Agronegócio
CT de Hortifruticultura da FAEP debate Agricultura de Precisão
Agronegócio
A Comissão Técnica (CT) de Hortifruticultura da FAEP se reuniu, por meio de videoconferência, no dia 24 de março, para discutir as demandas do setor e alinhar as ações conjuntas que podem ser encampadas pela Federação em nome dos produtores.
Após uma rodada conjuntural, com depoimentos dos participantes das diversas regiões do Estado, foi possível elencar as principais demandas do setor. Dentre os entraves mais recorrentes citados pelos presentes estão o alto custo dos insumos, com destaque para o preço de embalagens. A falta e também o alto custo da mão de obra e os problemas climáticos, que afetaram a qualidade da produção em algumas regiões, também foram relatados.
“Está havendo escassez de produtos em nível nacional, além de um aumento de preços. Para muitos que reduziram a produção por conta do alto gasto de insumos está sendo um bom momento, pois estão recebendo bons preços. A questão é: o que fazer daqui para frente? Se aumentar o preço [dos nossos produtos], o consumo cai, se baixar o preço, como bancar o custo de produção”, questionou o vice-presidente da CT e presidente do Sindicato Rural de São José dos Pinhais, Paulo da Nova.
Na ocasião, o engenheiro agrônomo Luiz Bridi, da equipe técnica de fruticultura da Empresa Agres, apresentou informações sobre o uso da Agricultura de Precisão (AP) na produção de frutas e hortaliças. Em linhas gerais, os equipamentos de AP podem ser utilizados em diversas operações, como fertilização, plantio colheita, mapeamento e até na gestão agrícola. “Percebemos que pequenos e médios produtores não adotavam essa tecnologia por conta do preço, estamos tentando mudar isso”, afirmou Bridi.
Tanto na horticultura quanto na fruticultura, a AP pode trazer soluções que se refletem em maior rendimento, melhor potencial de ganho, além de otimizar o uso de insumos, reduzindo o desperdício. Assim, é preciso que produtores e assistência técnica tenham conhecimento prévio da realidade do cultivo para usufruir dos benefícios das ferramentas de AP e otimizar o uso dos insumos na produção. “Mais do que produção, isso traz ganho de rentabilidade”, explicou o engenheiro agrônomo.
Utilizada também na produção de grãos, a AP utiliza o georreferenciamento para que as operações da lavoura sejam mais precisas e as informações mais organizadas. Segundo Bridi, os equipamentos de AP podem ser instalados nas máquinas que os produtores já possuem.
“Mesmo um pulverizador com 30 anos de uso pode receber essas tecnologias”, afirmou. Além disso, segundo ele, trata-se de um investimento que se paga em pouco tempo “Observamos que produtores com 15 hectares de grãos conseguiram pagar um distribuidor de fertilizantes em uma safra e uma safrinha. O retorno é muito rápido”, concluiu.
Agronegócio
Supremo agenda julgamento da lei de Mato Grosso que retira benefícios fiscais
Deve acontecer entre os dias 14 e 21 do próximo mês o julgamento virtual da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 7.774 pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A ação questiona a constitucionalidade da lei estadual 12.709/24, do Mato Grosso, que retira benefícios fiscais de empresas que aderem a compromissos ambientais mais restritivos que os previstos no Código Florestal, como a Moratória da Soja.
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A ADI foi apresentada por grupos contrários à legislação, que alegam que a norma pode comprometer avanços conquistados na proteção ambiental. Organizações ambientais também participam da ação como “amici curiae” (amigos da Corte), oferecendo suporte técnico e jurídico ao STF na análise do tema.
No dia 26 de dezembro, o STF concedeu uma liminar suspendendo temporariamente os efeitos da lei estadual. A decisão, proferida pelo ministro relator, foi baseada na preocupação de que o início da vigência da norma em 1º de janeiro de 2025 poderia gerar impactos irreversíveis durante o recesso do tribunal.
O ministro apontou que a lei pode contrariar o princípio da vedação ao retrocesso ambiental, previsto na Constituição Federal, ao potencialmente enfraquecer medidas que incentivam práticas agrícolas sustentáveis. Com a liminar, a aplicação da norma estadual ficará suspensa até a decisão final do STF.
O debate em torno da lei reflete tensões entre diferentes setores da sociedade. No centro do embate, está a busca por equilíbrio entre desenvolvimento econômico e sustentabilidade. O setor produtivo de Mato Grosso tem defendido a lei como uma forma de proteger o agronegócio local de exigências consideradas excessivas e que podem comprometer sua competitividade.
A crítica central é direcionada a iniciativas que, na visão de alguns, extrapolam as exigências do Código Florestal, impondo restrições que impactam diretamente a atividade agrícola no estado. Lideranças locais têm reafirmado o compromisso em seguir o que está previsto na legislação ambiental brasileira, mas se posicionam contra regras adicionais criadas por acordos privados ou organizações internacionais.
O resultado do julgamento no STF terá impacto significativo para o setor agrícola e para a política ambiental no país. Por um lado, pode reafirmar o papel do Código Florestal como marco regulatório para a atividade agropecuária. Por outro, poderá redefinir os limites para leis estaduais e compromissos ambientais adicionais.
O setor produtivo, que é responsável por uma parcela significativa do PIB nacional, acompanha atentamente o desdobramento desse julgamento. Independentemente do resultado, o debate reforça a importância de garantir segurança jurídica e previsibilidade para o desenvolvimento sustentável do agronegócio brasileiro.
Fonte: Pensar Agro
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