, acompanha atentamente o desdobramento desse julgamento. Independentemente do resultado, o debate reforça a importância de garantir segurança jurídica e previsibilidade para o desenvolvimento sustentável do agronegócio brasileiro.

Fonte: Pensar Agro

COMENTE ABAIXO:
Continue lendo

POLÍCIA

RONDÔNIA

PORTO VELHO

POLÍTICA RO

MAIS LIDAS DA SEMANA