Agronegócio

Cuiabá sedia, hoje e amanhã, a 5ª Abertura de Safra soja, milho e algodão da Datagro

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Realizada na manhã desta terça (27.08), em  Cuiabá, a Abertura de Safra Soja, Milho e Algodão, promovida pela Datagro. O evento, que está em sua quinta edição, já se tornou uma referência para o agronegócio, reunindo produtores, cooperativas, indústrias e representantes de toda a cadeia produtiva e comercial de grãos e fibras. O objetivo é discutir estratégias e perspectivas para o próximo ciclo produtivo.

Durante o encontro, que termina amanhã (quarta, 28) debate temas como produção, consumo, preços e comercialização de soja, milho e algodão. Tópicos fundamentais para influenciar as decisões estratégicas dos participantes, que terão a oportunidade de transformar suas estratégias de planejamento com base nas informações discutidas.

O painel de abertura, que abordou tendências de produção, consumo, preços e comercialização, foi moderado por Isan Rezende, Presidente da Federação dos Engenheiros Agrônomos do Estado de Mato Grosso (Feagro-MT).

Especialistas como Flávio França Jr., Economista e Líder de Pesquisa de Grãos da DATAGRO, e Marcelo Duarte, Diretor de Relações Internacionais da Abrapa, enriqueceram a discussão com suas análises e perspectivas.

Entre os palestrantes estão figuras de destaque no setor, como Plinio Nastari, Presidente da Datagro; Gustavo Herrmann, Diretor Comercial da Koppert; Otaviano Pivetta, Vice-Governador do Mato Grosso; e Luciane Bertinatto Copetti, Secretária Adjunta de Meio Ambiente do Mato Grosso. Além disso, líderes como Alexandre Pedro Schenkel, Presidente da Abrapa, e Mário Campos Filho, Presidente Executivo da Siamig, também estarão presentes para compartilhar suas visões sobre o cenário atual e futuro do agronegócio.

Fonte: Pensar Agro

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Ponte desaba e expõe gargalos logísticos para o escoamento da safra

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O desabamento da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, no último domingo (22.12), trouxe à tona os problemas crônicos da infraestrutura logística brasileira. A estrutura, que conectava os municípios de Estreito (MA) e Aguiarnópolis (TO), desmoronou sobre o rio Tocantins, provocando uma tragédia com uma morte confirmada e pelo menos 14 pessoas desaparecidas. Caminhões que transportavam ácido sulfúrico e herbicidas também caíram no rio, levando as prefeituras a emitirem alertas sobre contaminação da água.

O acidente ocorre em um momento crítico para o agronegócio nacional. O Brasil deve alcançar uma safra recorde de 322,53 milhões de toneladas de grãos em 2024/25, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Este aumento de 8,2% em relação à safra anterior reflete o crescimento da produção de soja e milho, mas evidencia os desafios logísticos de um setor cada vez mais pressionado por gargalos estruturais.

A ponte Juscelino Kubitschek estava localizada na região do Matopiba, uma das áreas de maior crescimento do agronegócio no Brasil, englobando os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. Nos últimos dez anos, a produção de grãos na região aumentou 92%, saltando de 18 milhões de toneladas em 2013/14 para 35 milhões em 2024.

Essa expansão, no entanto, tem sobrecarregado a infraestrutura local. O intenso tráfego de cargas pesadas, principalmente de fertilizantes e grãos, contribuiu para o desgaste da ponte, que já apresentava rachaduras e denúncias de negligência na manutenção.

Além de afetar a segurança da população, o desabamento representa um entrave significativo ao escoamento da safra. Os portos do Arco Norte, responsáveis por 35,1% das exportações de grãos em outubro de 2024, são fundamentais para o agronegócio brasileiro. A interdição da ponte pode impactar negativamente a logística de transporte para esses portos, aumentando custos e atrasos.

O transporte de fertilizantes também está em alta, com as importações alcançando 4,9 milhões de toneladas em outubro, um crescimento de 5,9% em relação ao mês anterior. Essa demanda reforça a necessidade de investimentos em infraestrutura para evitar colapsos como o ocorrido no rio Tocantins.

Entidades do agronegócio, como a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), destacam que episódios como este evidenciam a urgência de investimentos em infraestrutura. “O crescimento do agronegócio brasileiro depende diretamente de uma logística eficiente. A tragédia no rio Tocantins é um alerta para a necessidade de modernização das rotas de transporte e manutenção das estruturas existentes”, afirma a CNA em nota.

O Ministério dos Transportes já anunciou a abertura de uma sindicância para investigar o desabamento e prometeu reconstruir a ponte em 2025. Enquanto isso, o setor agropecuário pede soluções imediatas, como rotas alternativas e a implementação de medidas para mitigar os impactos sobre a logística da safra.

Embora críticas à expansão do agronegócio tenham ganhado destaque após o acidente, é crucial equilibrar o debate. O setor é um pilar da economia nacional, responsável por 25% do PIB e por grande parte das exportações brasileiras. Investir em infraestrutura adequada e eficiente não é apenas uma questão de atender às demandas do agronegócio, mas de assegurar que o crescimento econômico venha acompanhado de segurança, sustentabilidade e benefícios para toda a sociedade.

O desafio agora é transformar essa tragédia em um ponto de virada, priorizando investimentos estratégicos que garantam a competitividade do agronegócio no mercado global, sem negligenciar a segurança das comunidades locais e a preservação ambiental.

Fonte: Pensar Agro

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